quinta-feira, 26 de abril de 2012

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (1 de 16))



Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
         Prezado leitor, como sinto feliz em poder comunicar a todos a verdade do evangelho! Obviamente nem todos recebem a mensagem da glória de Cristo com seus corações carregados de prazer e satisfação. O assunto que agora me desafia a digitar uma página diariamente não será tão agradável a todos os meus leitores, porque ao tratar sobre o pecado, certamente o silêncio chega às almas, nem um amém será dito, nem qualquer aleluia será ouvido. Porém, não serei fiel ao Senhor ao deixar de pregar aquilo que todos precisam ouvir, nem tampouco estarei realmente servindo aos homens se deixar de pregar a verdadeira mensagem em toda a sua extensão e profundidade. Numa época quando a nuvem negra de mentiras e fraudes religiosas cobrem nossa nação é mister que a luz do evangelho venha escorraçar tudo isso e alertar a todos do tremendo perigo que envolve aos homens aqui e na eternidade.
         O tema que será tratado nesses próximos dias será sobre: “O perseguidor implacável”. Tomei o texto de números 32, quando Moisés recebeu os representantes de duas tribos e meia que desejavam habitar aquém do Jordão e não juntamente com o restante da nação, quando conquistasse a terra prometida após a travessia do rio. A petição deles foi recebida por Moisés como se fosse uma rebelião contra Deus. Quarenta anos antes houve um terrível castigo da parte do Senhor contra toda nação, porque boa parte do povo rejeitou entrar na terra prometida, simplesmente por causa da incredulidade. Certamente Moisés receava uma nova rebelião por parte desses líderes, por isso sua reação foi tão abrupta. Foi então que da boca daquele grande líder saíram essas palavras de advertências para aqueles líderes, caso a atitude deles fosse de negar a participação da tomada da terra prometida com as outras tribos restantes. Moisés foi bem claro com eles que, se estivessem rebelando contra Deus, não iriam longe com o pecado deles, porque certamente o pecado os acharia.
         Caro leitor creio que não tem um tema mais oportuno do que este em nossos dias. Quando uma enfermidade começa a tomar conta de uma nação, ameaçando exterminar toda população, certamente haverá um esforço incomum por parte do governo para erradicar aquela epidemia. Ora, a bíblia apresenta o pecado como o mais perigoso veneno, como a mais mortífera arma existente, proveniente do coração do homem. Moisés mostrou o poder, o domínio e a presença constante do pecado no viver daquele que ousa brincar e carregar o mal em seu seio: “... sabei que o vosso pecado vos há de achar”. Nessas palavras aquele homem de Deus apresenta o pecado como um perseguidor implacável, que não abandona ninguém; que se torna um aliado constante; que faz do seu coração o ninho de onde milhares de perversidades vão fluir.
         Como presenciamos o transbordar da maldade em nossos dias, certamente os homens estão dormindo com o pecado; estão cegos carregando uma víbora nas mãos, pensando ser um bichinho de estimação; descansam sobre um vulcão que a qualquer momento entrará em erupção; pensam que caminham em direção ao paraíso, quando desconhecem que estão algemados e agrilhoados para o sofrimento indizível aqui e na eternidade. Por que hei de ficar em silêncio? Por que não avisarei desse terror que se apresenta disfarçado aos homens?
         Mais do que isso estarei apresentando exatamente aquilo que a Palavra de Deus apresenta. A bíblia é um livro tremendamente revelador, porque somente um Deus Santo pode exibir o pecado em toda sua forma aterrorizante. Fechar os olhos para a Palavra é loucura! É ignorar a bondade, a misericórdia, a graciosidade de Deus em mostrar aos homens a necessidade de correr do perigo gravíssimo que os domina aqui e na eternidade!

         Prezado leitor, minha tarefa consiste em mostrar o quanto o pecado é um implacável perseguidor para aqueles que ousam continuar brincando com ele. Alguns anos atrás um jovem veio ao meu escritório. Ele havia basicamente destruído uma família que tanto confiava nele, mas por causa de imoralidade provocou um caos, trazendo desunião e desespero. Pude perceber naquele moço que seu coração estava duro e obstinado, sem querer confessar a maldade, por isso tentava tanto justificar seu ato tão perverso. Notei pelas suas palavras que ele aguardava que o tempo sepultasse todo aquele passado sujo, assim ele estaria pronto para recomeçar a vida. Procurei mostrar para ele o quão maligno e pervertido foi seu pecado e que não adiantava fugir, porquanto o seu pecado iria achar-lhe onde estivesse. Aquele moço saiu dali com seu coração ainda mais endurecido. Mais tarde fiquei sabendo que ele estava ficando quase louco.
         Os homens de hoje não sabem o que significa o terror do pecado, por isso até mesmo dentro das igrejas tratam o mal como se fosse o bem. Foi assim com Israel, nos dias do profeta Isaías. O cap. 5 descreve a condição apóstata daquele povo. Havia muita prosperidade material, mas aquele gosto pelo engordar do corpo não passava motivação para gastar com seus prazeres carnais. A religiosidade deles não era algo do coração, porque por fora parecia que buscavam a Deus, mas por dentro odiavam o Senhor e Sua lei. O cap. 1 mostra a aversão do Senhor por toda aquela aparência de piedade. No cap. 5 vemos como o Senhor adverte a nação contra suas maldades: “Ai dos que puxam a iniqüidade com cordas de falsidade, e o pecado como com tirantes de carros!” (verso 18). Este verso mostra a maneira como eles se agradavam em ter mais e mais pecados como motivos para suas diversões. No verso 19 vemos como eles desafiam o próprio Deus, uma vez que nada de errado estava acontecendo com eles naquele viver profano. O verso 20 salienta a familiaridade e parentesco com a prática da maldade: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e a luz por trevas, e o amargo por doce, e o doce por amargo!”.
         Amigo leitor, não é essa a situação social de nossos dias? Por isso, as Escrituras devem abrir sua boca e gritar advertindo aos homens a respeito da destruição que lhes espera. Os brados da Palavra de Deus devem alertar especialmente aqueles que são intitulados de crentes, para que não brinquem com o pecado; que acordem, a fim de que andem no temor do Senhor e não venham a rastejar em sofrimentos nesta vida, como consequência dos males praticados em desobediência a verdade revelada. No momento que chamamos o mal de bem, certamente o bem será odiado e repudiado. Se odiarmos a luz, imediatamente as trevas serão nosso lugar de habitação e como consequência passaremos a perseguir a luz.
           Meu amigo tenho como propósito que você conheça o Deus de misericórdia, salvador e Senhor. Mas para conhecê-Lo toda nossa formação natural no pecado é, como que, desmontada. Foi assim com o profeta Isaías assim que teve a visão da glória de Deus. O terror apoderou-se dele e presenciou o próprio abismo à sua presença, por isso gritou: “Ai de mim! pois estou perdido...”. Foi ali que seu coração foi desbravado e toda depravação veio à tona: “... sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!” (Isaías 6:5). O jovem Isaías passou a conhecer seu estado em Adão, seu destino merecido e a necessidade que tinha da misericórdia de Deus. O evangelho chega para mostrar a preciosidade de Cristo, como é Seu perdão e salvação para todos os que arrependidos invocarem o Seu Nome para serem salvos.


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