terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O PREÇO ATERRORIZANTE DO PECADO (33)



Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
OS RESULTADOS ETERNOS DA GRAÇA (introdução):
         Caro leitor, certamente este verso coloca-nos perante o trabalho triunfante da graça. Na meditação a respeito dos resultados eternos da graça quero contribuir para a edificação dos leitores crentes. Estou certo que uma fraca e débil definição a respeito da graça resulta num terrível enfraquecimento da igreja. Todos os verdadeiros crentes fazem parte da escola da graça, porque a graça é a vitrine de Deus onde somente genuínos crentes interessam entrar e ao chegar ali percebem que tudo pertence a eles e que pela fé podem adquirir. Nós precisamos saber onde fomos achados, o que somos agora e o que seremos na eternidade.
         A primeira lição é que necessitamos saber a respeito do poderoso chamado da graça. Ora, claramente vemos que é Deus quem chama pecadores para Si. É porque Ele chama, que os pecadores vão a Ele: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim...” (João 6:37). Não há quem queira aproximar-se do Filho de Deus sem que o Pai impulsione o pecador a essa decisão. Para a rainha Ester chegar à presença do rei Assuero era necessário que este estendesse o cetro para ela, do contrário a sentença inequívoca era a morte (Ester 4:11). Ora, se era assim com um soberano mortal, o que diremos daquele que é Rei dos reis e Senhor dos Senhores? Ir a Cristo não é uma decisão do homem, mas sim de Deus, por quê? A resposta clara é que não há ninguém que queira por si mesmo ir a Cristo. A natureza maligna do homem só pode correr em direção ao pecado; assim como o ferro é atraído pelo ímã, o pobre pecador caído em Adão corre velozmente em direção ao pecado. A habitação do pecador é nas trevas e para sair dessa escuridão onde vive escondido necessita ser chamado (1 Pedro 2:9); não passa de um defunto espiritual que recebe energia do espírito da potestade do ar (Efésios 2:2), a fim de fazer o que neste mundo? Pecar, pecar e pecar!
         Amado leitor cabe a nós agora conhecer as maravilhas desse chamado da graça. Para isso vamos juntos para uma passagem esplêndida em Ezequiel 37. A nação de Israel fora levada para o cativeiro e suas esperanças desvaneceram de voltar a ser uma nação. Na visão Ezequiel vê o povo de Israel como um vale cheio de ossos secos. Estavam mortos e a prova da morte era bem clara nos ossos secos, mostrando que não havia qualquer esperança. Para Ezequiel só havia uma esperança para aquela multidão de ossos ressequidos: “...Senhor Deus, tu o sabes” (verso 3). O que podemos fazer diante de um morto? Nada! Dar vida é milagre e à semelhança de Ezequiel, devemos voltar para Deus dizendo: “...Senhor Deus, tu o sabes”. Para mostrar a Israel que sua volta a Deus dependia inteiramente dessa poderosa e soberana chamada dentre os mortos, o que aconteceu? Ezequiel falou em tom profético e eis que o milagre começou, os ossos começaram a mexer e a estrutura física começou a surgir, ossos ligando com ossos e a carne cobrindo os esqueletos. Maravilha! Quando aquele vale não era mais os feios ossos secos, mas sim corpos inteiros, eis que nova ordem foi dada e o Espírito entrou neles (verso 9). Agora sim, a vida entrou neles, passaram a mover, falar, agir!
         Caro leitor, precisamos de uma ilustração melhor que mostre nossa tão triste situação outrora no pecado? Você me diz: “Pastor, aquilo referia a Israel!”. Mas eu respondo que é essa a verdade do que o pecado fez conosco. Olha o que é dito em Efésios 2:1: “Ele vos deu vida estando vós mortos em vossos delitos e pecados”. Eis aí o serviço da graça em relação aos pecadores! Quem éramos nós? Caídos em Adão! Todo nosso ser a serviço do pecado! Toda nossa vontade escravizada ao pecado! Todo nosso pensamento e emoções habilitados em servir ao mal, desde quando nascemos (Salmo 51:5). Até que o milagre ocorreu, quando o Espírito abriu nossos surdos ouvidos e ouvimos o chamado e assim corremos em direção ao Filho para obtermos vida.

Nenhum comentário: