quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

ESTUDOS NO SALMO 23 (23)



“Guia-me pelas veredas da justiça por amor do Seu nome.” (verso 3)
A CERTEZA DE SER GUIADO NO CAMINHO CERTO “Guia-me pelas veredas da justiça...” (segunda)     
Voltando ao Salmo 23 verso 3, podemos prosseguir no assunto que mostra de forma prática a doutrina da justificação. Quem é o crente? É agora uma pessoa que há de manifestar a justiça de Deus em seu viver. Numa linguagem simbólica, ele agora está trajando as vestes brancas da justiça de Cristo e neste mundo será guiado pelas veredas da justiça. Primeiro, devo explicar como Deus faz isso e depois explicarei qual deve ser o proceder do crente.
                Para nos guiar pelas veredas da justiça, Deus mediante a obra de Sua graça imprimiu essa justiça em nossos corações. Um exemplo claro dessa verdade está na vida de Zaqueu. Antes aquele homem não passava de um ladrão, mas quando foi a Cristo, o Espírito de Deus transformou aquele judeu que havia se tornado em escória para sua sociedade, numa nova criatura. Zaqueu levantou perante Jesus em completa consagração para andar numa vida cuja justiça só poderia revelar a justiça de Deus. Desde então, aquele que antes amava o dinheiro, mostrou que amava mais a Jesus e que estava pronto a consagrar seus bens para servir ao próximo. No caso de Zaqueu, a iniquidade  prendia e dominava-lhe na avareza. Mas, quando foi operado nele o milagre da salvação, eis que Zaqueu estava pronto agora a servir ao seu próximo. A lei de Deus foi gravada pelo Espírito em seu íntimo e eis que ali estava um novo homem pronto a trilhar o caminho da justiça. Quando não há esse milagre feito por Deus, é impossível para a pessoa ser conduzida na justiça de Deus.
Abraão é tido como o modelo da justificação. Ele pecou por não esperar o tempo de Deus e cedeu às pressões de Sara para ter um filho com Hagar, a escrava egípcia. Essa história está registrada no cap. 16 de Gênesis. É claro que a atitude de Abraão foi pervertida e que a maldade plantada seria colhida. No cap. 17, logo no primeiro verso parece indicar que Deus ficou 14 anos sem comunicar-se com Seu servo. Quando o Senhor lhe aparece, Abraão recebe como que uma aula de teologia por parte do próprio Deus. O Senhor diz para Abraão: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso.” É como se Ele estivesse dizendo ao seu idoso servo: “Abraão, você ficou velho, mas eu não, eu sou o mesmo”. Mas, veja o que segue no verso 1. Deus dá-lhe duas ordens: “Anda na minha presença, e sê perfeito.” Olhando superficialmente parece que Deus está repreendendo Abraão pelo que fizera e pondo um fardo sobre aquele homem. Como Abraão poderia andar na presença de Deus e ser perfeito? Ele era um pecador como qualquer ser humano. Mas Deus não lança uma carga insuportável sobre a vida espiritual do seu servo. O trabalho de Deus na vida de Abraão desde o começo foi pela graça e agora também não seria diferente. Deus em sua graça chega para o fraco Abraão e dispara-lhe duas ordenanças: “Anda na minha presença, e sê perfeito.” Quando Deus em Sua graça ordena, naquela ordem Ele dá o poder, por isso pode andar em Sua presença e ser o homem segundo o coração de Deus, e foi exatamente isso o que ocorreu com o crente Abraão. (continua)  

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