terça-feira, 30 de dezembro de 2014

CRISTO AMOU A IGREJA (40)



“As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Cantares 8:5)
O PERFIL DO AMOR DO NOIVO:
         Prezado leitor, na meditação anterior procurei introduzir o assunto que trata do poder vencedor do amor do Noivo. Vamos trabalhar agora nessa frase: “As muitas águas não poderiam apagar o amor...”. Tudo isso que temos visto nessa encantadora passagem de Cantares tem em vista mostrar a força invencível do amor do Noivo pela noiva. A linguagem é não somente romântica, mas também ilustrativa, por isso ajuda-nos a compreender o quão profundo é o amor de Cristo em favor da Sua igreja e não há dúvidas que fortalece individualmente os crentes. As lições a respeito do amor do Senhor afastam o orgulho e nos posicionam na dependência do Rei.
         Não há dúvidas que as muitas águas referem-se às atividades de satanás neste mundo. É meu dever provar isso. O mundo inteiro, as nações, os povos são mostrados no Velho Testamento como “muitas águas”. O mundo é descrito assim, como o mar turbulento em constante agitação. Por que é assim? Essa agitação, confusão, guerras e outras manifestações de turbulência apenas revelam o que individualmente o homem é no coração:
“Mas os ímpios são como o mar agitado; pois não pode estar quieto, e as suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus”. (Isaías 57:20,21).
         Amigo leitor, o mundo é um palco de guerra, onde inimigos visíveis e invisíveis estão constantemente apontado suas armas contra Deus. Os homens no pecado vivem assim. A guerra só termina na vida de alguém quando humilhado cai perante a conquista do evangelho. Notemos que é exatamente assim que o evangelho poderoso faz: “As tuas flechas são agudas no coração dos inimigos do rei; os povos caem debaixo de ti.” (Salmo 45:5). Somente a mensagem do evangelho é capaz de dinamitar um coração rebelde, para que Cristo reine e traga a paz ao coração: “Sendo, pois justificados pela fé, temos paz com Deus...” (Romanos 5:1). Enquanto o Senhor não entra neste mundo para quebrar o arco, corta a lança e queimar os carros no fogo (Salmo 46:9), os homens continuarão em constante agitação, fazendo com que as águas rujam e espumem e os montes ficam abalados pela sua bravura (Salmo 46:3).
         Ainda levo o leitor a mais uma passagem e dessa vez para um texto profético no Novo Testamento, apenas para ressaltar o fato que as muitas águas referem-se a este mundo conturbado e mobilizado pelo pecado. No texto em que inicia a narrativa da punição da grande meretriz, que a meu ver é a organização impiamente religiosa deste mundo, o Senhor mostra a João a interpretação do que significa aquilo que ele viu acerca das águas: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas. (Apocalipse 17:15). Estamos vendo como a Bíblia interpreta ela mesma, por isso afirmamos que a frase: “As muitas águas não poderiam apagar o amor...”, refere-se a este mundo.
         Diante dessa descrição incrível do que é este mundo somos alertados para ver o perigo que cerca os crentes. Certamente essas muitas águas querem apagar o amor do Noivo pela noiva! Precisamos ver as astutas ciladas do inimigo usando este mundo maligno na tentativa de frustrar os crentes. E quanto mais perto fica a destruição final deste curso passageiro, mais intensa é a guerra; mais terrível é a manobra religiosa de satanás! Essas muitas águas são assustadoras, avassaladoras, e chegam como tsunami, com impetuosa força contra os santos. Não podemos ignorar isso! Precisamos estar acordados para enxergar os grandes perigos que cercam os santos individualmente!

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