terça-feira, 1 de maio de 2012

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (6 de 16)



Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
         Prezado amigo é quando a Espada do Espírito corta o coração e revela o reinado cruel do pecado, que os homens correm em busca do Salvador bendito. Quando os homens conhecem a profundidade do poço da perdição onde o peso da iniqüidade os detém, então eles clamam e invocam o Nome do Senhor para serem salvos. Onde o Rei da Glória entra cessa o reinado maligno do pecado no coração, porquanto Cristo jamais se associará com a iniqüidade abrigada no coração orgulhoso e rebelde.
         Visto que tudo o que dantes fora escrito, para nosso ensino foi escrito, prossigamos vendo como foi que o pecado cometido por Ruben dominou-o o resto da sua vida, trazendo amargura e abatimento. Seu delito corrompeu toda capacidade de liderar com vigor, amor e coragem seus irmãos e o respeito que seu pai deveria ter por ele. Tudo foi jogado fora como lixo, por causa de um prazer momentâneo: “Sabei que vosso pecado vos há de achar!”.
         Prossigamos vemos até onde Ruben curtiu os tristes resultados de sua vida; onde a sua transgressão o lançou. A sua função de chefe, responsável pela família perante seu pai caiu em descrédito e isso é visto quando deixou Simeão preso no Egito e voltou com os outros para Canaã. Como enfrentaria a face do seu velho pai? Como explicar-lhe que o governador do Egito requeria que eles voltassem trazendo o irmão mais novo? Ruben estava encrencado, porque sabia que enfrentaria tremenda oposição do seu pai. Benjamin era o preferido de Jacó, o que agora ocupava o lugar de José. Ruben estava aprisionado entre duas muralhas, atrás dele estava o governador do Egito – José; à sua frente estava seu velho e sofrido pai. O que fazer?
         Quando os 9 homens postaram perante seu pai puderam ver em que encrenca estavam metidos. Como fazer aquele homem acreditar que Benjamin seria trazido de volta? Quem entraria como fiador? Agora a voz do primogênito entra em ação, mas quem estava perante Jacó? Que tipo de homem era aquele? Ele fora alguém de confiança? Não! A lembrança da sua atitude abominável pairava sobre a mente de Jacó. Eis as palavras que saíram da boca de Ruben: “...Mata os meus dois filhos, se eu to não tornar a trazer; entrega-o em minha mão, e to tornarei a trazer” (Gênesis 42:37). Palavras de um verdadeiro covarde, de um perfeito egoísta, indigno de qualquer confiança! Como Jacó poderia confiar num homem como esse? Foi nesse momento que Judá entrou para ser o homem certo, alguém que gerou confiança imediatamente em seu pai: “Eu serei fiador por ele; da minha mão o requererás. Se eu to não trouxer, e o não puser diante de ti, serei réu de crime para contigo para sempre” (Gênesis 43:9).
         Por fim, chegou o momento mais amargo, que mostra como o pecado humilha e avilta o homem. Era o momento final para Jacó, a morte o tiraria da companhia de seus filhos. Ele assenta-se em seu leito e começa a dar as bênçãos aos 12 filhos. Obviamente começa por Ruben, mas terá alguma benção para ele? Eis as palavras que saem da boca daquele homem de Deus: “Rúben, tu és meu primogênito... Descomedido como a água, não reterás a preeminência; porquanto subiste ao leito de teu pai; então o contaminaste. Sim, ele subiu à minha cama” (Gênesis 49:3,4). Que momento atroz para Ruben! Seu pecado o perseguiu terrivelmente! Ele agora ficou sabendo que seu ato era conhecido e odiado! “Sabei que o vosso pecado vos há de achar!”.
         Meu amigo, não esconda suas iniqüidades! Não fique brincando de religioso, achando que o tempo e as atividades vão apagar a maldade! Confesse tudo ao Senhor em profundo quebrantamento, assim você terá o perdão mediante o sangue purificador do Filho de Deus! Do contrário, certamente ouvirá Dele naquele dia: “Apartai-vos de mim!”.
         Prezado leitor creio que a Palavra de Deus tem deixado histórias que ilustram claramente a tragédia que o pecado causa no viver de uma pessoa, aqui e na eternidade. Eu sei que um tema como esse não é bem vindo aos ouvidos, mas é preciso alertar os homens acerca dos perigos que os cercam e de como o pecado é galanteador, sedutor e enganador quando atrai o coração para um ato.
         Milhares estão brincando com a prática da maldade e buscam encontrar apoio em meios evangélicos; querem a qualquer custo acreditar que Cristo apóia a maldade, por isso pensam que um pedido de perdão apaziguará a consciência culpada. Isso acontece naquele momento, mas não demora muito para que volte a assinar o contrato com a perversidade. O fato é que Cristo nunca foi nem será ministro do pecado. Ele é o Senhor e salvador de corações quebrantados; de homens e mulheres humilhados, que confessam o horror de seus corações malignos e que querem andar com Deus, guardados e protegidos pela graça.
         Quero que o amigo leitor acompanhe comigo o relato bíblico acerca de Judá, irmão de Ruben. A história desse homem reflete o que a graça de Deus faz, como Deus transforma um perverso num instrumento de Sua maravilhosa graça. Dentre os filhos de Jacó, Judá despontou-se como um grande líder. Obviamente participou da perversidade praticada contra, quando o venderam para os Ismaelitas, e também quando mentiram para seu pai.
         Se o amigo leitor observar bem o cap. 38 de Gênesis, não demorou muito para que Judá se afastasse da companhia de seus irmãos. Conhecendo bem o que vem a seguir, nota-se que Judá afastou-se por causa de sua consciência culpado. Porém, o que está relatado no cap. 38 a respeito dos acontecimentos que envolveram a família desse grande líder, mostra a triste colheita na morte de dois filhos perversos e com o ato libidinoso dele com sua nora. A misericórdia de Deus estava trabalhando na vida de Judá, a fim de que a Soberana graça o tomasse para ser o homem de confiança de Jacó em lugar de Rúben.
         Vamos juntos para o cap. 43 de Gênesis. Jacó está decidido em não confiar seu filho mais moço sob os cuidados de Ruben, o primogênito. Era um momento angustiante, porque eles precisavam retornar com Benjamin, a fim de comprar mantimentos e trazer Simeão de volta. Então, maravilhosamente entra em cena o homem preparado pela graça – Judá. Eis o que ele fala para seu velho pai: “... Envia o mancebo comigo, e levantar-nos-emos e iremos, para que vivamos e não morramos, nem nós, nem tu, nem nossos filhinhos. Eu serei fiador por ele; da minha mão o requererás. Se eu to não trouxer, e o não puser diante de ti, serei réu de crime para contigo para sempre” (Gênesis 43:8,9). Agora sim, brilhou a refulgente luz da graça! Agora perante Jacó tinha um homem! Agora sim, alguém inspirava confiança num coração paternal machucado e desesperado! “Eu serei fiador... da minha mão o requererás... eu serei réu de crime para contigo para sempre”. Agora Jacó tem uma resposta de Deus na vida de um homem preparado por Deus, a fim de que representasse a família perante o governador.
         Meu amigo leitor, na vida de Judá temos não somente a prova do poder transformador de Deus na vida um homem, como também temos nele o exemplo do amor supremo e eterno de Cristo em favor dos perdidos. O filho de Deus se ofereceu a Deus para ser nosso substituto na cruz, a fim de nos resgatar da punição eterna. Foi ali na cruz que Cristo ocupou o lugar de pecadores culpados, indignos, a fim livrá-los da punição eterna. Foi pelo Seu sangue que Ele comprou para Deus homens e mulheres, pecadores arrependidos, a fim de purificá-los e levá-los, salvos para o céu. Hoje mesmo Ele está salvando pecadores que se achegam a Ele em sincera confissão de fé!

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