quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A SUFICIÊNCIA DA SALVAÇÃO DE DEUS (3)



Quem, ó Deus, é semelhante a ti; que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a Sua Ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia  MIQUEIAS 7:18-20
   INTRODUÇÃO:
         Amado leitor espero que as lembranças daquilo que mencionei ontem estejam em sua mente, porque a situação social de Israel, tanto no sul como no norte assemelhava-se a mesma vivenciada em nossos dias. Vamos prosseguir examinando esse cap. 7 de Miquéias, pois vemos em seguida que naqueles dias havia uma liderança maligna e corrompida na nação.
         4.      Liderança que planeja destruição: “As suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama” (7:3). Veja caro leitor o que acontece quando a verdade acerca de Deus é desprezada numa nação. Veja bem que não há como evitar o despenhadeiro da corrupção, da malícia e da maldade. Foi assim naqueles dias, pois a liderança de Israel se apodrecia mais e mais. Homens gananciosos, avarentos, maliciosos e perversos se ajuntavam para descer às mais profundas práticas de maldade contra os mais fracos.
         Veja amigo, como o quadro é igual, pois é e será sempre assim. Quando a Palavra de Deus e o temor do Senhor não são mais vistos, então elementos sórdidos e malignos assumem o poder. Não há mais como segurar a situação, pois a tendência é aumentar ainda mais a maldade, atraindo assim o julgamento de um Deus longânimo e paciente. Estamos presenciando em nossos dias como avarentos estão no poder, até mesmo os setores religiosos estão sob a liderança de homens assim, mais amantes de riquezas do que servir a Deus com sã consciência. Onde a maldade impera, homens mais fortes se reúnem para ampliar o território da maldade. Visto que eles têm o poder nas mãos, então querem tudo aos seus pés, estando prontos a castigar aqueles que se voltam contra eles.
          5.     Ambiente pronto para receber castigo: “O melhor deles é como um espinheiro; o mais reto é pior do que uma sebe de espinhos. É chegado o dia anunciado por tuas sentinelas, o dia do teu castigo; aí está a confusão deles” (7:4). Caro leitor, veja como cada item apresentado mostra um progresso do mal. Naqueles dias Deus utilizou muitos profetas, a fim de anunciar o castigo que estava vindo. A presença de profetas é sinal da compaixão de Deus em favor de uma nação amadurecida para o juízo. Nem sempre Deus envia profetas. Muitas vezes o juízo chega sem aviso prévio, como ocorreu com Sodoma e Gomorra. Mas o fato é que, assim como as frutas são colhidas quando estão maduras, também o juízo vem quando tudo está indicando isso. Vemos isso no próprio texto, pois é dito ali que “o melhor deles é como um espinheiro...”.
         Veja amigo, que ao invés de produzir frutos aqueles elementos eram na metáfora como espinheiro. Não há refúgio num espinheiro; não é um lugar para repousar. Veja que o texto está considerando o melhor e não o pior. A situação era agravante. Mas é exatamente esse o ambiente em nossos dias, pois não há mais ninguém em quem confiar; onde há mentira, há maldade, assim como onde há fumaça, há fogo. Quando os melhores evidenciam em fruto, podemos respirar uma atmosfera de confiança. Mas quando o melhor não passa de um espinheiro, então é momento para desespero.
         Tem sido assim em nossos dias. Homens perderam o caráter; homens são mais hipócritas do que autênticos; homens têm aproveitado o poder para dar vazão às suas paixões; homens estão aproveitando do povo para ficarem ricos de forma ilícita. Ainda tem mais dois itens para serem observados, mas o motivo maior é fazer que nossa atenção seja voltada para o alto, para o Deus de Miquéias!

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