segunda-feira, 8 de junho de 2020

O PODER ATROZ DA MORTE (2)


            
“Todo aquele que o Pai me dá esse virá a mim e o que vem a mim de modo nenhum o lançarei fora”    JOÃO 6:44
INTRODUÇÃO:
        Quero alongar-me um pouco mais na introdução, porque precisamos ver como a luz da graciosa graça há de brilhar mais perante nossos olhos, a fim de que compreendamos melhor o tema que proponho. Repito o que sempre digo em minhas exposições doutrinárias, que se não compreendermos o real significado do poder terrível do pecado e suas consequências, certamente será impossível compreender os espetáculos da graça de Deus na salvação. Mesmo que você não pode ver a doutrina do pecado texto de João 6:37, é possível detectá-la nas palavras: “Todo aquele que o Pai me dá...”. Se é o Pai que entrega o pecador a Cristo, vemos o fato que os homens não podem sequer dar um passo em direção ao Salvador. Então, atinemo-nos para as seguintes verdades concernentes a doutrina do pecado, conforme nos mostra o texto:
        1.     A entrada do pecado é a causa de toda tragédia que podemos ver agora com nossos olhos espirituais. O pecado não é um mero problema; não é um tipo de doença contagiosa, nem uma derrota que pode ser mudada em vitória. O pecado trouxe a morte! Precisamos saber disso e que isso não é brincadeira. Não estamos tratando aqui de mera morte, mas sim de morte em todos os aspectos que envolvem o homem. O pecado envolveu todos individualmente e isso significa que não sobrou ninguém para socorrer seu companheiro ou irmão. O texto nos mostra que a condição do homem em relação a Deus é tal, que se não for o trabalho forte e poderoso da graça, não há como tirá-lo dessa condição. O texto mesmo nos mostra que é Deus quem age; que é Sua força pegando o homem no pecado e levando-o ao Filho para a grande obra da salvação.
        2.     Há uma completa falácia no que tange aos homens em relação a Deus. Eles mesmos estão completamente perdidos. Não há esperança fora de Deus. No pecado eles se mobilizam para tudo o que se refere a esta vida terrena e passageira; o pecado lhes faz respirar esse oxigênio mundano e faz pensar que esta vida terrena é a mais preciosa vida que existe e que não outra que possa igualar. Até mesmo a morte é vista como um bem que virá, como se fosse um galardão que o coroará com descanso eterno.
        3.     O movimento que vemos no mundo não passa de inimigos invisíveis em plena ação. Paulo nos coloca a par dessa situação não visível em Efésios 2 “...espírito que opera nos filhos da desobediência”. Com a entrada do pecado o mundo se tornou um ambiente de homens não espirituais, mas sim de homens da natureza, voltados para a natureza, daquilo que eles veem, tocam, ouvem e sentem. Olhemos os homens no pecado, porque vemos um monte de massa rastejando neste mundo e tudo isso Deus denomina de “a carne”.
        4.     Enfim, o texto nos mostra que a ação de Deus é completa e totalmente de Deus. Como vemos num cemitério, o mundo é assim também, porque o pecado não trouxe vida, não deu meia vida e meia morte; não deixou o homem com apenas um pouco de interesse em Deus. Se não houver uma intervenção de Deus, não haverá ninguém que queira ser salvo. Se você for num cemitério, não ouvirá alguém no sepulcro pedindo para tirá-lo da cova. Caso isso ocorresse, seria motivo de terror. Então, onde há morte é sinal que não há vida, por isso o motivo de usar este texto para tratar sobre o poder atroz da morte. Precisamos conhecer o que está por detrás de toda essa aparência, desse burburinho constante. Precisamos saber que Deus não enviou o Filho para consertar este mundo, mas sim ressuscitar mortos. Por isso nosso Senhor diz no texto: “Todo aquele que o Pai me dá esse virá a mim...”

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