quarta-feira, 24 de abril de 2019

O JUSTO VIVERÁ DA FÉ (2)



“Eis o soberbo, sua alma não é reta nele, mas o meu justo viverá por sua fé” (Habacuque 2:4)
QUALIFICANDO A FÉ: “...o justo viverá da fé”.
        Minha atividade nesta página é mostrar o quanto a palavra de Deus qualifica a fé, fazendo a diferença entre a fé verdadeira e a fé puramente humana, natural. Normalmente vemos como o artigo a define essa fé: “O justo viverá da fé...” Em 1 João temos a mesma verdade: “...a fé que vence o mundo é a nossa fé”; “a fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos”. Esse fato é mostrado em toda Escritura, mostrando o quanto Deus mesmo não mistura as coisas, pois a fé verdadeira é a obra do Espírito Santo começando a boa obra naqueles que se convertem a Cristo de todo coração. Notemos no próprio texto que o justo é o que possui essa fé: “o justo viverá da fé”. A fé é uma obra sobrenatural no homem; ela marca a diferença entre um justo e um ímpio; ela mostra a diferença entre as obras mortas e as vivas. Foi exatamente isso o que Tiago quis dizer no capítulo 2 de sua carta: “A fé sem obras é morta”.
        Seguindo essa rota bíblica podemos afirmar que ninguém que obteve a justiça de Cristo mediante a salvação pode exercer a fé. Cristo é o perfeito Justo e Ele mesmo viver em perfeita fé aqui; foi Dele que os justos obtiveram a fé para andar ativamente por ela e foi isso o que Paulo quis dizer em Romanos 1:17: “De fé em fé, porque o justo viverá da fé”. Isso significa que sem a salvação a fé natural não tem valor; pode brilhar como ouro puro, mas ao chegar perto, percebe-se que não passa de engano. Todo material feita pelo homem e proveniente da natureza é impuro e não tem qualquer valor para Deus.    Mas você afirma que Cornélio nem era salvo e possuía uma fé que agradou a Deus (Atos 10). Mas a verdade é que ali estava um homem, cuja fé foi dada por Deus, para que conhecesse a verdade da salvação. Quando Deus ressuscita alguém dentre os mortos, haverá o sinal da fé em seu coração, e evidenciará na busca pela verdade, conforme as Escrituras. A fé possui asas que sobem às alturas; possui pernas fortes que correm do mal na busca do socorro do alto e pode andar com sólida confiança, calmamente em direção ao céu. É essa a fé. Vemos a diferença na vida de Rute, porque, enquanto a sua concunhada Orfa tinha a fé natural, porque gostava da sogra, Rute, entretanto tinha a fé verdadeira, porque amava o Deus de sua sogra e estava disposta a morrer com Noemi e com o povo de Noemi.
        Nunca houve um tempo quando satanás tem enchido os corações dos homens da falsa fé. Milhares sustentam crê em Deus, mas percebemos o quanto estão distantes da verdade bíblica. A fé implantada no peito de um justo não o deixa vacilante; não o faz crer na verdade e na mentira ao mesmo tempo. O justo é intrépido como leão, ele não tem medo, porque mira o Deus que lhe salvou. Vemos isso na vida de Raabe, pois ela mirou bem o caminho, examinou bem o fundamento, confiou plenamente no Deus dos hebreus e rumou para a decisão que marcou definitivamente seu viver espiritual (Josué 2). Quando satanás opera fé nos homens vemos que tudo é fundamentado em emoções, em atividades vãs e as mãos são estendidas para saudar todo tipo de fé mundana.
        Não há na fé natural qualquer definição pela verdade. É comum ver na falsa fé o sorriso ocupando o lugar do temor; é comum ver “flores” da comunhão mundana em lugar da espada que luta contra o mal. A fé natural não produz soldados para a batalha; a fé natural é humanista e o deus dela é criado no coração com o conceito mundano. Quanta diferença entre Elias e os falsos profetas! Estes se ajuntavam e falavam a mesma linguagem cheia de lisonjas, enquanto o profeta de Deus erguia sua voz ao céu, proclamando a glória de Deus no meio do povo. Para Elias o que importava era a glória de Deus e não os méritos religiosos de homens cheios de mentiras e avareza. Que o Senhor examine os corações, para ver se habita ali a verdadeira ou a falsa fé.

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