segunda-feira, 5 de abril de 2021

VIVENDO À LUZ DA ESPERANÇA (2)


“E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1 JOÃO 3:3)

GLORIOSA ESPERANÇA:     “...todo o que Nele tem esta esperança...”

        Creio que na introdução pude lançar o desafio a todos, a fim de que busquemos conhecer os ensinos tão ricos que a graça tem para nós nesse verso de 1 João 3:3. Uma vida sem esperança não tem qualquer valor, pois tudo aqui opera na esperança. Um trabalhador espera que irá receber merecidamente por aquilo que produziu. Na vida Cristã, nossa esperança está primariamente fundamentada no fato que Cristo morreu para que os crentes fossem arrancados da sentença do inferno e lago de fogo, para torná-los herdeiros da vida eterna.

        Todos os crentes habitam nessa esperança. Nossa esperança não tem nada a ver com as incertezas desta vida. Os que vivem nas trevas do pecado não têm qualquer resposta convicta, segura e documentada sobre seu futuro após a morte. Mas não é assim com os crentes, porque a esperança que eles têm está plenamente fundamentada e documentada; ela é apresentada aos salvos através do livro de Deus e o Espírito Santo registra essa convicção em seus corações: “Salvo, salvo, eu salvo das penas eternas já sou!”

        Sendo assim, para os não crentes em Cristo, suas vidas serão recheadas de uma esperança terrena e não celestial. Enquanto para os crentes, sua pátria está no céu, para os filhos deste mundo, a pátria deles está aqui mesmo. O mundo é para os incrédulos seu paraíso, sonho, ambição e motivo de luta e ação para alcançar o melhor que é oferecido aqui. Os homens mundanos vivem dessa utopia, porque não podem aceitar o que os crentes aceitam pela fé.

        Os ímpios não veem o que os crentes veem, pois não têm olhos espirituais. Eles veem o mundo, por isso querem, sonham e lutam para ganhar o mundo inteiro. O céu para eles não tem qualquer valor, e mesmo que levássemos um incrédulo para visitar o céu, ali não seria o lugar onde gostaria de morar. Santidade, pureza, vida, glória, graça e alegria sempiterna, essas coisas não tocam o sistema afetivo do homem; tais peculiaridades ligadas perfeitamente ao reino celestial não os levam a deseja-las, porque eles não as buscam aqui.

        Não há qualquer ligação dos homens mundanos com os homens espirituais. Sendo o mundo o paraíso sonhado e desejado pelos homens no pecado, o céu certamente será aborrecível para eles. Eles mostram isso em seu viver prático, por onde andam, naquilo que conversam entre eles e nos gostos e prazeres que têm aqui. Diante desse fato, quão inútil é tentar fazer do ímpio um crente, usando nossas habilidades.

        Para lidar com natureza, nada podemos fazer, pois entramos no terreno da impossibilidade, assim como não podemos mudar a natureza de um porco. Quem faz a obra de mudar o homem cuja natureza é terrena, é Deus, caso contrário trabalharemos inutilmente. Ele poderá ser de uma igreja, mas não de Deus; gostará de alguns ensinos bíblicos, os quais vão lhe tornar ainda mais vaidoso, mas jamais amará o Senhor, sua palavra e nem terá a bênção da esperança enchendo seu coração.

        Além disso, nosso Senhor jamais deu qualquer esperança para o homem no pecado. O mundo moderno e trabalhado pelos artistas da nova era tem lutado com todas as forças do mal, a fim de dizer que todos são filhos de Deus e que todos irão morar no céu. Mas a palavra imutável do Senhor prossegue com Sua voz infalível e eficaz, proclamando que o homem no pecado vive sem esperança (Efésios 2:12). O evangelho tirar essa grossa capa de justiça própria, a fim de relatar a todos que o homem sem Cristo habita debaixo da ira de Deus e que todos são chamados ao arrependimento, a fim que Deus possa lidar com misericórdia com todos.


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