“Eis o soberbo, sua
alma não é reta nele, mas o meu justo viverá por sua fé” (Habacuque 2:4)
QUALIFICANDO A FÉ:
“...o justo viverá da fé”.
Minha atividade nesta página é mostrar o
quanto a palavra de Deus qualifica a fé, fazendo a diferença entre a fé
verdadeira e a fé puramente humana, natural. Normalmente vemos como o artigo a
define essa fé: “O justo viverá da fé...”
Em 1 João temos a mesma verdade: “...a fé que vence o mundo é a nossa fé”; “a
fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos”. Esse fato é mostrado em
toda Escritura, mostrando o quanto Deus mesmo não mistura as coisas, pois a fé
verdadeira é a obra do Espírito Santo começando a boa obra naqueles que se
convertem a Cristo de todo coração. Notemos no próprio texto que o justo é o
que possui essa fé: “o justo viverá da fé”. A fé é uma obra sobrenatural no
homem; ela marca a diferença entre um justo e um ímpio; ela mostra a diferença
entre as obras mortas e as vivas. Foi exatamente isso o que Tiago quis dizer no
capítulo 2 de sua carta: “A fé sem obras é morta”.
Seguindo essa rota bíblica podemos
afirmar que ninguém que obteve a justiça de Cristo mediante a salvação pode
exercer a fé. Cristo é o perfeito Justo e Ele mesmo viver em perfeita fé aqui;
foi Dele que os justos obtiveram a fé para andar ativamente por ela e foi isso
o que Paulo quis dizer em Romanos 1:17: “De fé em fé, porque o justo viverá da
fé”. Isso significa que sem a salvação a fé natural não tem valor; pode brilhar
como ouro puro, mas ao chegar perto, percebe-se que não passa de engano. Todo
material feita pelo homem e proveniente da natureza é impuro e não tem qualquer
valor para Deus. Mas você afirma que
Cornélio nem era salvo e possuía uma fé que agradou a Deus (Atos 10). Mas a
verdade é que ali estava um homem, cuja fé foi dada por Deus, para que
conhecesse a verdade da salvação. Quando Deus ressuscita alguém dentre os
mortos, haverá o sinal da fé em seu coração, e evidenciará na busca pela
verdade, conforme as Escrituras. A fé possui asas que sobem às alturas; possui
pernas fortes que correm do mal na busca do socorro do alto e pode andar com
sólida confiança, calmamente em direção ao céu. É essa a fé. Vemos a diferença
na vida de Rute, porque, enquanto a sua concunhada Orfa tinha a fé natural,
porque gostava da sogra, Rute, entretanto tinha a fé verdadeira, porque amava o
Deus de sua sogra e estava disposta a morrer com Noemi e com o povo de Noemi.
Nunca houve um tempo quando satanás tem
enchido os corações dos homens da falsa fé. Milhares sustentam crê em Deus, mas
percebemos o quanto estão distantes da verdade bíblica. A fé implantada no
peito de um justo não o deixa vacilante; não o faz crer na verdade e na mentira
ao mesmo tempo. O justo é intrépido como leão, ele não tem medo, porque mira o
Deus que lhe salvou. Vemos isso na vida de Raabe, pois ela mirou bem o caminho,
examinou bem o fundamento, confiou plenamente no Deus dos hebreus e rumou para
a decisão que marcou definitivamente seu viver espiritual (Josué 2). Quando
satanás opera fé nos homens vemos que tudo é fundamentado em emoções, em
atividades vãs e as mãos são estendidas para saudar todo tipo de fé mundana.
Não há na fé natural qualquer definição
pela verdade. É comum ver na falsa fé o sorriso ocupando o lugar do temor; é
comum ver “flores” da comunhão mundana em lugar da espada que luta contra o
mal. A fé natural não produz soldados para a batalha; a fé natural é humanista
e o deus dela é criado no coração com o conceito mundano. Quanta diferença
entre Elias e os falsos profetas! Estes se ajuntavam e falavam a mesma
linguagem cheia de lisonjas, enquanto o profeta de Deus erguia sua voz ao céu,
proclamando a glória de Deus no meio do povo. Para Elias o que importava era a
glória de Deus e não os méritos religiosos de homens cheios de mentiras e
avareza. Que o Senhor examine os corações, para ver se habita ali a verdadeira
ou a falsa fé.
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