segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A GENUINA CONFISSÃO DE UM CRENTE (11)




"Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu...”

(Cantares 6:3)

                Prezado leitor, na meditação anterior pude mostrar que o Amado de nossa alma é nossa segura defesa. Aquele que nos amou na eternidade é o responsável pela vida e pela segurança dos Seus amados. Seu amor não é vencido pela nossa indiferença e frieza, pelo contrário, o amor é ativo e constantemente age para nosso bem, mesmo que nossas reações revelem nossa total ignorância.
         Podemos ir mais longe, porque nessa confissão: “Eu sou do meu Amado...”, estamos mostrando o perfil do nosso Senhor: Ele é Amado. Um coração santificado e cheio de gratidão pensa assim. O Jesus moderno nada causa de impacto de amor nos corações. Quem nunca conheceu seus pecados será indiferente ao Filho de Deus, porquanto desconhece a glória Dele e o amor revelado na cruz. Quando a fé é meramente intelectual, Cristo será desprezado no viver; será apenas usado em interesses egoístas. Mas num coração purificado pelo sangue e santificado para viver para a glória do Rei, Ele realmente é Amado. Esse é um termo de carinho, de amor e de prazer. O salvo passa isso para os outros como um perfume; leva em seu peito essa declaração como um testemunho vivo onde quer que esteja. Ele não é um mero salvador; não é um distribuidor de ingressos para as pessoas entrarem no céu; não é um fornecedor de bens materiais para aqueles que possuem mais fé. Ele é o grande conquistador do Seu povo, o herói que venceu e conquistou a noiva amada! (Salmo 45). Ele assumiu todo ser do salvo, envolvendo mente, emoção e volição; que partilha de uma constante e ininterrupta comunhão (Apocalipse 3:20); o triunfante Senhor que conduz com inigualável amor o Seu povo, que jamais abandona Suas ovelhas e que marcha à frente dos santos até à entrada da Nova Jerusalém.
         Amigo leitor, que não sejamos iludidos, porquanto a nossa maneira de viver revela quem é nosso Senhor. Não esqueça que satanás põe o nome de “Jesus” em todos os seus artefatos de imitação religiosa, e pulveriza esses objetos de superstições. Examine com zelo sua vida à luz das Sagradas Letras, porquanto o coração enganoso e enganado pode fazer com que você viva religiosamente em sonhos e devaneios. A Palavra de Deus nos tira dessas fantasias colocando nossos “pés no chão”. A verdadeira pregação vem nos dar “beliscões” e jogar “água fria” em nossa indiferença, para que acordados vejamos para onde estamos realmente indo. Cuidado porque satanás faz você pensar que aquele que você ama realmente é Cristo, quando na realidade seu coração é mundano, cheio de interesses e amor pelas riquezas, cercado pelas idolatrias mundanas, cheio de paixões carnais. Por onde você anda certamente está levando o testemunho do seu “amado”, e sua boca vai falar o que vem do depósito oculto do seu coração.
         Amigo leitor, a confissão: “Eu sou do meu Amado...” faz notável diferença entre nosso Senhor e as imitações. Quando a verdade do evangelho chega ao coração arrependido, não há como viver enganado. O moço que fora cego não tinha respostas teológicas profundas para os arrogantes religiosos, mas a verdade que chegou ao seu coração fez com que mostrasse que aquilo que ocorrera em sua vida falasse mais alto do que qualquer outra coisa: “... uma coisa sei: eu era cego, e agora vejo” (João 9:25). Como são inúteis os esforços de satanás em sua tentativa de iludir os crentes! As imitações que ele faz de Cristo neste mundo atendem as expectativas dos mundanos, enchem os olhos de promessas toscas e inúteis; mantém os mundanos entretidos, andando rumo à perdição eterna. Cristo Jesus, entretanto é o Amado da alma; ocupou o trono do coração santificado, para reger uma vida que outrora era regida pelo pecado; para ser o dono absoluto de uma alma por quem Ele morreu.  

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