“Todavia, estou
sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu
conselho e depois me recebes na glória. Quem mais tenho eu no céu? Não há outro
em quem eu me compraza na terra”. (Salmo 73:23-25)
MANIFESTAÇÃO DE FÉ E
CONSAGRAÇÃO: “Quem mais tenho eu no céu...”
Caro leitor, o que acontece quando
sobre o povo de Deus vem o despertamento da graça? O efeito é maravilhoso,
porque as coisas eternas assumem o controle do viver aqui. Foi exatamente isso
o que aconteceu com o salmista, quando ele confessou: “Quem mais tenho eu no
céu?...”. Enquanto estivermos ligados àquilo que o mundo promete, mesmo os
interesses terrenos tão lícitos e normais nos farão mais apegados a eles. Mas o
que aconteceu foi que essas coisas horizontalmente importantes sumiram, foram
consideradas sem qualquer valor, e a visão de Deus, a glória Dele e Sua presença
tornaram as ambições mais importantes da vida, até mesmo nos desejos
celestiais: “Quem mais tenho eu no céu?...”. Creio que essa pergunta feita em
tom de confissão deve ser considerada por nós agora.
Não é verdade que temos uma família no
céu? Não é verdade que desejamos ver nossos entes queridos, crentes amados que
já morreram e que estão no céu agora? Eu pessoalmente lembro-me de minha mãe,
tão querida e crente fiel que já partiu. Como desejo ver d. Rosalina ali! E
outros queridos que já foram, amigos leais e conhecidos crentes que já partiram!
Não desejamos nós ver os santos do Velho Testamento como Abraão, Isaque, Moisés
e outros? Não temos nós interesse de conhecer de perto pessoas que grandemente
foram usadas por Deus como Paulo, Pedro, João e outros heróis da fé que aqui
viveram e fizeram história? Claro! Em nada estamos errado se pensarmos assim e
nutrirmos essa esperança. Mas a verdade é que quando vem um despertamento de
Deus, do temor que Lhe é devido e da Sua grandeza, graça e amor por nós, eis
que até mesmo esses desejos são transformados em nulidades. O que acontece é
que Cristo passa ser tudo em todos! Ele passa a ser a glória do viver aqui e no
céu; Ele passa a ser toda nossa riqueza, nosso prazer e passa a ocupar todo
nosso pensamento e emoção.
Caro leitor, quando um despertamento
santo envolve o povo de Deus nesta vida, certamente entenderemos que aqui tudo
o que tivemos de parentes, amigos, família, enfim, tudo o que aqui amamos,
passa a ser como bênçãos derivadas da bondade de Deus, mas que não são
importantes quando comparadas à presença santa, bondosa, graciosa e amorosa do
Senhor para com Seu povo. Tudo passa a ser considerado como trivial quando
Cristo é tudo em todos; quando vemos o quanto Ele é glorioso, maravilhoso,
Pastor, nossa alegria, riqueza, felicidade e prazer. Então, se nesta vida Ele
nos proporciona esse transbordar de bênção, o que será no céu? Então, como
Paulo diremos: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses
1:21). Quando Paulo pode conhecer seu Senhor, qual foi seu intenso desejo? “...tendo
o desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor”
(Filipenses 1:23).
Então, caro leitor, diante dessa
verdade, quando há um despertamento, o próprio céu se torna desejável porque
ali é o lugar da glória do Senhor e não porque os santos estão e estarão ali.
Veja bem que num despertamento o prazer é o Senhor aqui e o prazer é de vê-Lo
lá: “Quem mais tenho eu no céu?...”. Não é isso o que precisamos, da fé que vê Deus como Ele é, como a glória e
a razão de tudo, que fomos comprados por Ele e para Ele? Não é isso o que
precisamos nestes dias tão carregados de humanismo, de satisfação por coisas
terrenas? Não é dessa fé que encheu o coração de Simeão de alegria quando pode
segurar em seus braços o próprio Filho de Deus e dizer: “Agora, Senhor,
despedes em paz o teu servo..., pois os meus olhos viram a tua salvação” (Lucas
2:29,30)
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