“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resistir resisti ao diabo e ele fugirá de vós.
Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vos outros. Purificai as mãos, pecadores;
e vós que sois de ânimo dobre, limpai o vosso coração. Afligi-vos, lamentai e
chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria em tristeza.
Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará” (Tiago 4:7-10)
O
CAMINHO CORRETO A SER TOMADO: “Chegai-vos a Deus, e Ele chegará a vós”
Caro leitor, qual é o caminho certo
para uma sincera conversão a Deus? Se houver
sinceridade
na alma, certamente a pessoa será direcionada ao caminho correto. Deus jamais
há de iludir a alma atraída por Ele; a fé verdadeira, quando brota no peito,
nunca volta envergonhada. Quando há fome pelo pão da vida é porque Deus está
atraindo o pecador à mesa; quando há sede, eis que todo ser do homem será
mobilizado à busca da água da vida. Não há engano no reino de Deus; nosso
Senhor não está brincando com as almas, porque Sua atividade é mobilizada por
Sua riquíssima misericórdia e Seu amor é ativo e constante em favor de
pecadores caídos. Qualquer pecador que corre para Deus é porque a graça
soberana o atraiu. Os pecadores que correm para longe de Deus em direção à
perdição é porque eles sempre quiseram isso e o fazem porque sua natureza
corrompida os levou a isso. Então caro leitor, estamos em terreno sólido de
justiça e fidelidade, porque Aquele que prometeu não pode mentir.
Tomemos o texto acima para que
conheçamos o caminho correto a ser tomado para uma conversão genuína a Deus. O
mesmo texto nos mostra isso: “Chegai-vos
a Deus...”. Notemos bem o imperativo: “Chegai-vos...”.
Entendamos bem, porque se não houver um sinal verdade da presença amorosa de
Deus autorizando pecadores a ir a Ele, certamente nenhum pecador irá. Por quê?
A resposta é simples: Não é normal para o homem tomar o caminho certo. O
habitat normal do pecador é no pecado, assim como o lugar do peixe é dentro da
água. O homem no pecado respira o pecado, nem sequer passa em seu coração as
coisas referentes a Deus, quanto a Sua presença, Sua justiça, santidade, Ira,
amor, etc. No pecado os homens são completamente indiferentes às realidades
eternas que estão à sua volta. Eles estão atinados àquilo que sua natureza tanto
gosta e não podem sair desse sistema.
Veja bem, caro leitor a diferença entre
os dois ladrões que foram crucificados. Os dois eram completamente iguais,
estavam ali sendo punidos por aquilo que fizeram e seguiam o curso normal em
direção à morte. Todo esforço deles estava voltado para escapar da situação,
pois queriam viver para continuar na mesma direção. Por que de repente tudo
mudou? Por que um deles preferiu Jesus e desejou ser alcançado pela
misericórdia? Ora, isso não é normal, não é produto do livre-arbítrio.
Claramente vemos que o olhar gracioso do Senhor dirigiu-se a um deles, para
atraí-lo para Si. Houve ali algo inaudito, surreal no que diz respeito ao viver
natural do homem. Tudo o que ocorreu na salvação daquela pobre alma estava
completamente longe do entendimento do mundo. O outro ficou cegado em sua
obstinação e endurecido em seu ódio contra Deus.
Caro leitor, não há como mudar o homem,
mesmo que o levemos a um cenário de amor, de festa, de santidade e de temor;
mesmo que ele seja abençoado com curas e outros privilégios materiais. Há no
coração do pecador todo arsenal de guerra contra Deus; há escondido ali um fogo
que continuamente se inflama por desejar suas paixões. Os anseios da sua carne
pelas concupiscências são despertados continuamente, exigindo satisfação e não
há como apagar, a não ser alimentando toda essa gana por prazer. Deixar o
pecador sem curtir aquilo que tanto ama e deixá-lo em tormento intenso; é
fazê-lo sofrer e sentir-se tão miserável. Ele clama pelos seus pecados e o
mundo está aí com toda provisão e à disposição para fazê-lo sentir-se em casa.
Ir para Deus? Nunca! Ele não quer isso, não deseja isso e há de rir, zombar e
declarar que tudo isso é loucura.
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