segunda-feira, 8 de agosto de 2016

PERDIDOS NO PECADO (4)




“Apalpamos as paredes como cegos, sim, como os que não têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e entre os robustos somos como mortos” Isaías 59:10
A TRISTE ESCURIDÃO DO PECADO: “Apalpamos as paredes, como cegos; sim, como os que não têm olhos andamos apalpando...”
        Vemos no texto o quanto os perdidos pelos quais Cristo morreu estão realmente imobilizados nas trevas. O mundo é um lugar de escuridão, mas essas trevas só são vistas como trevas pelos perdidos; isso acontece quando Deus mesmo mostra esse estado de escuridão. Sem esse despertamento para ver a realidade deste mundo enganador, os homens estão sendo guiados neste mundo pelo engano de que há luz aqui. Notamos no capítulo 9 de João o quanto Jesus destaca essa verdade. O homem que estava fisicamente cego passou a ver além; seus olhos foram abertos para as realidades físicas daqui, mas também foram abertos para enxergar além, para ver que fora achado pelo Filho de Deus. Enquanto isso, os fariseus que achavam que eram capazes de enxergar as coisas com uma visão espiritual, foram apontados por Cristo como verdadeiros cegos: “...Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos” (João 9:39).
        Então, entendemos bem que quando o Senhor desperta os pecadores para a busca pela verdade, eis que eles realmente passam a enxergar o mundo como escuridão. Enquanto isso não ocorre, eis que a multidão vivem sob a euforia deste mundo, radiantes com a luz que há aqui, assim como a mulher de Ló que viu Sodoma como um lugar realmente encantador e digno do seu amor. Compreendemos, pois, que quando homens passam a ver a escuridão aqui é que eles realmente passam a buscar o Senhor, conforme a linguagem de um dos antigos hinos do Cantor Cristão:
                                Eu nas trevas vagueava sem a luz da retidão
                               E a minha alma estava morta, e eu sem fé no coração!
        O texto de Isaías é de uma impressionante revelação, porquanto mostra o quanto os perdidos no pecado percebem os laços armados na escuridão: “...tropeçamos ao meio dia, como no crepúsculo”. É claro que os que estão dominados pela incredulidade e pela dureza de seus corações, nem sequer percebem que têm caído. Para os mundanos tudo o que acontece aqui é tratado como algo normal. Eles sempre estão dizendo que isso faz parte da vida. Devido a cegueira espiritual, homens e mulheres desconhecem os tremendos perigos que lhes cercam. Satanás consegue se disfarçar bem e ainda opera de tal maneira que os filhos das trevas pensam que estão sendo bem tratados aqui. Nas trevas eles aguardam o mal com um “bem vindo”; até mesmo em suas dores e extremas tristezas podem achar os perversos consoladores.
        Mas não é esse o caso daqueles que estão perdidos. Estes veem sua condição; eles no íntimo estão confessando sua condição; eles estão perturbados; não são compreendidos pelo mundo, nem pela religião deste mundo, porque os perdidos estão se vendo perdidos, porque Deus tem aberto seus olhos e eles clamam pela verdade. Nós os pregadores realmente desconhecemos essas coisas, porque vemos tudo à luz da aparência que este mundo mostra. Paulo e Silas jamais saberiam que haviam perdidos em Filipos, até que Deus os enviasse para lá e ali achassem aqueles que queriam a salvação. Outro hino do Cantor Cristão destaca bem essa verdade:
                        Uma voz ressoa em geral clamor: Dai-nos luz! Dai-nos luz!
        Oh! A visão desse clamor Deus passa aos seus servos, fazendo com que muitos entrem nesses lugares e ali sofram pelos perdidos, para levar-lhes a luz. A igreja brilha neste mundo, a fim de descobrir os pecadores por meio do testemunho deles. E foi essa a função do Senhor Jesus, quando aqui desceu para ser a luz do mundo.
       

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