quarta-feira, 26 de junho de 2013

CRISTO E SUAS OVELHAS (6)




“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço e elas me seguem; eu lhes dou a vida eterna, jamais perecerão eternamente e ninguém as arrebatará das minhas mãos (João 10:27,28)

O CHAMADO DAS OVELHAS (terceira)         
Amigo leitor, na mensagem de ontem procurei esclarecer, que é Deus quem chama as suas ovelhas e para isso Ele utiliza a sua Palavra poderosa e eficaz. Falei também um pouco sobre o ardil de Satanás que luta incansavelmente para impedir que a Palavra Eterna seja pregada.
Vamos continuar explicando o significado dessa frase inspirada: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz”. A voz do Senhor é a Sua Palavra e há um íntimo contato entre a ovelha do Senhor e a Palavra Dele. Mas, quero lhes dizer que a Palavra de Deus não é somente detestada por Satanás, como também pelo pecador sem salvação. Há o elemento da incredulidade arraigado no seu coração e tudo isso é causado pelo pecado. Enquanto a pessoa está vivendo em seus pecados é impossível para ela escutar a Palavra de Deus. O pecado causa surdez e cegueira espiritual. É a triste situação do pecador, tem ouvidos, mas é incapaz de ouvir, tem olhos, mas não pode ver.
Gostaria que o leitor acompanhasse comigo o texto de Efésios 4:17-19. Ali o Espírito Santo mostra a terrível situação na qual vive o homem em seus pecados. Em primeiro lugar, é dito no verso 17, que eles andam na vaidade de seus pensamentos. A palavra vaidade significa “um esforço que não produz resultado positivo e eterno. Esse é o mais claro resultado do pecado no coração do homem. Seu viver aqui é pura vaidade. Ele não percebe que toda sua luta é em vão; que todo o seu esforço é inútil; que todas as suas aspirações resultarão em nada.
Em Eclesiastes, Salomão mostra a sua experiência neste mundo e todas as suas ambições e trabalhos. O resultado de cada esforço, para ele era vaidade e correr atrás do vento. Para o pobre pecador é essa a sua situação neste mundo. Ele não pode perceber porque o pecado não o deixa ver que ele  trabalha inutilmente e que  caminha para a eternidade. Tal situação impede que ele ouça a Palavra de Deus, e é só quando o Espírito Santo o acorda: “Desperta ó tu que dormes; levanta-te dentre os mortos”, é que ele passa a ver que está descendo numa correnteza para o abismo de trevas e desespero eterno.
No verso 18 de Efésios 4 vemos outro terrível efeito do pecado no homem sem salvação. É o que o Espírito Santo chama de dureza de coração. Quando Deus quer falar ao homem através de Sua Palavra, Ele vai ao íntimo. O homem verdadeiro está no coração. Por fora, pode parecer bonito, religioso, bonzinho, mas Deus não vê o homem assim, porque Ele vê  o interior. Então, por causa da vaidade, atmosfera de engano em que vive, o homem endurece o coração para não escutar a palavra; ele taramela a porta do coração. A bíblia chama isso de dureza de coração. Não tem um pecado mais terrível do que esse, quando o homem impede que o Espírito fale por meio da Palavra.
A sua guerra, não é contra o pregador e sim contra o próprio Espírito Santo, aquele que foi enviado para revelar Sua verdade ao homem por intermédio da Sua Palavra. A pessoa endurecida contra a Palavra de Deus está numa situação perigosíssima e o Senhor Deus pode até entregá-la para que ela caia nos mais terríveis laços do diabo. A pessoa passa a uma situação tal, que ela vai ficar ainda mais endurecida e obstinada sem que ela mesma perceba. Ela poderá cair no ludibrio de uma religião falsa e Satanás até fará milagres para que a pessoa fique pensando que foi Deus.
Não tem outra solução, senão humilhar, e é aí que a alma contenta-se em obstinar-se contra a verdade. Mas, mesmo assim o poder não provém do homem, mas de Deus. Ele tem aqueles com os quais usa de misericórdia. Quando parece que ninguém se converte, eis que surgem neste mundo as exibições da infalível graça de Deus operando em corações e atraindo pecadores para esse tão grande amor conquistador. É isso que o Senhor faz neste mundo por meio do evangelho. O poder está no Seu “vinde a mim”. Esse é o evangelho que chama os mortos à vida que há no Filho. Pregamos não confiados na decisão do homem, mas sim no absoluto poder da mensagem em atrair pecadores humilhados aos pés do Rei para obter salvação eterna.

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