quinta-feira, 1 de abril de 2021

A CAUSA DA INFELICIDADE NO HOMEM (5)


“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos, pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou como sequidão de estio” “Salmo 32:3,4)

A ORIGEM DA INFELICIDADE: “Enquanto calei os...”

        Outro detalhe que precisamos saber é que Deus sempre há de focalizar Sua verdade no coração. Infelizmente  muitos pastores hoje, ou lidam com a mente ou com os sentimentos e isso é tremendamente  prejudicial. A mensagem do evangelho deve invadir todo ser do homem, caso contrário não haverá conversão sincera. O fato que alguém sabe algo das letras bíblicas, doutrinas preferidas, ou se sente emocionado no ambiente religioso, não significa que a pessoa entendeu no coração. Israel entendia bem os ensinos de Moisés e lia muito os escritos dos profetas, mas nada disso chegou ao coração deles, por isso, a idolatria estava gravada nas paredes do coração (Jeremias 17:1). Então, precisamos saber como opera o pecado no íntimo.

        1. Eles são meus companheiros desde quando fui concebido. O pecado não me tomou, assim que fui conscientizado de minha vida e responsabilidade aqui. Fomos gerados no pecado, entramos no mundo com esse sócio do mal, e ele  faz parte da minha vida em  todas as áreas para manobrar meu viver  e orientar-me naquilo que devo fazer e nas minhas decisões. Esse é meu amigo de peito, no  qual  tenho real prazer. O pecado é um amigo forte, invisível  e capaz de me guiar, dando a impressão de que sou feliz  e bem-aventurado na jornada por este mundo. Não tem uma companhia mais graciosa para o homem do que o pecado. Ele comanda por fora que meus interesses internos sejam concebidos e apreciados. Ele me concederá os amigos que quero aqui e que me farão sentir feliz.

        2. O pecado é aquilo que aqui hei de amar. O pecado requer toda minha devoção consagração, ele não tolera outro amor e o que tenho no viver terreno é fruto do pecado. Ele não tolerará qualquer vínculo com o bem e nem mesmo poderei pensar em algo que  venha de Deus. A força concedida pelo pecado tem em vista minha obediência servil à iniquidade. Mesmo que eu caminhe aqui pelo caminho normal da vida, isso servirá apenas para me manter ocupado, achando que nada há de errado. O pecado consegue dissipar toda aparência do mal e consegue evitar que eu veja o seu salário – a morte como real efeito dele mesmo. O amor do pecado traz consigo benefícios terrenos que me darão a impressão que sou feliz e que tudo vai dar certo. Além disso, meu amor é tão grande pelo pecado que procuro mantê-lo oculto e não permitirei que ninguém mexa com ele. O bem amado no meu ser é meu protetor, meu ídolo e me fornece tudo o que preciso aqui, a fim de servi-lo.

        3.     É o pecado que me dá todo incentivo a viver como vivo. No viver natural é o pecado um ser que parece gracioso e poderoso. O pecado me abre os olhos para ver a vida incrivelmente bela ao derredor. O pecado me encurrala horizontalmente, de tal maneira que sou atraído pela felicidade, riqueza e paixões. Verticalmente o pecado me faz olhar  do sol para baixo e me faz apaixonar por sonhos e ideais. O pecado não me deixa sem o sentido religioso da vida, mas ele cria sua divindade que  realmente acho que preciso. O pecado me faz realizado com a presença de um suposto deus, o qual me promoverá a sensação de realização na vida. O pecado me ilude de tal maneira que pode me  levar à buscar a excelência no viver, sem que  eu perceba os reais e eternos perigos que envolvem minha alma  e meu  destino eterno.

        Para Zaqueu, a vida caminhava muito bem e nem sequer importava com o  que  falavam dele, servindo os romanos com cobrança de impostos. Até que Cristo entrou em sua casa e em seu coração, a fim arrancá-lo do poder e tirania  do pecado para sempre.

 


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