quarta-feira, 25 de maio de 2011

As aflições da alma (12) - à procura do Amado "...busquei o amado de minha alma..."

“...busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha alma. Busquei-o e não o achei. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei: Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).

À PROCURA DO AMADO DA ALMA:  “...busquei o amado de minha alma...”

         Prezado amigo chegamos agora no ensino mais glorioso da passagem. Creio eu que é a verdade mais preciosa achada em toda Escritura, porque proclama o propósito central da revelação de Deus aos homens, conforme nosso Senhor afirma: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar perdidos” (Lucas 19:10). Precisamos não somente saber que esta é a verdade que se sobressai em toda Escritura no trato de Deus com os homens, como também precisamos conhecer a profundidade dessa verdade.
         O mais surpreendente no texto é que a mulher, repentinamente descobre sua solidão e em seguida passa a buscar o seu Amado. Ora, isso não é normal, é atípico para os padrões naturais do homem caído em Adão. Infelizmente o ensino do livre-arbítrio tem sido propagado nos meios religiosos e aceito como algo líquido e certo. Certamente o ensino do livre-arbítrio do homem não pode andar de mãos dadas com a soberania absoluta de Deus, porquanto a bíblia ensina a liberdade de Deus em fazer o que Lhe agrada. O livre poder de decisão do homem e a soberana vontade de Deus jamais andarão juntos. O que mais ouvimos hoje é acerca de um Deus paralisado no céu à espera de uma decisão de cada indivíduo.
         Como a mentira tem sido mantida e misturada com alguma pinceladas da verdade, ela tem se assentado no trono dos corações corrompidos e assim tem banido a verdade. Assim, com o ensino a respeito da vontade humana como soberana, e que Deus respeita o poder de decisão de cada um, a fé humana tem se sobressaído como um elemento soberano. Com efeito, Deus tem sido colocado como um subserviente dos homens.
         Amigo leitor chamo sua atenção para a Palavra da verdade. Não sejamos superficiais, letárgicos no tocante ao livro de Deus! O evangelho proclama a glória de Cristo e não a glória humana! O que parece ser livre-arbítrio, na realidade não passa de ser uma proclamação da ação maravilhosa e soberana do Deus que salva. Certamente o texto em Cantares mostra um poder de decisão naquela mulher: “...busquei o amado de minha alma...”. Parece, mas não é! Então, essa repentina decisão dela é algo surpreendente, porquanto ela passou a ver a sua situação! Ela estava cega, mas agora passou a ver! Como pode?
         Então, caro leitor, se enxergarmos a Palavra de Deus sempre do ponto de vista da glória de Deus, não do homem, assim começaremos a entender acerca dessa maravilhosa e tão grande salvação. Ora, se não foi o livre-arbítrio da mulher; se não foi uma iniciativa dela, o que ocorreu? “Não há quem entenda; não há quem busque a Deus” (Romanos 3:11). Nosso Senhor foi bem enfático: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer...” (João 6:44).
         Então, diante dessas verdades reveladas, posso assegurar que houve um milagre naquela mulher de Cantares! Sem dúvida alguma, ela foi ressuscitada dentre os mortos! A natureza humana odeia Cristo! Odeia o caminho para o céu! O homem no pecado ama a iniquidade e corre em busca das paixões carnais, como um leão é voraz pela carne! Saulo de Tarso prosseguia firme e resoluta sua marcha criminosa contra o Senhor e contra a igreja. Toda sua vontade estava escravizada ao domínio da mentira religiosa, na qual fora criado. Até que o Senhor apareceu para mostrar Sua força contra o inimigo e fazer dele uma nova pessoa!

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