quinta-feira, 1 de abril de 2021

VIVENDO À LUZ DA ESPERANÇA (1)

 

                    

“E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1 JOÃO 3:3)

INTRODUÇÃO:

        Eu realmente me acho incapaz de explicar a importância desse texto de 1 João  3:3. Aliás, ele se abriga num contexto, onde o apóstolo envolve os santos no amor de um Deus que tudo fez para lhes chamar à uma maravilhosa e grandiosa salvação. O capítulo trata sobre o novo nascimento e que, devido a isso os crentes foram feitos filhos de Deus. Nessa santa posição de amor e de amados, o mundo há de odiar os crentes. João faz questão de alertar os santos para surpresas que envolverão nossas vidas num ambiente que odeia Deus e que ama o pecado. Ora, neste mundo damos valor àquilo que compramos com muita dificuldade. E aquilo que Deus nos deu em Cristo para nossa bem-aventurança eterna? Terá pouco ou quase nenhum valor?

        Este não é o primeiro escrito meu acerca da carta de 1 João. Retorno à epistola, porque é cheia de riquezas, especialmente por tratar de uma carta de amor entre Deus e Seu povo. A carta é notavelmente cheia de ensinos preciosos das doutrinas da graça. Temos o andar na luz com Deus, redenção pelo sangue, separação do mundo, manifestação de ódio do mundo contra os santos, novo nascimento, os corpos de glória uma vez que seremos semelhantes a Cristo, vidas santificadas para Deus, perigos dos últimos dias e o espírito de anticristo e do falso profeta. Claro que não mencionei os detalhes, mas foi o suficiente, a fim de incentivar os que amam a Palavra a desejar conhecer essa tão preciosa e íntima missiva celestial.

        Estou na abordagem do capítulo 3 verso 3. Temos  nesse capítulo ensinos que enchem a vida do crente de dinamismo, ao enxergar o que lhes aguarda lá adiante. Somos um povo que vive da esperança, mas eterna esperança. Não nos alimentamos dessa esperança terrena; não nos abrigamos em refúgios onde lobos vorazes nos pegam de surpresa; não nos afinas com as propostas mundanas, pois elas fracassam diante do poderio do diabo, do pecado da morte e do inferno. O mais valioso que o mundo oferece não passa de lixo depositado para o fogo, assim como foram queimados os valores de Sodoma e Gomorra ante o fogo do céu.

        O que significa a vida cristã no mundo? Não significa que não devemos obter do melhor e justo que o mundo nos oferece. O perigo está em amar este sistema e tentar estabelecer a vida aqui em cima de suas promessas inúteis. Eliseu poderia com justiça ficar com os tesouros trazidos da Síria, mas resolveu não aceita-los, para que a glória de tudo o que foi feito ficasse com seu Senhor. Moisés recusou a vida cômoda e cheia de luxo do Egito, a fim de sofrer com o simples povo de Deus. Santos de Deus do Velho Testamento foram valentes e corajosos nessa separação. Por que não podemos nós tomar decisões firmes, pela fé, a fim de agradar o Senhor, uma vez que nossa esperança de coisas infinitamente melhores nos acompanham aqui?

        É exatamente o que o texto nos ensina. João mostra que  somos filhos de Deus pelo novo nascimento, por  essa razão não somos benvindos  aqui. Vemos que não participamos da esperança terrena nem desse espírito vil e enganador que domina pensamentos e  emoções  deste  sistema. O que esperamos? O texto  nem  trata das riquezas  da glória,  da cidade dourada, do fato  que nunca mais ouviremos  falar da morte, da dor, dos gemidos, das angústias, das abominações, etc. O texto nos leva ao excelente, pois seremos semelhantes ao Senhor; teremos corpos de glória semelhante ao Seu corpo glorificado na ressurreição.

        Diante de tudo isso, não é para que busquemos nos separar inteiramente  para ele, a fim  de  vivermos somente para o nosso Senhor?

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