sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

CRISTO AMOU A IGREJA (31)



“...porque o amor é forte como a morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo, verdadeira labareda do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Cantares 8:5)
O PERFIL DO AMOR DO NOIVO:
         Prezado leitor procurei mostrar em toda extensão da revelação bíblica o quanto o amor é forte, para que os corações dos santos sejam fortificados e reanimados na firme esperança. Que não haja qualquer atitude de rebelião contra essa liderança firme do noivo! Nada temos para dar, a não ser ações de graças! Aquele que em nós deu início a essa obra há de continuar. Ele nunca parou, nunca cansou, nunca desistiu um segundo sequer de lidar com cada um dos Seus escolhidos! Sua mão é suficientemente forte para segurar todos os santos! Nenhum deles ficará para traz; nenhum deles cairá na satisfação do inferno que nunca diz “basta!”.
         Mas a frase de Cantares mostra a força do amor ao fazer uma estranha comparação: “...porque o amor é forte como a morte...”. Que eu possa lembrar no momento, não existe outra passagem nas Escrituras que exibe a força da morte. Certamente a morte prova de forma prática neste mundo o quanto ela é forte. No mundo inteiro ela ri e zomba das atividades dos ricos, dos pobres, dos fortes, dos fracos; no mundo inteiro ela zomba das armas, dos planos das nações, das descobertas científicas, da luta pela saúde e por um mundo melhor. O mundo inteiro com toda sua pompa, fortuna, vaidade, ambição e glória não passa de vermes perante a força descomunal da morte. O Salmista afirma que a morte é o pastor daqueles que confiam em suas riquezas e que buscam nos bens desta vida o amparo e segurança (Salmo 49:14). Se ela é comparada com um pastor, então essa multidão enganada e enganosa não passa de frágeis ovelhas preparadas para a matança.
         Os anos passados também afirmam o quanto a morte é forte. O que ela fez com toda esperança dos grandes, dos fracos, dos cultos, bem como de toda intenção dos homens que neste mundo passaram. Para onde eles foram? Trabalharam, lutaram, construíram e desafiaram o braço forte da morte, e ela mostrou ser realmente forte em sua função. Seus golpes foram fatais! Ela sempre mostrou ser uma boa funcionária do inferno ao mandar diariamente fregueses para a boca aberta do Sheol. Em Ezequiel 31 e 32 vemos como Deus mostra às nações como o orgulho dos homens termina naquele lugar. Os fregueses do abismo devem saber que a morte virá buscá-los, que eles subiram no orgulho para caírem nas tiranas mãos da morte e serem depositados no lugar desconhecido.
         A morte prova sua força cada dia. Encaremos o burburinho deste mundo, toda sua atividade em educação, planos de um mundo melhor, tudo o que os homens fazem diariamente para ganhar mais. Todo labor das cidades grandes e pequenas; todo luxo ou pobreza; todo aparato e toda glória, tudo é desmanchado com a morte. Qual é o lugar neste mundo onde a morte não silencia e paralisa tudo? Todos os planos, festa, esperança, etc. acabam no cemitério.
         Mas o texto em Cantares vem afirmar que tem algo que desafia a própria morte – o amor. Se a morte é valente, o amor é tão valente quanto ela! Visto que não tem ninguém que possa desafiar a atroz inimiga, o último inimigo a ser destruído, eis que aparece o amor do Noivo: “...forte como a morte...”. Será que os santos não caem diante dessa gloriosa verdade? Será que nós, antes ovelhas destinadas à morte eterna, agora amparadas nas mãos do Sumo Pastor das ovelhas, não estamos prontos para romper nossos corações em santo louvor e adoração?
         Que os corações dos leitores sejam humilhados e quebrantados diante dessa verdade!

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