“Quem, ó Deus, é semelhante a ti; que perdoas a iniquidade e te esqueces
da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a Sua Ira para
sempre, porque tem prazer na misericórdia”
MIQUEIAS 7:18-20
INTRODUÇÃO:
Amado leitor espero que as lembranças
daquilo que mencionei ontem estejam em sua mente, porque a situação social de
Israel, tanto no sul como no norte assemelhava-se a mesma vivenciada em nossos
dias. Vamos prosseguir examinando esse cap. 7 de Miquéias, pois vemos em
seguida que naqueles dias havia uma liderança maligna e corrompida na nação.
4. Liderança
que planeja destruição: “As suas mãos
estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o juiz
aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos
eles juntamente urdem a trama” (7:3). Veja caro leitor o que acontece
quando a verdade acerca de Deus é desprezada numa nação. Veja bem que não há
como evitar o despenhadeiro da corrupção, da malícia e da maldade. Foi assim
naqueles dias, pois a liderança de Israel se apodrecia mais e mais. Homens
gananciosos, avarentos, maliciosos e perversos se ajuntavam para descer às mais
profundas práticas de maldade contra os mais fracos.
Veja amigo, como o quadro é igual, pois
é e será sempre assim. Quando a Palavra de Deus e o temor do Senhor não são
mais vistos, então elementos sórdidos e malignos assumem o poder. Não há mais
como segurar a situação, pois a tendência é aumentar ainda mais a maldade,
atraindo assim o julgamento de um Deus longânimo e paciente. Estamos
presenciando em nossos dias como avarentos estão no poder, até mesmo os setores
religiosos estão sob a liderança de homens assim, mais amantes de riquezas do
que servir a Deus com sã consciência. Onde a maldade impera, homens mais fortes
se reúnem para ampliar o território da maldade. Visto que eles têm o poder nas
mãos, então querem tudo aos seus pés, estando prontos a castigar aqueles que se
voltam contra eles.
5. Ambiente pronto para receber castigo: “O melhor deles é como um espinheiro; o mais
reto é pior do que uma sebe de espinhos. É chegado o dia anunciado por tuas
sentinelas, o dia do teu castigo; aí está a confusão deles” (7:4). Caro
leitor, veja como cada item apresentado mostra um progresso do mal. Naqueles
dias Deus utilizou muitos profetas, a fim de anunciar o castigo que estava
vindo. A presença de profetas é sinal da compaixão de Deus em favor de uma
nação amadurecida para o juízo. Nem sempre Deus envia profetas. Muitas vezes o
juízo chega sem aviso prévio, como ocorreu com Sodoma e Gomorra. Mas o fato é
que, assim como as frutas são colhidas quando estão maduras, também o juízo vem
quando tudo está indicando isso. Vemos isso no próprio texto, pois é dito ali
que “o melhor deles é como um espinheiro...”.
Veja amigo, que ao invés de produzir
frutos aqueles elementos eram na metáfora como espinheiro. Não há refúgio num
espinheiro; não é um lugar para repousar. Veja que o texto está considerando o
melhor e não o pior. A situação era agravante. Mas é exatamente esse o ambiente
em nossos dias, pois não há mais ninguém em quem confiar; onde há mentira, há
maldade, assim como onde há fumaça, há fogo. Quando os melhores evidenciam em
fruto, podemos respirar uma atmosfera de confiança. Mas quando o melhor não
passa de um espinheiro, então é momento para desespero.
Tem sido assim em nossos dias. Homens
perderam o caráter; homens são mais hipócritas do que autênticos; homens têm
aproveitado o poder para dar vazão às suas paixões; homens estão aproveitando
do povo para ficarem ricos de forma ilícita. Ainda tem mais dois itens para
serem observados, mas o motivo maior é fazer que nossa atenção seja voltada
para o alto, para o Deus de Miquéias!
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