quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

AS BATALHAS DE CRISTO NO MEIO DOS SEUS INIMIGOS (17 de 29)



“Apresentar-se-á voluntariamente, o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens (Salmo 110:3)
        A CONQUISTA DO POVO DE DEUS NO MEIO DE SEUS INIMIGOS: “Apresentar-se-á voluntariamente, o teu povo...”
        Caro leitor, o Salmo 110 é uma profecia do poder do evangelho no mundo inteiro. Que incrível revelação dos mistérios de Deus! A vitória da cruz comprou com perfeita justiça todos os eleitos de Deus e com autoridade o Senhor entra nesse lugar de perigo, a fim de reivindicar para Si aqueles por quem Ele pagou o preço na cruz. Assim como os três valentes de Davi entraram no meio do exército dos filisteus para tirar água do poço de Belém para o rei, o Senhor sozinho entrou neste mundo, não para buscar água, mas sim para levar a Água da vida para os sedentos. É isso o que Ele faz hoje mediante o puro evangelho.
        Amigo leitor, examinemos bem de perto o que diz o verso 3: “...o teu povo...”. Veja bem que uma Pessoa da divindade comunica com a outra Pessoa acerca do povo. Não há dúvida que é o povo que o Pai escolheu antes da fundação do mundo (Efésios 1:4). Ora, toda obra da criação, a entrada do pecado e a vinda do Filho de Deus ao mundo para tornar-se Homem, tinha em mira esse “...teu povo...”. Aqui é o lugar aonde somente a fé verdadeira pode chegar com humildade e espírito de adoração.
        Sobre esse tema tão precioso a Palavra de Deus é uma mina de tesouro para os que amam as relíquias eternas que nos foram entregues. Ignorar isso é labutar contra Deus, a fim de fabricar outro evangelho, o qual não passa de ser uma mensagem anatematizada (Gálatas 1:8). Caro leitor digo solenemente que Deus amou um povo antes da fundação do mundo e que toda obra da redenção tinha em mira a conquista desse povo amado. Ora, nosso Senhor expôs essa verdade não somente para Seus discípulos, mas também para uma multidão de judeus arrogantes e perversos.
        Ele não escondeu esse ensino; não o considerou como algo secundário, feito para as mentes mais cultas. Ele trouxe à luz essas coisas ocultas dos homens, mas que são preciosíssimas para os salvos. O cap. 6 de João é uma verdadeira fonte dessas bênçãos eternais, as quais são consideradas como loucuras para as mentes pervertidas dos homens naturais. É nesse cap. que o Filho acentua bem não somente Sua divindade, como também o trabalho soberano do Pai.
        No verso 38 o Filho deixa claro que estava no mundo com o único e exclusivo objetivo de realizar a vontade do Pai. Noutras palavras, nosso Senhor desfaz completamente os intentos perversos da multidão em tê-Lo como alguém que irá cumprir seus planos mundanos. No verso seguinte, seguindo sempre o roteiro da vontade soberana do Pai, o Filho deixa bem claro que Sua função é salvar todos quantos o Seu Pai lhe deu: “...que nenhum eu perca de todos os que me deu...”. É claro que esse ensino emudece o homem soberbo e põe no pó toda sua vaidade. A exaltação da glória de Deus vai como flecha para ferir a arrogância religiosa dos homens, por essa razão, ou se afastam ou se voltam contra.
        Caro leitor, trago isso à lume aqui a fim de brilhar aos nossos olhos o texto do Salmo 110:3. Tomei apenas um verso de João 6. Mas poderia gastar muito tempo aqui, provando em toda Escritura o quanto esse ensino forma a estrutura inquebrável do evangelho bíblico. É claro que esse “...teu povo...” do verso 3 é possessão de Cristo, conforme vemos no pronome possessivo: “...teu...”. Cristo amou esse povo com amor eterno; Cristo se deu por esse povo; Cristo sofreu por esse povo; Cristo pagou um altíssimo preço para ter esse povo para Si. Ora, o ensino é riquíssimo!
        Como pecadores vão saber que pertencem ao povo de Deus? Creio que a resposta é simples: “Arrependei-vos e convertei-vos, para que sejam cancelados os vossos pecados...” Atos 3:19)

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