quarta-feira, 29 de maio de 2019

O CLAMOR DOS ELEITOS (4)



“Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías 59:9-11)
O CLAMOR PELA SUA CONDIÇÃO DE POBREZA ESPIRITUAL: “Pelo que a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança”
        Examinemos de perto o texto de Isaías, a fim de sabermos o que realmente significa o clamor dos eleitos. Se não houver uma chamada irresistível da parte de Deus, é impossível para que os homens no pecado queiram a salvação. A atitude dos eleitos é algo maravilhoso realizado pela graça; são homens e mulheres despertados do estado de morte e vendo que a situação deles é grave. Quero enfatizar o estado pecaminoso do homem, a fim de mostrar as maravilhas que acontecem naqueles que pela graça são despertados.
        A tortuosidade é vista na alma: Quando a alma é torta, a maneira de viver será torta. Não esperamos que uma religião há de mudar o homem. Pode aparecer uma mudança na aparência, em alguns costumes, etc. mas não no coração. A hostilidade do homem é contra Deus, e não contra uma religião. Saulo se sentia bem entre os fariseus e foi longe em tudo o que um homem pode religiosamente fazer. Mas seus esforços foram vistos como pleno fracasso após sua conversão. Nicodemos podia ser um mestre em Israel, mas não passava de ignorante no tocante às realidades eternas. Não há poder aqui que consiga endireitar uma alma torta em relação a Deus. Os bons costumes aqui podem ser uteis para o mundo, mas em nada servem para serem aceitos por Deus.
        Os homens manifestam a tortuosidade da alma por fora, numa atitude de soberba e em plena disposição de guerra contra Deus. O texto de Habacuque deixa isso claro: “Eis o soberbo...”. O ódio de alguém contra Deus é mostrado na atitude mais terrível em relação a Deus – na soberba. A soberba é a atitude de andar sem Deus aqui; é o homem declarando que não precisa do Senhor, da Sua palavra, de Sua liderança e pastoreio. A soberba é o homem mostrando ser um leão em suas atitude; achando no íntimo que há de andar em seus pecados, sem nada temer.
        Notemos bem que no caso dos eleitos, eles percebem logo o engano do pecado no íntimo; que a situação deles é miseravelmente digna de dó, por isso clamam por um livramento. Notamos isso no caso dos dois ladrões. Um deles sentia os horrores da crucificação, via o Salvador presente ali, mas permaneceu no mesmo estado que estava quando sentia liberdade para roubar. O outro – um eleito – quando percebeu pela graça que o Salvador estava ali presente, pode então clamar pela sua salvação e entrada no reino.
        Sabemos também, que os homens vivem tentando se justificar. A maior luta do evangelho bendito é despir o homem de toda justiça própria. No pecado os homens não percebem que toda sua justiça é vista por Deus com trapo de imundície. Para eles suas obras são cheias de perfumes e dos encantos fabricados pela religião da carne. Mas não é o caso dos eleitos, porque estes estão dizendo no íntimo: “...a justiça não nos alcança”. Quando Deus faz a cirurgia da graça, abrindo os olhos dos pecadores, a reação deles é imediata, porque desconhecem que nada têm, que nada podem fazer para Deus, que são culpados e indignos perante o Deus santo.
        Que o Senhor em Sua compaixão venha em Sua graça derramar favores maravilhosos a esta geração tão arrogante e corrompida. A nova era que não passa de ser plano destruidor de satanás tem fomentado ainda mais a soberba do homem. Nossa geração precisa conhecer o Deus da Bíblia, a glória Dele, quem é o Salvador enviado do céu. Que novos pregadores sejam erguidos, a fim de falar das grandezas dessa tão grande salvação enviada aos pecadores no mundo inteiro.

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