sexta-feira, 24 de outubro de 2014

SUFICIENTE GRAÇA (5)



Porque pela graça sois salvos, mediante a fé e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não de obras para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8. 9).
A OBRA DA GRAÇA NA SALVAÇÃO: “Porque pela graça...”
         Caro leitor, veja bem o significado claro e literal da expressão: “...sois salvos...”. O tempo perfeito no original mostra a tremenda força dessa salvação bíblica, pois o que realmente quer dizer é que os santos estão plena e perfeitamente salvos. No trabalho de Deus em operar Sua salvação mediante a obra do Filho na cruz, não há um serviço incompleto. Cada salvo está para sempre salvo. Não há necessidade de acabamento; não há na salvação qualquer lugar que precisa de um “retoque” ou “pintura”. Jamais um salvo será visto como alguém que necessita de um trabalho melhor da parte de Deus, de uma consagração, santidade, etc. O trabalho de Cristo foi completo e suficiente ali na cruz. Toda confusão aparece por falta de conhecimento adequado da graça, conforme as Escrituras.
         Caro leitor, permita que eu mostre outro lado que expressa igual confusão. É claro que têm aqueles que duvidam da segurança eterna dos crentes, porque acreditam que a salvação depende de cada um, se permanecer firme e não cair em algum pecado feio. Note bem que esse ensino tão herético expressa salvação por obras, à semelhança de qualquer ensino das seitas. Creio que é ainda pior, porque esse pensamento vem trajado de muita espiritualidade e esconde as manipulações de corações jamais transformados. Porém, têm aqueles que exaltam tanto a segurança eterna dos crentes, porque esse ensino mal entendido pode levar muitos à uma confiança carnal e perigosa. A graça de Deus não estende nenhum favor aos que vivem no pecado. Deus não prometeu salvar ninguém que jamais invocou o Nome do Senhor; que jamais conheceu real arrependimento no viver e que agora quer segurar numa mão o ingresso para o céu e com a outra serve ao mundo e vive como mundano.
         Ora, o evangelho chega como fogo para queimar essa falsa paz, a qual não passa de palha seca. A mesma graça que justifica, também santifica. É impossível ser salvo e não desejar ser santo. Santidade não é uma opção; não é uma decisão para mais tarde; não está isolada do santo desejo do perdão e da purificação do pecado. O evangelho é a voz do Evangelista por excelência, chamando pecadores da morte para a vida. Mas o que acontece é que um falso evangelho adentrou-se no ambiente evangélico e trouxe consigo confortáveis “colchões” para alimentar falsa paz e falsa esperança aos corações arrogante, os quais continuam amantes de suas maldades.
         Caro leitor, a graça opera onde há humilhação. Tenho enfatizado essa verdade constantemente. No dia de Pentecoste Pedro apresentou a salvação quando ouviu da parte daquele povo a pergunta: “Que faremos, irmãos?” (Atos 2:37), e essa interrogação veio porque todos eles tiveram seus corações compungidos. Quando o cenário revela quebrantamento e humildade em face da verdade pregada, tudo evidencia que Deus está presente e pronto para salvar. Deus não prometeu salvar ninguém porque fez uma decisão por Cristo; não prometeu salvar alguém porque simplesmente aderiu à uma teologia preferida; não prometeu salvar ninguém porque tem dinheiro, ou porque ofereceu uma boa quantia de oferta. Salvação é Deus chamando (Atos 2:39) em santa soberania aqueles que Ele aprouve salvar. Salvação não é uma promessa que satisfaz meus anseios por ter uma igreja cheia; não é porque pessoas chegaram e estão gostando do ambiente e da programação. Salvação é o resultado de almas entenderem que estão perdidas e que abrem suas bocas para invocar o Nome do Senhor a fim de serem salvas (Romanos 10:13).
         Então amigo, se você é alguém que está nessa bendita condição de arrependimento, posso lhe assegurar que é absoluto poder da graça em atuação. Só Deus opera isso, caso contrário, os homens ficam mantidos em sua incredulidade e no estado de profunda arrogância e desdém contra Deus.

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