“...ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu
à luz. Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço;
porque o amor é forte como a morte; o ciúme é crue
“...ali esteve tua
mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz. Põe-me como selo
sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço; porque o amor é forte como a
morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo, verdadeira
labareda do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios
afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de
todo desprezado” (Cantares 8:5)
O PERFIL DO AMOR DO
NOIVO:
Amigo leitor acheguemo-nos perto dessa
tão gloriosa declaração: “...porque o amor é forte como a morte...”, e a razão
dessa declaração é que nela o noivo explica toda exigência feita anteriormente.
Cabe a ela tê-lo como selo no coração e no braço. Toda essa advertência é
claramente motivada pelo amor, porque toda segurança no andar dela e todo
aperfeiçoamento que ela deve obter no caráter santo e puro Dele deriva desse
forte amor.
Agora cabe a nós conhecer o amor de
Cristo, porque o amor do Noivo amado é “forte como a morte”. Todas as
exortações dirigidas pelo Senhor à Sua igreja; todas as exigências de
santidade, disciplina, separação do mundo, coragem para enfrentar as
dificuldades e provações, enfim, tudo aquilo que aparenta ser para nós um peso insuportável,
nada mais é do que a presença gloriosa de um amor eterno, conquistador e
triunfante.
Notemos a linguagem do Senhor para Seu
povo: “...com amor eterno eu te amei...” (Jeremias 31:3). O “eterno” qualifica
o amor, mostra que começou na eternidade e que há de superar todo e qualquer
obstáculo, força e poderio vistos nesse breve período de tempo; mostra que está
em pleno exercício agora e que em nada esse amor será frustrado e apagado!
Mostra que todo planejamento foi feito na eternidade e para a eternidade. Então,
o momento agora é para olhar sim, não para nossa pobre e tão ignóbil força; não
é para esperar que temos em nós qualquer coisa admirável. Fomos achados no
estado de completa repugnância e agora somos como um barquinho navegando no
imenso oceano do amor! Somos como leves como penas nas mãos do Onipotente! Na
linguagem de Moisés: Por baixo de nós estão os braços eternos! (Deuteronômio
33:27).
Amigo leitor, os crentes muitas vezes
querem voltar atrás! Temos toda disposição para correr em busca da loucura!
Nossa natureza carnal ousa nos atrair para os dentes dos ferozes inimigos e preferimos
o alimento que tem na panela do diabo! Mas, qualquer esforço é inútil, porque
nada mais pode separar o salvo do amor de Deus que está em Cristo (Romanos
8:39). O amor eterno nos tomou para Si e fez uma muralha de fogo ao nosso
derredor! O amor eterno nos abraçou, colocou dentro de Sua forte habitação e
desafia todos os mais terríveis e atrozes inimigos! Quem pode chegar e arrancar
os salvos da Onipotente mão? Como retornar para o Egito? Como cair novamente na
antiga escravidão? Como voltar a ser pertencente ao império das trevas? Nunca
mais!
Amigo leitor encaremos seriamente a
nossa natureza. Quanta ingratidão há em nossos corações! Quanta disposição para
reclamar contra Deus! Quanta demanda por aquilo que para nada presta! Quanta
força temos para escorregar em direção ao abismo! Queremos saber o que nos
mantém em pé? Estamos dispostos a compreender o que é que nos faz andar rumo ao
nosso lar? A resposta única e exclusiva é esse Amor forte como a morte!
Concluo a meditação deste dia ao
mostrar quão abandonada, escravizada e condenada está a alma sem salvação! Quão
enganoso é o coração no pecado! Ele respira no mundo um paraíso, ignorando que
as negras nuvens da Ira de Deus pairam sobre sua cabeça (João 3:36). Ele não
sabe quanto desejo tem a morte eterna em saborear seu sangue como se fosse uma
leoa faminta! O convite agora é para que os pecadores se arrependam! É urgente
o convite para que homens e mulheres corram para o Salvador Bendito!
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