sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

REGENERAÇÃO (5)




SPURGEON
“Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3)
         (continuação)
         Quero apelar a vocês, para quem muitas vezes o sermão é longo demais, cantar louvores a Deus é um esforço maçante e árido, ir à casa de Deus é tédio. O que vocês vão fazer onde se louva a Deus sem parar? Se o breve discurso aqui já cansa, o que dizer da conversa eterna dos redimidos sobre as maravilhas do amor redentor? Se a companhia dos justos aborrece, como a suportar por toda a eternidade? Eu acho que muitos de vocês estão dispostos a confessar que cantar salmos não é muito do seu gosto, que você não se importa muito com as coisas espirituais; sentar-se com uma garrafa de vinho e divertir-se, isto é céu para você! Bem, um céu assim ainda não foi feito, e por isso não há céu para você. O único céu que existe é o céu das pessoas espirituais, o céu do louvor, o céu do prazer em Deus, o céu dos que foram aceitos entre os amados, o céu da comunhão com Cristo. Disso você não entende nada; você não se alegraria nele se o tivesse; você não tem capacidade para tanto
         Todavia, há ainda outras razões:
                                      Imoralidade, pecado, vergonha,
                                      Fecham os portões sagrados para sempre.  
         Há outras razões, além daquelas dentro de você, porque você não pode ver o reino de Deus se não nascer de novo. Pergunte aos espíritos que estão diante do trono:
         - Anjos, principados e potestades, vocês concordariam que pessoas que não amam a Deus, que não creem em Cristo, que não nasceram de novo, morem aqui? – Eu os vejo olhando aqui para baixo e respondendo:
         - Não! Nós já lutamos contra o dragão e o expulsamos daqui porque nos tentou para o pecado; não precisamos e não queremos ter os maus aqui. Estes muros de alabastro não devem ser maculados por dedos sujos e lascivos; o pavimento limpo do céu não deve ser manchado e sujado pelos pés profanos de pessoas que não pertencem a Deus. Não!
         Vejo milhares de lanças levantadas, e os rostos temíveis de uma miríade de serafins vigiando por cima dos muros do paraíso:
         - Não, enquanto estes braços tiverem força e estas asas poder, nenhum pecado entrará aqui.
         Dirijo-me ainda aos santos no céu, já redimidos pela graça soberana:
         - Filhos de Deus, vocês concordam que os maus entrem no céu assim como estão, sem nascerem de novo? Vocês que amam a todos, digam, vocês acham que eles devem ser admitidos em seu estado atual?
         Vejo Ló levantar-se e exclamar:
         - Admiti-los no céu? Nunca! Terei de suportar novamente as conversas dos sodomitas?
         Vejo Abraão vir à frente e dizer:
         - Não; não posso tê-los aqui. Já tive o suficiente deles enquanto estive na terra; seus gracejos e zombarias, suas palavras tolas, suas conversas fúteis nos incomodaram e entristeceram. Não os queremos aqui.
         Apesar de serem celestiais e terem espírito amoroso, não há nenhum santo no céu que não se ressinta com indignação suprema que alguém de vocês se aproxime das portas do paraíso, se não estiverem santos e não nasceram de novo.















           

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