sexta-feira, 24 de outubro de 2014

MARAVILHOSA RESSURREIÇÃO (21 de 24)



         :“...e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44)
GLORIOSA OBRA DA RESSURREIÇÃO VISTA NOS SALVOS:
         Caro leitor, vislumbremos juntos às maravilhas da ressurreição, porquanto os salvos transmitem essas preciosidades da graça de Deus em Cristo. A vida celestial, a vida que há somente em Cristo brilha aqui na terra por meio daqueles que foram chamados da morte para a vida (João 5:24), que foram arrancados do império das trevas e agora são participantes eternamente do reino de amor. Que o Senhor abra os olhos dos meus queridos leitores, pois precisamos sair dessa esfera passageira, cheia de vaidade e tão contaminada, a fim de desfrutar das riquezas eternas, jamais vistas pelos poderosos e eruditos deste mundo.
         Caro leitor, o que os salvos transmitem aqui, não pode ser achado na mercadoria religiosa deste sistema satânico de vida. Mesmo que o mundo tente imitar, suas imitações serão desfiguradas logo pelas manifestações do pecado e das corrupções do coração dos homens. As maravilhas da ressurreição são coisas inauditas; são obras que jamais podem ser explicadas, pois é impossível para o mundo entender essas coisas. A vida celestial conquista tudo pelo perdão. Não há nos santos qualquer sinal de vingança, pois os crentes entendem tudo à luz daquilo que receberam em Cristo (Efésios 4:32). O mundo age sempre com egoísmo e jamais pode entender o que significa esquecimento das maldades feitas uns contra os outros. O perdão dos santos, entretanto, está estribado na cruz, porque tudo se firma naquilo que eles conheceram em Cristo: “...assim como Cristo vos perdoou...” (Efésios 4:32). Como podemos entender um Estevão sendo apedrejado e em plena agonia da morte ainda pedir ao Senhor para não imputar aquelas maldades que os perversos cometiam contra um homem inocente. Como pode isso? Só tem uma explicação e essa é vista naqueles que compreenderam que foram abraçados pela doce misericórdia de um Deus que visitou homens e mulheres, concedendo-lhes completo e eterno perdão (Salmo 32:1,2).
         Caro leitor, somente a vida celestial pode conquistar tudo pelo verdadeiro e genuíno amor – o amor de Cristo nos salvos. Para isso não há explicação. O amor de Cristo é a porta aberta de aceitação, de prontidão para perder tudo a fim de mostrar as verdadeiras riquezas. Os santos nada têm a perder, por essa razão a graça criou, como que, uma ponte de comunicação de amor, onde todos são aceitos. O amor é fundamentado sempre na santidade, por essa razão há de detestar o mal e apegar-se ao bem (Romanos 12:9). Nunca o amor agirá sem essa santa discriminação. O amor que parte da vida que há em Cristo sempre santificará tudo, jamais permitirá que qualquer maldade venha habitar em sua presença, pois sabe bem o quanto só traz prejuízo. O Senhor Jesus jamais poderia ter comunhão com Seus discípulos, enquanto um Judas – filho da perdição continuasse ali presente (João 13:30,31). A igreja de Corinto jamais poderia conhecer adoração e comunhão mútua, caso não expulsasse todo tipo de fermento da maldade que já contaminava o ambiente ali (1 Coríntios 5).
         Caro leitor, a vida celestial que adorna o viver dos santos na terra trabalha sempre em organizar um ambiente de luz e é nesse ambiente que tudo funciona de forma adequada. A terra respira a atmosfera do céu e os santos de Deus estão no mundo para isso. Onde habita a vida de Cristo o pecado sai, as maldades são expulsas dali e todos respiram honestidade, amizade verdadeira e confiança. Tudo isso é fornecido pela ressurreição, porque os filhos da ressurreição ainda estão no mundo. Eles estão na imperfeição, ainda aguardam a ressurreição de seus corpos, ainda gemem no íntimo, por causa do corpo de humilhação onde habitam (Romanos 8:23), mas são eles que exalam esse aroma do céu no ambiente onde vivem, santificando tudo e todos. Veja José, pois o Senhor abençoou a casa do ímpio Potifar, com a presença de um de Seus santos ali.
         Mas é triste dizer o quanto o pecado semeia um ambiente de morte! Toda essa alegria banal do mundo logo evapora, porque onde habita qualquer pecado, ali habita a morte.

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