terça-feira, 3 de maio de 2011

A plena suficiência da Palavra de Deus (14)

“Não é a minha Palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?” (Jeremias 23:29).

PODER DESTRUIDOR:

         Prezado amigo, minhas palavras não podem explicar a grandeza e suficiência da Palavra de Deus. Mas não haverá qualquer utilidade explicar a composição do fogo, nem do martelo. O fogo por si mesmo explica sua poderosa atividade. O martelo mostra sua utilidade quando é usado naquilo para o qual foi feito.
         O que Moisés poderia fazer diante da crueldade e obstinação de Faraó? Nada! Moisés se apresentou perante o monarca egípcio revestido da autoridade de Deus: “Tu, pois, lhe falarás, e porás as palavras na sua boca; e eu serei com a tua boca e com a dele, e vos ensinarei o que haveis de fazer” (Êxodo 4:15). Moisés e Arão seriam massacrados pela fúria do rei, não fosse a presença do Senhor. Tentar argumentar com o Faraó na base do seu próprio poder, no uso de sua própria coragem, as palavras de Moisés seriam como água, não fogo; seriam como se Moisés estivesse batendo numa rocha usando um pedaço de pau.
         Quem pode quebrar a dureza do coração humano? Ninguém! Por natureza o coração humano é extremamente resistente a Deus. Parece frágil diante das emoções religiosas! Parece manteiga ante os argumentos psicológicos e filosóficos deste mundo; desce qual água diante das propostas mentirosas e dos caminhos tortuosos de satanás e está pronto a inclinar-se perante as paixões carnais e religiosas. Porém, diante da verdade revelada a respeito de Deus, imediatamente ergue-se como a venenosa naja. Perante a verdade que revela a glória de Deus e o Deus da glória, do seu coração fuzila ódio e no íntimo transforma-se num paredão intransponível de pedra.
         Notemos a reação do rei do Egito cada vez que Moisés e Arão compareciam perante ele como embaixadores de Deus, trazendo ameaças do céu contra aquele barro revestido de orgulho. É dito várias vezes que o coração de faraó se endureceu. Nada, nem mesmo as terríveis pragas conseguiam abrir um buraco naquela rocha. Nem mesmo as aflições causadas pelas pragas conseguiam destrancar a porta do coração do rei. Quando o pesadelo das pragas sumia como fumaça, eis que novamente Faraó imponente mostrava seu ódio e desprezo perante o Onipotente.
         Quantas vezes decepcionamos com as reações dos homens! Quantas vezes buscamos métodos mundanos na tentativa de levar homens e mulheres a Cristo! Quantas vezes pensamos que realmente conseguimos obter resultados satisfatórios! Mas é tudo inútil! Enquanto o martelo do evangelho não quebrar e esmiuçar a dureza e rebelião do homem contra Deus nada mais poderá realizar essa façanha. Podemos formar homens e mulheres religiosos! Podemos atrair pessoas para nossos círculos de opiniões e pessoas facilmente elas podem acompanhar nossas convicções. Mas não podemos ultrapassar a barreira pedregosa erguida pelo pecado contra Deus. A composição dessa rocha é de iniqüidade, transgressão, orgulho, soberba e sofismas. Por detrás dessa barreira está satanás e à frente vai a morte. Seu curso é de engano e seu fim é o inferno.
         Mas o martelo chega para quebrar. Veja como o Senhor Jesus se posicionou perante o túmulo de Lázaro. A multidão ao derredor presenciava incrédula, porque jamais acreditava que algo impossível poderia acontecer. Mas quatro palavras foram suficientes: “Lázaro, sai para fora”! Aquelas palavras arrebentaram todas as trancas do pecado, do diabo e da morte. Lázaro saiu. Meu amigo leitor, a Palavra de Deus é assim, suficiente nela mesma. Dou glórias a Deus porque não tenho que pregar minhas palavras! Fui mandado para pregar o que está escrito: “Assim diz o Senhor!”. Pronto! É a marreta de Deus que destrói rochas! É o fogo que incendeia e queima o mal! A Palavra de Deus não mudou. Ela está em plena atividade, não importa as condições deste mundo e da igreja.

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