quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (2)

 

Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso e desaprovou o não haver justiça. Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto. Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga” (Isaías 59:15-18)

INTRODUÇÃO:

Prossigo um pouco mais na introdução, pois vejo a importância de entender o pano de fundo desse texto visto em Isaías 59. O verso 15 é uma exposição do que acontece quando no ambiente prevalece o pecado. A presença do pecado em manifestação de injustiça torna-se um verdadeiro peso para a verdade. Por quê? Devo mostrar esse fato e espero fazê-lo com quatro argumentos:

1. A criação inteira foi feita tendo a verdade como sua base. A presença do pecado desestrutura todo sistema para o bom funcionamento. Veja bem o que estou querendo explicar. Não há como harmonizar o pecado nos parâmetros da criação. Onde a verdade triunfa, a mentira não pode se firmar. A criação toda foi feita tendo a verdade como sua base. Sendo assim o pecado jamais achará o lugar onde terá apoio, porque mais cedo ou mais tarde terá que sair. Sodoma e Gomorra não poderiam subsistir à ira de um Deus que em seu furor destruiu as duas cidades.

2. A presença do pecado força a entrada do juízo. O pecado há de saber que está pondo seus pés em território estranho; o pecado é um invasor, um ladrão, por isso não poderá prevalecer. Às vezes a impressão que dá é que Deus está derrotado, porque parece tardio em punir o mal, mas é que nós vemos a vida do nosso ponto de vista e não de Deus. Deus deixou que o mal prevalecesse no Egito por longos anos, mas na ocasião certa o Senhor entrou para punir a perversidade dos egípcios contra Israel. Demorou centenas de anos para Deus destruir as nações que ficavam na terra prometida, mas chegou o tempo quando a medida das iniquidades daqueles povos chegou ao seu auge.

3. Não há como destruir o poder do pecado senão pela entrada da própria essência da verdade: “A luz veio ao mundo”. Cristo é a própria verdade e quando aqui entrou, percebemos o quanto a mentira ergueu sua cabeça como uma serpente para atacar, mas a verdade triunfou e nosso Senhor enfrentou a locomotiva da mentira, destruindo em suas palavras e pelos seus atos, até que na cruz derrotou o poder da mentira de uma vez por todas.

4. Se quer revelar o ódio do mal contra a verdade é preciso que a verdade apareça. O mundo tenta com seus meios impedir que o mal progrida e assim o bem possa permanecer, mas é impossível, porque o mundo jaz sob o poder do pai da mentira (João 8:44). Essa é a mensagem que o Espírito Santo proclama em Isaías 59, especialmente no texto que estou usando para trazer a mensagem. É a partir dessa triste realidade que começamos agora a perceber a necessidade do Salvador, porque não há outro meio de salvação, a não ser que venha do próprio Deus. 

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