terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A SUFICIÊNCIA DA SALVAÇÃO DE DEUS (2)



Quem, ó Deus, é semelhante a ti; que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a Sua Ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia  MIQUEIAS 7:18-20
   INTRODUÇÃO:       
         Caro leitor ontem introduzir os comentários em torno desse verso, justamente porque o texto realça bem a salvação gloriosa e soberana de nosso Deus. Não pretendo lembrar o que foi dito na introdução, mas está a disposição para ser lido e comparado com o que vamos tratar nessa página de hoje. Procuro escrever apenas uma página de cada assunto diariamente, porque assim posso descansar e meditar melhor na continuidade. Lembro aos meus assíduos leitores que o material do blog jamais terá um aspecto apologético, porque nosso alvo é seguir a rota da mensagem pura e cristalina, tão atacada e perseguida em nossos dias. Meus leitores também podem perceber que sermões de outros que tratam do mesmo interesse do blog, serão bem vindos aqui. Continuemos nosso intenso labor na exposição dessas maravilhas eternas tão ignoradas em nossos dias.
         Voltando para Miquéias veremos  bem como o profeta descreve as condições daqueles dias e comparemos com nossa situação atual:
         1.      Ausência da verdade: “Ai de mim! Porque estou como quando são colhidas as frutas do verão, como os rabiscos da vindima: não há cacho de uvas para chupar, nem figos temporãos que a minha alma tanto deseja” (7:1). Veja na metáfora como o profeta é usado para descrever a condição daquela época. Nada havia da verdade; nada daquilo que satisfaz a alma; nada daquilo que mostrasse a presença de Deus no meio do povo.
         Não é essa a nossa situação atual? Vemos a ignorância espiritual até mesmo dentro das igrejas. A Palavra de Deus é tratada como se fosse um amuleto, objeto de superstição. Há uma escuridão na mente do povo e mesmo que a verdade seja pregada com poder, a dificuldade é enorme para ser aceita e entendida. E quando chega em sua força, a rejeição é abrupta e imediata.
         2.      Ausência de homens exemplares: “pereceu da terra o piedoso, e não há entre os homens um que seja reto; todos espreitam para derramarem sangue; cada um caça a seu irmão com rede” (7:2). Eis aí o resultado imediato da ausência da verdade, porque em lugar de homens piedosos, retos no viver, a sociedade passa a ter um ambiente carregado de maldades e onde há maldades surge o desprezo pela vida do próximo e atitudes maliciosas uns para com os outros.
         O que Miquéias presenciou em seus dias é o sistema de vida de hoje. O que prevalece não é a presença de homens justos e retos, resultantes da verdade no coração. A sociedade está cheia de elementos malignos, mentirosos, maliciosos. A sociedade vê hoje os mais fracos sem proteção e os mais novos sem qualquer exemplo para ser imitado. Mesmo nos ambientes com nomes de evangélicos prevalece a malícia religiosa, homens interessados em lucros desonestos, por essa razão milhares se disfarçam e por fora parecem espirituais.
         3.      Maldade vista em forma de armadilha: “As suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o juiz aceita soborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama” (7:3). Veja bem que à medida que a verdade vai sendo retirada, certamente essas abominações vão entrando e não há como refrear essas maldades. Por isso há necessidade de juízo da parte de Deus.
         Caro leitor, não podemos ignorar essas coisas, porquanto elas anunciam o fato de que a condição dos homens em nossos dias é aterrorizante. Precisamos urgentemente do retorno da verdade do evangelho! Precisamos que a luz da Nova Jerusalém venha a brilhar e encher nossa sociedade com a presença, não do juízo, mas sim da misericórdia do Senhor!

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