terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O HORROR DO PECADO (9)




“Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões e o meu pecado está sempre diante de mim” (SALMO 51:1-3)
O HORROR DO PECADO MEDIDO NAS PALAVRAS:
         Caro leitor, vemos que nas palavras cheias de confissão de Davi perante o Senhor  ele nada escondeu; ele viu todo poder enganador do pecado e como foi afundado nesse poço da perdição. Ele percebeu o quanto agora estava totalmente ensopado de miséria da cabeça aos pés, longe de ser um homem piedoso, capaz de reinar sobre o povo de Deus; percebeu o quanto estava incapaz de praticar atos de justiça, de retidão e de santidade, que não passava de ser igualmente qualquer rei ímpio, pagãos os quais governavam as nações ao derredor; que estava de mãos dadas com eles e que fora motivo para que eles se ajuntassem em rir e zombar do Deus de Israel. Caro leitor, digo mais que nessa condição tão terrível de imundície visto à luz da santidade de Deus, Davi percebeu que de fato tornou um covarde e que havia deixado de ser um homem, pelo que havia praticado; que doravante não passaria de ser um terror para todos.
         Meu caro amigo, o pecado é assim e torna o homem assim. Quantos pensam que podem se erguer no pecado!  Quantos acham que podem se estabelecer sobre esse falso alicerce do mal! Sob o domínio do pecado os homens não estão amparados, nem suas famílias sentirão qualquer segurança. Quanto mais permanecer no pecado a situação ficará ainda mais agravante. Foi assim com o rei Uzias (2 Crônicas 26), porque a simples soberba o envolveu de tal maneira que logo estava Uzias usurpando o lugar de Deus. O que Davi devia fazer? Qualquer resistência a Deus acarretaria em maior prejuízo; qualquer atitude de endurecimento, assim como Jeorão, traria o terrível castigo. Será que um pobre monarca, feito de barro, teria a coragem de enfrentar e desafiar o trono de justiça do Todo-Poderoso? Abandonados e entregues a si mesmos, eis que os homens empunham suas espadas contra o reino celestial. Foi assim com os religiosos nos dias de Estevão e este santo do Senhor percebeu a atitude dos líderes religiosos naqueles dias, por essa razão, não somente os enfrentou como também os confrontou com a verdade: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistir ao Espírito Santo...” (Atos 7:51).
         Davi tinha sido cercado pelo poder da graça, foi envolvido pela compaixão de Deus, caso contrário se ergueria como uma serpente contra Deus. O que ele realmente precisava? Qual seria a solução para suas imundícies? Lavar! Ele não acharia socorro noutro lugar, por isso correu para a fonte de amor: “Lava-me completamente da minha iniquidade...” (verso 2). Que coração tão cheio de confissão sincera! O pecado para ele não era um mero tropeço, não era uma mera queda. À luz da graça Davi se viu em completa imundície, como se tivesse caído numa poça de lama podre e fétida. Era mais do que isso, porque não há meio de ilustrar o que realmente significa a imundície do pecado na alma. Para qualquer sujeira física aqui os homens encontram meios para se limpar. Mas quanto ao pecado não há possibilidade fora de Deus.
         Todos os anos os indianos se atiram no imundo rio Ganges, a fim de obterem purificação para suas almas. Pobres almas enganadas! Mas eles não são diferentes de milhares que correm para limpar suas almas por meio de batismos, ou mesmo de atividades religiosas. Almas enganadas. Davi correu para o lugar certo e foi sem qualquer mediação humana, nem mesmo buscou ajuda do profeta Natã. Ele ali mesmo correu e achou a porta aberta.
         Meu amigo, quão terrível é a situação do homem no pecado, porque estão sujos e continuam a se sujar ainda mais. Só há esperança no sangue remidor do Filho de Deus, para completa purificação da alma, a fim de encontrar o perdão e salvação de Deus.

Nenhum comentário: