“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a
vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
Prezado leitor, retornemo-nos ao lugar
certo, à Palavra da verdade, a fim de conhecermos a gloriosa sabedoria de Deus
mostrada aos homens por meio da atuação maravilhosa da Sua graça salvadora. A
mais preciosa notícia a ser publicada é que a graça de Deus se manifestou
salvadora a todos os homens (Tito 2:11).
Brilha no mundo o sol da misericórdia e essa mensagem proclama a todos
que há salvação. Porém, essa verdade revela que em meio a essa atmosfera de
bondade duas atitudes se manifestam no meio dos homens:
1. A salvação dos pecadores.
2. A rejeição dos homens.
Tal fato, entretanto, não deve ser motivo
de surpresa para nossos pobres corações ignorantes, apegados às superstições e
desconhecedores da verdade que realmente liberta (João 8:32). Devemos saber que
Cristo veio ao mundo para ser motivo de levantamento e de queda de muitos
(Lucas 2:14). Paulo também afirma que o evangelho pregado por ele tem o perfume
de vida para que os que são salvos e cheiro de morte para os que perecem (2
Coríntios 2:15).
Amigo leitor, conheçamos melhor o que
diz o texto de Romanos 6:23: “...mas o
dom gratuito de Deus é a vida eterna...”. Firmemo-nos no fato que o Deus de
toda graça está operando gloriosa e triunfantemente no meio dos homens no
presente momento. Mas quero conduzir o leitor atento às Escrituras para provar
que foi sempre essa a atuação da graça, mesmo durante o período da lei, período
esse que ocupa a maior parte dos escritos sagrados. Mesmo diante dos terrores
da lei, de seus juízos imprecatórios, o coração terno e amoroso do Senhor aparece vezes após vezes manifestando essa
graça. Vai precisar agora de sua preciosa atenção para o entendimento dessa
poderosa verdade.
Quero chamar sua atenção para algo que
continuamente presenciamos no Velho Testamento. O cap. 8 de 1 Reis narra a
maior oração da Bíblia, feita por Salomão quando concluiu a construção do majestoso
templo. No cap. 9 o Senhor aparece ao rei Salomão para afirmar que sua oração
fora ouvida e atendida, porém dependeria inteiramente da atitude de Israel para
com a lei do Senhor. Aquele templo serviria como base como o lugar simbólico da
presença misericordiosa do Senhor, que do céu ouviria as petições do Seu povo.
Em 2 Crônicas 7:14 mostra a exigência de Deus a fim de atender as súplicas da
nação: “Se o meu povo que se chama pelo
meu Nome, se humilhar e orar e me buscar, e se converter dos seus maus
caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua
terra”. Percebe-se que o verso destaca o compromisso de Deus na aliança da
lei que Ele havia feito com toda nação, mas que em meio a essa tremenda
exigência brilha a manifestação do coração gracioso do Senhor. De que maneira?
Chamo sua atenção para considerar a
expressão: “... e me buscar...”. Na
versão corrigida diz: “... buscar a minha
face...”. O que significa isso? A idéia é de que a face de Deus mostra Seu
favor, e que quando Ele esconde essa face é sinal de juízo, de Seu
descontentamento, fúria e castigo que fatalmente viria. Ele está declarando que
se Seu povo mostrasse humilhação, aflição, fé fervorosa em buscá-lo até que Seu
semblante de ternura, de aprovação fosse revelado ao Seu povo, certamente a
resposta viria.
Amigo leitor, eis aí o Deus da bíblia
revelando aos pecadores que é somente pela Sua graça que Seu socorro e
livramento aparecem aos homens humilhados e quebrantados; que Sua face amorosa
está voltada para aqueles que buscam Seu livramento da penalidade tão terrível
do pecado que paira sobre a cabeça de uma alma impenitente.
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