“...porque o amor é
forte como a morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo,
verdadeira labareda do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os
rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria
de todo desprezado” (Cantares 8:5)
O PERFIL DO AMOR DO
NOIVO:
Prezado leitor procurei mostrar em toda
extensão da revelação bíblica o quanto o amor é forte, para que os corações dos
santos sejam fortificados e reanimados na firme esperança. Que não haja
qualquer atitude de rebelião contra essa liderança firme do noivo! Nada temos
para dar, a não ser ações de graças! Aquele que em nós deu início a essa obra
há de continuar. Ele nunca parou, nunca cansou, nunca desistiu um segundo
sequer de lidar com cada um dos Seus escolhidos! Sua mão é suficientemente
forte para segurar todos os santos! Nenhum deles ficará para traz; nenhum deles
cairá na satisfação do inferno que nunca diz “basta!”.
Mas a frase de Cantares mostra a força
do amor ao fazer uma estranha comparação: “...porque o amor é forte como a
morte...”. Que eu possa lembrar no momento, não existe outra passagem nas
Escrituras que exibe a força da morte. Certamente a morte prova de forma
prática neste mundo o quanto ela é forte. No mundo inteiro ela ri e zomba das
atividades dos ricos, dos pobres, dos fortes, dos fracos; no mundo inteiro ela
zomba das armas, dos planos das nações, das descobertas científicas, da luta
pela saúde e por um mundo melhor. O mundo inteiro com toda sua pompa, fortuna,
vaidade, ambição e glória não passa de vermes perante a força descomunal da
morte. O Salmista afirma que a morte é o pastor daqueles que confiam em suas
riquezas e que buscam nos bens desta vida o amparo e segurança (Salmo 49:14).
Se ela é comparada com um pastor, então essa multidão enganada e enganosa não
passa de frágeis ovelhas preparadas para a matança.
Os anos passados também afirmam o
quanto a morte é forte. O que ela fez com toda esperança dos grandes, dos
fracos, dos cultos, bem como de toda intenção dos homens que neste mundo
passaram. Para onde eles foram? Trabalharam, lutaram, construíram e desafiaram
o braço forte da morte, e ela mostrou ser realmente forte em sua função. Seus
golpes foram fatais! Ela sempre mostrou ser uma boa funcionária do inferno ao
mandar diariamente fregueses para a boca aberta do Sheol. Em Ezequiel 31 e 32
vemos como Deus mostra às nações como o orgulho dos homens termina naquele
lugar. Os fregueses do abismo devem saber que a morte virá buscá-los, que eles
subiram no orgulho para caírem nas tiranas mãos da morte e serem depositados no
lugar desconhecido.
A morte prova sua força cada dia. Encaremos
o burburinho deste mundo, toda sua atividade em educação, planos de um mundo
melhor, tudo o que os homens fazem diariamente para ganhar mais. Todo labor das
cidades grandes e pequenas; todo luxo ou pobreza; todo aparato e toda glória,
tudo é desmanchado com a morte. Qual é o lugar neste mundo onde a morte não
silencia e paralisa tudo? Todos os planos, festa, esperança, etc. acabam no
cemitério.
Mas o texto em Cantares vem afirmar que
tem algo que desafia a própria morte – o amor. Se a morte é valente, o amor é
tão valente quanto ela! Visto que não tem ninguém que possa desafiar a atroz
inimiga, o último inimigo a ser destruído, eis que aparece o amor do Noivo:
“...forte como a morte...”. Será que os santos não caem diante dessa gloriosa
verdade? Será que nós, antes ovelhas destinadas à morte eterna, agora amparadas
nas mãos do Sumo Pastor das ovelhas, não estamos prontos para romper nossos
corações em santo louvor e adoração?
Que os corações dos leitores sejam
humilhados e quebrantados diante dessa verdade!
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