sexta-feira, 24 de julho de 2020

O PERIGO DA INCREDULIDADE (3)


                               
“Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito” JOÃO 10:26
A TERRIVEL INCREDULIDADE: “Mas vós não credes...”
        Prossigo mostrando o quanto é terrível a incredulidade e como todo pecado procede dessa atitude perversa do coração. Sabemos que a incredulidade é resultado da queda no Éden e que nessa atitude de rebelião todos nós tornamo-nos servo do pecado em todas as suas manifestações. Se é servo do pecado, então não é servo de Deus; se todo sentimento, pensamentos e decisões pertencem ao domínio do pecado, então é certo que nada disso será oferecido a Deus para Seu serviço e louvor. Um Labão incrédulo, mesmo sendo advertido por Deus em sonhos, ainda assim terá seu coração endurecido e rebelde contra Deus (Gênesis 31)
        Também, a incredulidade do coração revela que há desobediência a Deus e obediência à voz do pai da mentira. Mesmo tendo conhecimento das Escrituras do Velho Testamento, os judeus mostraram que odiavam o Senhor e amavam satanás. Nem um pouquinho eles simpatizaram o Filho de Deus, nem sequer pararam para examinar Suas obras e Seus ensinos. Eles queriam ter o Senhor como o milagreiro, a fim de melhorar a vida deles na terra; eles eram humanistas na religião, por isso confiavam em Abraão, a fim de entrar no céu, mas no tocante ao grande EU SOU, eles estavam prontos a mata-Lo por apedrejamento.
        A incredulidade mostra o quanto o homem no íntimo é orgulhoso e a soberba no íntimo é a essência do pecado, porque o resumo de tudo é que pecado é não dá a Deus a glória que é devido a Ele só. O coração endurecido é totalmente lacrado e está longe de reconhecer que Deus é Deus em todas as atividades desta vida. A incredulidade declara que somos ferventes de amor por nós mesmos; que sou habilidoso para cuidar da minha vida e buscar meus interesses. Os homens no pecado são individualmente pessoas que se veem como deuses; cada um segue seu próprio caminho, pensa o que quiser, usa as emoções para envolver a si mesmo na felicidade que busca e acha que tem o livre-arbítrio para seguir na direção que achar melhor.
        A incredulidade declara que não precisa de Deus; a incredulidade não crê num ser onipotente, onisciente e onipresente. Isso nem mesmo é levado em consideração. A ausência desse santo temor que é visto somente nos salvos é a manifesta loucura da incredulidade. A incredulidade nem mesmo cede aos sinais das manifestações da ira de Deus. As pragas do Egito vinham, assombravam o Faraó, mas não demorava e o arrogante monarca achava que devia voltar ao que era antes. Às vezes conseguimos espantar uma mosca, mas não demora e ela retorna. Passa o calor do medo e quando as ameaças de juízo somem, eis que logo a incredulidade ergue sua cabeça e movimenta todo seu ser na direção daquilo que sempre quis e quer. A incredulidade permanece em sua obstinada jornada pelo caminho do mal e nem mesmo as chibatadas da vida farão com que a incredulidade vil abandone sua residência no coração.
        A bíblia fala sobre os milhares de Israelitas que morreram no deserto, sem que pudessem entrar na terra prometida. Diz Hebreus que eles não entraram por causa da incredulidade. Ó quanto ódio Deus tem da hostil incredulidade! Mesmo os crentes devem fugir dessa atitude de ser levados pela influência da carne. Aqueles discípulos do caminho de Emaús estavam tão levados pela atitude de achar que Jesus não passava de um profeta, que seus olhos simplesmente estavam cegos. Mesmo com o Senhor ao lado deles, caminhando com eles, ainda assim não conseguiam ver a realidade daquilo que a própria bíblia falou a respeito da vinda do Messias. “Ó tardos de coração!” Essas palavras do Senhor mostram o quanto Deus jamais há de justificar a incredulidade. Nossa atitude deve ser firme na meta de confiar em nosso Deus em qualquer circunstância desta vida, porque a nota que Deus dá para a incredulidade é zero.

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