sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A SUFICIÊNCIA DA SALVAÇÃO DE DEUS (11)



Quem, ó Deus, é semelhante a ti; que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a Sua Ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia  MIQUEIAS 7:18-20.
UM SALVADOR INIGUALÁVEL: “Quem, ó Deus é semelhante a ti...?
         Caro leitor, para que entendamos o fato que o perdão de Deus envolve completo esquecimento de todo pecado é  necessário que saibamos que primeiramente Seu perdão tem base de suficiente justiça. Notemos que não houve um perdão banal; não foi um gesto casual fundamentado em sentimento, mas houve sim perfeita exigência de justiça da parte do Santo Deus. Ora, vemos esse ensino firmado no simbolismo desde a entrada do pecado no mundo. Deus nunca aceitou qualquer pecador sem que houvesse um substituto; a culpa nunca foi sanada sem que tivesse prova clara de alguém que ocupasse o lugar do perdido.
         Não foi assim com Abel? (Gênesis 4). Quando aquele moço percebeu o desespero de sua alma; sua distância de Deus e a impossibilidade de entrar no Paraíso, logo tomou a providência perfeita, pois ofereceu sacrifício de sangue para ser aceito, e de fato foi aceito. Abel ficou marcado pelo seu ato de verdadeira fé. Ele não tomou um caminho segundo os moldes do perverso coração; não seguiu a fé atrevida de Caim, pois se humilhou e reconheceu a justiça de Deus, quando tomou o cordeiro e o imolou, a fim de que fosse seu substituto. A fé de Abel foi a simples, mas verdadeira fé, porquanto tinha aliança com Deus e mirava o futuro, quando o Cordeiro um dia viria para subir até o monte do calvário e ali tornar-se o substituto do pecador.
         Meu caro amigo, veja bem se sua fé é exatamente igual a fé de Abel; veja se sua fé está firme e ancorada na cruz do Salvador bendito, porquanto fora desse modelo tudo não passa de ser semelhante àquela fé feita do plástico mundano, como foi a de Caim, pois quando examinada pelas chamas santas e consumidoras oriundas dos olhos perscrutadores de Jeová. São milhares que hoje estão envolvidos em atividades religiosas, mas a carruagem de sua fé é está carregada de obras da justiça própria, assim como Caim com sua bagagem cheia de produtos da terra. Quanto perigo envolve as almas que ignoram isso e não percebem a sutileza de seus corações perversos, desafiando a Ira de Deus.
         Caro leitor, não brinque com a falsa fé, pois ela não veio do céu. A falsa fé não foi forjada na cruz mediante o sofrer do Cordeiro de Deus. Quando é examinada e descoberta a falsa fé tende a ficar irada e revoltada contra a verdade; logo mostra suas “unhas” e avança contra os verdadeiros servos do Senhor. Ninguém poderá entrar no Reino de Deus com sua própria fé articulada no coração. Essa fé carrega sua justiça própria; essa fé tem o brilho do mundo e recebe as bênçãos deste mundo, mas posta perante a luz da verdade ela é considerada maldita e detestada por Deus.
         Meu caro amigo, não adianta pintar suas vestes religiosas de branco, porquanto Deus vê o coração e sabe bem que o homem interior não foi renovado pela graça. Ninguém será aceito, a não ser com a puríssima veste da justiça de Cristo. Ela é mais alva do que a neve (Salmo 51:7). Você poderá trajar-se religiosamente de sua própria justiça e andar durante sua vida sentindo-se bem e até mesmo achar que tem a aprovação divina. Mas verá que não poderá entrar pelos portões da Nova Jerusalém. Será atirado fora, porquanto seu traje está manchado, contaminado. É melhor ser investigado agora pelo santo e puro evangelho. A mensagem de salvação examina bem e descobre se o pecador é salvo ou não.
         Mas no evangelho o homem culpado pode ver a perfeita justiça de Deus (Romanos 1:17). Certamente o evangelho bíblico é humilhante para a natureza perversa e mundana de Caim, mas muitos são tocados e se humilham, reconhecendo sua miséria e da necessidade desse perfeito substituto enviado por Deus. Agora é o momento para seu encontro com esse Cordeiro Amado, que na cruz foi perfeito sacrifício para a salvação do perdido pecador!

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