segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

GRANDE DESPERTAMENTO EM MEIO A APOSTASIA (13)




“Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória. Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra”. (Salmo 73:23-25)
MANIFESTAÇÃO DE FÉ E CONSAGRAÇÃO: “Quem mais tenho eu no céu...”
         Caro leitor, o que acontece quando sobre o povo de Deus vem o despertamento da graça? O efeito é maravilhoso, porque as coisas eternas assumem o controle do viver aqui. Foi exatamente isso o que aconteceu com o salmista, quando ele confessou: “Quem mais tenho eu no céu?...”. Enquanto estivermos ligados àquilo que o mundo promete, mesmo os interesses terrenos tão lícitos e normais nos farão mais apegados a eles. Mas o que aconteceu foi que essas coisas horizontalmente importantes sumiram, foram consideradas sem qualquer valor, e a visão de Deus, a glória Dele e Sua presença tornaram as ambições mais importantes da vida, até mesmo nos desejos celestiais: “Quem mais tenho eu no céu?...”. Creio que essa pergunta feita em tom de confissão deve ser considerada por nós agora.
         Não é verdade que temos uma família no céu? Não é verdade que desejamos ver nossos entes queridos, crentes amados que já morreram e que estão no céu agora? Eu pessoalmente lembro-me de minha mãe, tão querida e crente fiel que já partiu. Como desejo ver d. Rosalina ali! E outros queridos que já foram, amigos leais e conhecidos crentes que já partiram! Não desejamos nós ver os santos do Velho Testamento como Abraão, Isaque, Moisés e outros? Não temos nós interesse de conhecer de perto pessoas que grandemente foram usadas por Deus como Paulo, Pedro, João e outros heróis da fé que aqui viveram e fizeram história? Claro! Em nada estamos errado se pensarmos assim e nutrirmos essa esperança. Mas a verdade é que quando vem um despertamento de Deus, do temor que Lhe é devido e da Sua grandeza, graça e amor por nós, eis que até mesmo esses desejos são transformados em nulidades. O que acontece é que Cristo passa ser tudo em todos! Ele passa a ser a glória do viver aqui e no céu; Ele passa a ser toda nossa riqueza, nosso prazer e passa a ocupar todo nosso pensamento e emoção.
         Caro leitor, quando um despertamento santo envolve o povo de Deus nesta vida, certamente entenderemos que aqui tudo o que tivemos de parentes, amigos, família, enfim, tudo o que aqui amamos, passa a ser como bênçãos derivadas da bondade de Deus, mas que não são importantes quando comparadas à presença santa, bondosa, graciosa e amorosa do Senhor para com Seu povo. Tudo passa a ser considerado como trivial quando Cristo é tudo em todos; quando vemos o quanto Ele é glorioso, maravilhoso, Pastor, nossa alegria, riqueza, felicidade e prazer. Então, se nesta vida Ele nos proporciona esse transbordar de bênção, o que será no céu? Então, como Paulo diremos: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21). Quando Paulo pode conhecer seu Senhor, qual foi seu intenso desejo? “...tendo o desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Filipenses 1:23).
         Então, caro leitor, diante dessa verdade, quando há um despertamento, o próprio céu se torna desejável porque ali é o lugar da glória do Senhor e não porque os santos estão e estarão ali. Veja bem que num despertamento o prazer é o Senhor aqui e o prazer é de vê-Lo lá: “Quem mais tenho eu no céu?...”. Não é isso o que precisamos,  da fé que vê Deus como Ele é, como a glória e a razão de tudo, que fomos comprados por Ele e para Ele? Não é isso o que precisamos nestes dias tão carregados de humanismo, de satisfação por coisas terrenas? Não é dessa fé que encheu o coração de Simeão de alegria quando pode segurar em seus braços o próprio Filho de Deus e dizer: “Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo..., pois os meus olhos viram a tua salvação” (Lucas 2:29,30)
        

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