terça-feira, 15 de setembro de 2020

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (5)


                                              
“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a Ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém  o outro, repreendeu-o dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem, mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:39-43)
UMA BUSCA CORRETA DA SUA SALVAÇÃO.
        Amado leitor, que sejamos esforçados em compreender o quanto a fé que foi dada aos santos é singela. Sou tão enfático nisso porque sei o quanto tendemos a dar cores àquilo que já vem na coloração correta. A fé salvadora traz consigo todos os elementos necessários que mostram suas virtudes e a caracteriza como sendo algo que vem de Deus e não dos homens. Já pudemos ver a real diferença entre a fé salvadora e a fé que brota do coração pervertido e mundano do homem no pecado, e essas lições são vistas no próprio texto, quando vemos a diferença entre o ladrão que foi salvo e o ladrão que pereceu em seus pecados. Ambos mostraram as reais diferenças que tanto vêm nos ensinar.
        A próxima lição nos mostra outra atividade da fé verdadeiramente bíblica, porquanto aquele moço teve seus olhos da alma abertos, a fim de ter uma visão correta do Salvador. Veja bem o que seus lábios contritos disseram: “Jesus, lembra-te de mim...”. A versão trinitariana traduz “Senhor”. Realmente eu me atenho à tradução que usa o termo “Jesus”. A razão é que aquele moço, sendo judeu percebeu na própria palavra quem era aquele que estava ali ao seu lado pendurado. Sem dúvida, a fama de Jesus se espalhou em toda Judéia e Samaria. Mas nós sabemos com clareza que se não houver da parte de Deus uma iluminação, abrindo nossos olhos à compreensão das verdades eternas, simplesmente ignoraremos os fatos. O termo Jesus significa “Jeová salva”.
        A compreensão disso rasgou o coração daquele moço; ele percebeu que estava perante o Salvador prometido. Ele entendeu que ali estava o Justo e santo Cordeiro de Deus. Aquele moço teve um vislumbre do grande Salvador e da tão grande salvação. Aquela visão da fé esmagou seu ego, matou o velho homem e abriu sua boca em santa confissão. O que ocorreu ali foi a majestosa obra da graça num coração de um pecador; foi coisa não vista nem entendida pela multidão, nem pelos demônios e satanás. Onde havia somente trevas do pecado, eis que brilhou a superabundante graça. Aquele moço, ao ver que ali estava o Redentor prometido, imediatamente fez com que dos seus lábios brotasse essa confissão: “Senhor, lembra-te de mim...”. Ele viu que Deus lhe abriu um pequenino tempo; ele viu que estava perdido, que morreria e cairia no abismo logo abaixo, por isso não hesitou em clamar.
        Ó quanto precisamos dessa verdade em nossos dias! O fato é que esconderam o refulgente Salvador e Sua refulgente salvação em nossos dias. Como os homens vão clamar, invocar esse Salvador? Eles não percebem a grave situação onde se encontram; eles acham que há firmeza debaixo dos seus pés; eles estão sendo confortados e dinamizados pelo mundo, pelo diabo e até mesmo pela morte. Satanás trabalhou e trabalha duro para espalhar aos homens uma figura de um Jesus diferente; um jesus que mais parece com um animal de carga do que com o Cordeiro de Deus. Por essa razão é que tanto me esforço, a fim de que todos saibam a verdade, conforme nos mostra João em Sua 1 Carta: “E o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado”. Milhares já experimentaram isso em suas vidas e foram salvos; milhares partiram para o reino de glória eternal com Cristo no céu, porque foram igualmente salvos.
        Eis agora o fato que essa oportunidade gloriosa está estendida a todos os pecadores neste momento.

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