sexta-feira, 28 de junho de 2013

INCLINAÇÃO NATURAL DO PECADOR (18)




"Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas: qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: não andaremos." Jeremias 6:16.
NA BUSCA DO CAMINHO CERTO (segunda)
            Amigo leitor, a fé cristã não é o um movimento emocional; ou uma alegria momentânea fruto da excitação da carne; uma descoberta religiosa de uma vida mais bem sucedida nesta peregrinação terrena. A fé que vem de um ouvir obediente a Palavra, atenta-se firmemente em examinar a Palavra de Deus. O homem arrependido é aquele que avalia o caminho por onde tem percorrido à luz das antigas veredas. Vemos no texto que Deus convida os pecadores à conversão, para deixar o caminho tortuoso e passar a trilhar o caminho reto. É esta a mensagem do Evangelho dirigida a todos os homens.
         É necessário humilhar-se para seguir o caminho rumo ao céu. Ora, para Naamã era uma tremenda decisão o ter que mergulhar nas águas do Jordão a fim de ser purificado da sua lepra (2 Reis 5). Em seu conceito patriótico os rios da Síria eram bem melhores. O Jordão não passava de um riacho em comparação com a imponência do Abana e Farpar, os dois famosos rios sírios. Mas o orgulho do general impedia que ponderasse melhor a respeito da sua condição física. As belas águas da síria em nada haviam ajudado na cura do grande general; a vontade de Deus exigia sua humilhação e obediência para que descesse e mergulhasse às águas do simples rio Jordão.
            A lição é a mesma no tocante à decisão do pecador. No caminho largo tudo é fácil, em paz com o mundo e com todas as hostes invisíveis. Por que mudar? Por que subir se o descer é fácil? Mas é aqui que entra a constante atividade da misericórdia em exibir aos homens o destino para onde estão indo. O melhor caminho não é o que desce, mas sim o que sobe rumo ao paraíso celestial. O caminho largo é coberto de trevas, e o homem no pecado nem sabe onde tropeça; a qualquer momento é tirado todo falso fundamento dos seus pés. Mas eis que perante seus olhos está o caminho que Cristo abriu para o céu. Não é melhor tomar este caminho e dá as costas à voz do tentador? Não é melhor andar com Deus na estrada certa do que ouvir o barulho louco e desvairado das multidões por um caminho tão perigoso? Não é melhor ser guiado por um Deus de amor num caminho certo, mesmo que esteja cheio de dificuldades e lutas contra o mundo, a carne e o diabo? Imagino o que passa na mente de uma alma frente a uma decisão dessa! Afinal, ele tem tantos amigos que vão abandoná-lo! Sua vida religiosa que em nada favoreceu sua pobre alma, e que o manteve apenas lisonjeado, há de ser lançada no lixo, como Paulo fez com todas as pompas do farisaísmo tão ostentado por ele desde sua meninice. Toda soberba desta vida, tão atraente aos seus olhos e sua carne, será desprezada, porquanto foi descoberta sua farsa e seu doloso plano contra aquela alma em mantê-la ocupada e entretida.
         Enfim, é impossível para uma alma por si mesma, tomar uma decisão de sair do poço, onde veio a cair em Adão (Salmo 51:5). O caminho rumo ao céu faz com que os olhos da fé mirem a cidade celestial. É preciso que o coração abandone as glórias terrenas tão sonhadas. O prazer pela companhia das multidões que correm em busca das ricas propostas do príncipe deste mundo será trocado pela dadivosa bênção de andar com Deus, sob seus conselhos e sábias orientações (Salmo 32:8). Tudo aquilo que religiosamente parecia ser correto e aceitável aos olhos de Deus, mas que não passava de truques e artimanhas do pai da mentira, é agora trocado pela certeza, de que Cristo morreu em seu lugar, e pelo Seu sangue cobriu seus pecados, trazendo firme perdão e justificação perante Deus (Romanos 5:1). Como Paulo, o pecador que trilha rumo ao céu não tem onde se gloriar senão na cruz do Senhor Jesus Cristo (Gálatas 6:14).

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