“Quem, ó Deus, é semelhante a ti; que perdoas a iniquidade e te esqueces
da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a Sua Ira para
sempre, porque tem prazer na misericórdia”
MIQUEIAS 7:18-20
INTRODUÇÃO:
Caro leitor ontem introduzir os
comentários em torno desse verso, justamente porque o texto realça bem a
salvação gloriosa e soberana de nosso Deus. Não pretendo lembrar o que foi dito
na introdução, mas está a disposição para ser lido e comparado com o que vamos
tratar nessa página de hoje. Procuro escrever apenas uma página de cada assunto
diariamente, porque assim posso descansar e meditar melhor na continuidade.
Lembro aos meus assíduos leitores que o material do blog jamais terá um aspecto
apologético, porque nosso alvo é seguir a rota da mensagem pura e cristalina,
tão atacada e perseguida em nossos dias. Meus leitores também podem perceber
que sermões de outros que tratam do mesmo interesse do blog, serão bem vindos
aqui. Continuemos nosso intenso labor na exposição dessas maravilhas eternas
tão ignoradas em nossos dias.
Voltando para Miquéias veremos bem como o profeta descreve as condições
daqueles dias e comparemos com nossa situação atual:
1. Ausência
da verdade: “Ai de mim! Porque estou como
quando são colhidas as frutas do verão, como os rabiscos da vindima: não há
cacho de uvas para chupar, nem figos temporãos que a minha alma tanto deseja”
(7:1). Veja na metáfora como o profeta é usado para descrever a condição
daquela época. Nada havia da verdade; nada daquilo que satisfaz a alma; nada
daquilo que mostrasse a presença de Deus no meio do povo.
Não é essa a nossa situação atual?
Vemos a ignorância espiritual até mesmo dentro das igrejas. A Palavra de Deus é
tratada como se fosse um amuleto, objeto de superstição. Há uma escuridão na
mente do povo e mesmo que a verdade seja pregada com poder, a dificuldade é
enorme para ser aceita e entendida. E quando chega em sua força, a rejeição é
abrupta e imediata.
2. Ausência
de homens exemplares: “pereceu da
terra o piedoso, e não há entre os homens um que seja reto; todos espreitam
para derramarem sangue; cada um caça a seu irmão com rede” (7:2). Eis aí o
resultado imediato da ausência da verdade, porque em lugar de homens piedosos,
retos no viver, a sociedade passa a ter um ambiente carregado de maldades e
onde há maldades surge o desprezo pela vida do próximo e atitudes maliciosas
uns para com os outros.
O que Miquéias presenciou em seus dias
é o sistema de vida de hoje. O que prevalece não é a presença de homens justos
e retos, resultantes da verdade no coração. A sociedade está cheia de elementos
malignos, mentirosos, maliciosos. A sociedade vê hoje os mais fracos sem
proteção e os mais novos sem qualquer exemplo para ser imitado. Mesmo nos
ambientes com nomes de evangélicos prevalece a malícia religiosa, homens
interessados em lucros desonestos, por essa razão milhares se disfarçam e por
fora parecem espirituais.
3. Maldade
vista em forma de armadilha: “As suas
mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o
juiz aceita soborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim,
todos eles juntamente urdem a trama” (7:3). Veja bem que à medida que a
verdade vai sendo retirada, certamente essas abominações vão entrando e não há
como refrear essas maldades. Por isso há necessidade de juízo da parte de Deus.
Caro leitor, não podemos ignorar essas
coisas, porquanto elas anunciam o fato de que a condição dos homens em nossos
dias é aterrorizante. Precisamos urgentemente do retorno da verdade do
evangelho! Precisamos que a luz da Nova Jerusalém venha a brilhar e encher
nossa sociedade com a presença, não do juízo, mas sim da misericórdia do
Senhor!
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