segunda-feira, 16 de março de 2020

O GRANDE DESAFIO PARA A FÉ (9)



“Celebrai com júbilo ao Senhor todos os moradores da terra; servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos diante Dele com cânticos; sabei que o Senhor é Deus, foi Ele quem nos fez e dele somos...” (Salmo 100)
A CONFISSÃO DE FÉ EM ATITUDE DE CONSAGRAÇÃO: “...dele somos...”
        Percebemos que o cristianismo atual vive querendo ouvir bênçãos, sobre a salvação, sobre o céu, segurança eterna, livramento da perdição, entre outros assuntos, mas quanto trata dos seus deveres, a tendência é esquivar e não querer ouvir. Para mim isso mostra uma atitude gravíssima, porque é bem possível que a verdade do evangelho bíblico não entrou nos corações de muitos. O movimento evangélico atual é tão ocupado com o mundo e com as recompensas daqui, que parece querer de Deus documentos que será beneficiado aqui, mesmo sendo mundano e que ainda entrará no céu. Mas o texto acima nos mostra na parte final um fato estonteante, mas maravilhoso para os que verdadeiramente creem: “...Dele somos...”
        Podemos agora trazer a lume esta verdade, que os crentes pertencem ao Senhor, porque foram comprados, da mesma forma que tomamos posse como sendo nossa qualquer coisa pela qual pagamos o preço. Todo ensino bíblico nos leva a esse fato bendito e prático. Eu sei que o pecado nos tornou tão apegados a este mundo e que a natureza terrena é servil a este sistema, que é impossível desligar desse ambiente enganador chamado curso deste mundo (Efésios 2:2). A natureza humana não quer nem pensar em se desligar do mundo e deste programa que terá um final com a morte. Por essa razão é que o homem necessita de uma nova natureza, não mais terrena, mas celestial, disposta a pensar nas coisas do alto e não da terra (Colossenses 3:1)
        Quer achemos difícil isso ou não, o fato está aí perante nossos olhos e para ser bem recepcionado em nossas mentes e emoções: “...Dele somos...”. Tem alguma explicação que possa desafiar essa verdade? Ela é ou não é irrefutável? E devemos saber que todos os crentes devem estar informados desse fato e que foi isso que mobilizou homens e mulheres a renderem suas vidas ao Senhor de forma total. Eis aí a base para a genuína consagração; eis aí o desafio da fé e homens santificados pela salvação graciosa sabem disso, conforme o coro de um antigo hino: “Eu sou de Jesus, aleluia! De Cristo Jesus meu Senhor! Não quero falhar, mas quero falar, andar e viver com Jesus”.
        Diante desse fato, nota-se que o evangelho não foi uma invenção do homem. Não estamos lidando com invenções de homens, mas sim com a revelação escrita, acerca de um Deus que Se revelou aos homens e que veio à terra, a fim de comprar para Si um povo especial e que seria Sua propriedade particular (1 Pedro 2:9). Quem nós éramos? Não nos atiramos no pecado e consagramos nosso ser para a encantadora serpente que nos atraiu? Não é verdade que o pecado tomou todo nosso ser e membros, a fim de que vivêssemos a servi-lo? Não é verdade que éramos dedicados ao pecado de todo nosso coração? O que aconteceu? O Senhor veio e com Seu sangue nos comprou para Ele! Simples! Ele pode vindicar Seu povo de forma coletiva e individual: “As minhas ovelhas...” Notemos aí o pronome possessivo: “minhas”. Em Isaías Ele diz: “Chamei-te pelo teu nome, tu és meu”. Ora, tudo isso indica o quanto os santos pertencem a Ele. Essa verdade deve encher todo nosso pensamento e emoções, para que não haja nenhum espaço para qualquer outro sentimento e pensamento.

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