sábado, 29 de junho de 2013

A TRISTE DECISÃO DO PECADOR (19 a)




"Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas: qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: não andaremos." Jeremias 6:16.
A BENÇÃO DESSE CAMINHO (primeira)
         Chamo a atenção para o enfoque que é dado neste verso acerca da misericórdia do Senhor. A ira de Jeová pairava como uma nuvem pesada de água sobre aquela nação rebelde, e Ele já poderia ter exterminado aquele povo que frontalmente desafiava a Sua Palavra. Em toda extensão do livro de Jeremias percebemos que a disposição revoltosa contra Deus estava sobre toda sociedade judaica, ricos e pobres. Mas mesmo assim eis que brilha a compaixão do Senhor em cada palavra de advertência que parte da voz profética. Sendo assim, como podemos ignorar aquilo que é de mais precioso? Não é preciso que tomemos cada gotejar do imensurável amor de Deus a fim de torná-lo conhecido aos pecadores?
         Temos procurado realçar as gloriosas veredas antigas, pois o Senhor está mostrando aos pecadores que não há outro meio. Só têm dois caminhos, um desce outro sobe; um conduz à perdição, outro à vida eterna; por um transita a multidão atraída pelas promessas tentadoras do pai da mentira, por outro seguem aqueles que foram atraídos pela misericórdia salvadora do Senhor.
         Nesta meditação procurarei destacar a bênção desse caminho que leva à glória eterna. Obviamente, o mundo e o tentador cercam a alma com todo tipo de bombardeios da mentira contra o santo caminho. Nada deste mundo favorece a conversão do pecador; tudo diz não! Tudo aqui favorece o descer rumo à destruição; a correnteza facilmente leva o barco desta breve vida rumo à miséria eterna; o mundo religioso promove e oferece paz e segurança; o líder invisível promete prazer, prosperidade e alegria; a alma é cercada de favores dos corações mundanos; satanás acende candeias ao longo dessa estrada escura para trazer algum facho de esperança e de dias melhores.
         Diante dessa triste realidade, digo e afirmo que não há absolutamente nada nesta vida que sequer favoreça a vontade de pisar pela estrada estreita, a não ser que a misericórdia do Alto venha atrair o pecador. Vou tentar ser bem persuasivo em expor esses fatos. Não há qualquer religião capaz de abrir os olhos do pecador para que ele possa ver as bênçãos das antigas veredas. Não há argumento humano; não há oração; não há culto, nem apelo às emoções. Às vezes há um lampejo de aparente conversão, mas os dias mostram que não passou de ser euforia carnal. A falsa conversão tropeça ante qualquer empurrão das provações. A natureza mundana é como água, só consegue descer.
         Que bênção tem o pecador em se converter e trilhar as antigas veredas? Não precisamos ir longe para descobrir, porquanto o próprio texto nos traz a inequívoca resposta: “... e achareis descanso para as vossas almas...”. Tem algo melhor do que isso? A natureza mundana e rebelde imediatamente há de levantar-se contra essa bênção eternal. Ela dirá que esse é um “pão vil e desprezível” (Números 21:5). O anelo pela confiança na carne mortal dirá que não aceitará a liderança de Cristo para o viver; as glórias deste tempo presente ofuscarão seus olhos, de maneira que em nada perceberá a preciosidade do que significa o achar descanso para a alma.
         Com a graça do Senhor me esforçarei ao máximo para mostrar ao amigo leitor, que não há absolutamente nada dentro e fora do homem capaz de impulsioná-lo a uma decisão de andar pelo Caminho rumo ao céu, a não ser a misericórdia. E é ela que aparece estampada nesse verso. Ó meu amigo, que tua alma possa ver agora a gloriosa verdade dessa tão grande salvação encontrada somente em Cristo para o pecador arrependido!

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