terça-feira, 30 de dezembro de 2014

CONHEÇO AS MINHAS OVELHAS (28)



 “Eu lhes dou a vida eterna, jamais perecerão eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão”. “(João 10:28)

ELE DÁ VIDA ÀS OVELHAS (sétima)
Amigo leitor, eu sei que é importante frisar o assunto a respeito da nova vida que há somente no Filho de Deus. Vou repeti-lo até que como flecha penetre no íntimo do seu ser. Você não obteve a vida que há em Cristo, se apenas aconteceu em sua vida um remorso por algum pecado cometido; saiba que sentir tristeza pelo pecado cometido não significa uma obra do Espírito Santo. Também você não obteve a vida que há no filho porque simplesmente acreditou em tudo o que Cristo fez; ou porque você entrou nesta ou naquela igreja; ou porque você passou a não praticar coisas inconvenientes. O pecador não obtém a vida celestial através dessas atividades que são apenas produzidas pela natureza enganosa do homem.
Vou mais longe ao afirmar que, se não houve aquele encontro com Cristo mediante o caminho da cruz, por meio da redenção, então o pecador é aquela mesma criatura de sempre, e lá no seu íntimo não pode perceber que há uma cobertura chamada de engano do pecado. Pode até estar mais religioso do que antes, mas isso não muda os fatos. As nuvens podem estar de tal maneira enegrecidas que o sol parece não estar mais lá em cima. Mas a realidade é que o sol continua a brilhar independente da ação das nuvens. Sem ter nascido de novo o coração do homem é o mesmo, voltado para este mundo; agarrado as coisas desta vida; carnal, mundano, e as feras da iniquidade estão escondidas, prontas para atacar. Sem ter nascido de novo nada o homem vai entender quanto às realidades eternais. Seus olhos estarão cegos, incapazes de enxergar aquilo que somente o Espírito Santo pode mostrar. Você ainda se acha na dúvida cruel achando que a salvação pode ser obtida por suas obras meritórias. Seu coração continua ainda mais endurecido, acumulando mais e mais ira para o dia da ira.
        Sem pensar, sem perceber estará ainda fazendo penitências, pagando promessas, através de seus esforços carnais. Não é assim que age a natureza humana? O homem que não obteve a vida que há em Cristo tem um horror da doutrina da graça e da misericórdia de Deus. A natureza humana está pronta a jejuar, pagar promessa, fazer longas orações, preces fervorosas para tentar apaziguar o Deus Santo. A culpa do pecado é a coisa mais terrível no íntimo. Na realidade não passa de ser o homem natural buscando alívio para sua alma, e quando faz algo que lhe exigiu fervor e dedicação, vai sentir-se alegre, e admitindo que a presença do Espírito Santo esteja tomando conta de seu ser. Mas é apenas engano do coração.
O que você está tentando fazer para ganhar o favor de Deus você nem mesmo percebe; não percebe porque você acha que está fazendo para Deus. A natureza humana gosta de estabelecer regras aqui e ali para pautar o caminho que acha leva-lhe ao céu. Meu amigo, em que perigo você se encontra! Você está indo para o poço da perdição! Para o abismo de trevas eternas; para longe da face daquele que é o Todo Poderoso.

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