quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

CRISTO AMOU A IGREJA (36)



“...porque o amor é forte como a morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo, verdadeira labareda do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Cantares 8:5)
O PERFIL DO AMOR DO NOIVO:
         Amigo leitor, já pudemos ver como o forte amor de Cristo foi, é e será conquistador, porquanto pela mensagem do evangelho atrai um povo para Si. Na meditação anterior mostramos também que o amor se responsabilizou pelos objetos amados. A bíblia inteira narra a respeito dessa ocupação amorosa de Deus em proteger, cuidar e defender Seu povo eleito. Mesmo no período da lei, a desastrosa quebra da aliança de Israel jamais frustrou a bondade e misericórdia. Mesmo as mais severas e amargas disciplinas impostas sobre a nação, apenas evidenciaram a força do amor. As nações que apontaram suas armas mortais contra o povo amado foram severamente punidas e o povo santo purificado.
         Trago aqui o Salmo 78, o segundo maior salmo. Aqueles 72 versos expõem as malignas atitudes de ingratidão, afronta, idolatria e orgulho de Israel perante as mais excelentes manifestações de bondade, carinho e provisão de Deus. A nação simplesmente afrontou e desafiou o Todo-Poderoso; aquele povo estava pronto a correr desesperadamente em busca de ídolos e milhares de vezes provocaram o Senhor à Ira. Notem o que Deus permitiu que Seu povo sofresse: “...desamparou o tabernáculo em Siló...dando a sua força ao cativeiro, e a Sua glória à mão do inimigo. Entregou Seu povo à espada e encolerizou-se contra a sua herança. Aos seus mancebos o fogo devorou, e suas donzelas não tiveram canto nupcial. Os Seus sacerdotes caíram à espada e suas viúvas não fizeram pranto”. (Salmo 78:60-64). Quando parecia que a nação seria extinta mediante a violência dos inimigos, o que acontecia? Eis a resposta: “Então o Senhor despertou como dum sono, como um valente que o vinho excitasse. E fez recuar a golpes os seus adversários; infligiu-lhes eterna ignomínia” (versos 65,66).
         Eis aí um brevíssimo relato das atividades do grande Herói de Israel em defesa da Sua esposa! Ninguém pode se intrometer nos negócios do noivo com Sua noiva. Quando Moisés alterou sua voz mostrando-se irado contra a nação, teve a punição devida sendo impedido de entrar na terra prometida. A beleza desse amor em fulgurante glória está narrada em Efésios 5:22: “...Cristo amou a igreja e a Si mesmo se entregou por Ela”. Quão sério é mexer com a noiva do Cordeiro! Os apóstolos agiam com temor e respeito quando dirigiam seus ensinos e exortações ao povo de Deus, pois sabiam que a igreja pertencia ao Deus vivo; entendiam que eram cooperadores de Deus na edificação da igreja.
         O Senhor é aquele que cuida, protege, defende e sustenta Sua noiva. Quão perigoso é quando indivíduos tentam dominar o rebanho! Sérias palavras de advertências são dirigidas aos falsos pastores e falsos mestres que tentam atrair as ovelhas para eles! Vão enfrentar a fúria do Senhor e vergonha eterna cairá sobre suas cabeças (Jeremias 23:40).
         Concluo a meditação deste dia com palavra de encorajamento aos santos. Quão necessário é que os crentes fujam de qualquer arrogância! Qualquer mancha de orgulho na alma faz o crente descer e nivelar-se ao mundo. Por isso o Senhor vai atrás de Sua ovelha com disciplina, muitas vezes dura. Ele nunca abandona e atira ao léu Suas jóias preciosas. Jamais! Se houver alguém que afirma ser um crente, mas que anda deliberadamente por caminhos tortuosos, pode ter certeza que não pertence ao Senhor. Seu viver prova o quanto ama a iniqüidade e que almeja continuar no caminho largo, indo para a perdição. Em Apocalipse o Senhor afirma que disciplina todos quantos Ele ama (Apocalipse 3:19), por isso um viver em contínua prática do pecado revela que jamais conheceu o amor do Salvador bendito.

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