domingo, 30 de junho de 2013

“À PROCURA DE VERDADEIROS FRUTOS” (14)





Assim, porque és morno e nem és quente nem frio estou a ponto de vomitar-te da minha boca” (Apocalipse 3:16).
         Caro leitor, no anseio de ver um avivamento no meio do povo de Deus é que continuo nessa intensa batalha, mostrando o estado tão perigoso para os crentes de Laodicéia – a igreja apóstata, infiel, morta e sem qualquer utilidade para Deus. Ela está de mãos dadas com a força ecumênica que se ergue do inferno e tem se infiltrado nos movimentos evangélicos em nossos dias. Aqueles cujos corações estão iludidos, porque descansam numa falsa paz, realmente precisam saber as verdades bíblicas, pois quando Deus visita Sua igreja Ele tem o objetivo de purificá-la, então, aqueles que não lhe pertencem são consumidos por esse fogo que santifica os fieis e verdadeiros. Nosso Senhor tem chegado em Sua intensa compaixão e convida os que estão mornos à contrição e arrependimento: “Eu disciplino a todos quanto amo. Sê, pois zeloso e arrepende” (Apocalipse 3:19).
         Prossigo mostrando as verdades que o morno espiritual precisa ouvir. Porque não houve salvação em sua vida, as obras dos Laodicenses não provêm da genuína fé, por isso elas não são aceitas por Deus e são designadas como obras mortas. O Senhor jamais aceitará qualquer obra que não tenha sido produzida pelo Espírito Santo, porquanto os salvos são “...feitura de Deus, criados em Cristo Jesus para as boas obras...” (Efésios 2:10). Qualquer obra feita na carne e produzida pela carne não será aceita como cheiro suave ao Senhor; Ele não aceita nada que não tenha sido tirado do Seu próprio altar. Os santos de Deus encontram tudo em Cristo, a fim de oferecer seus sacrifícios ao Senhor. Tudo é derivado da grande conquista da cruz; tudo que precisam para servir ao Senhor dia a dia em santa gratidão e adoração os santos de Deus acham dia após dia perante o Rei da glória, o Senhor ressurreto. O que o mundo pode dar para Deus? Nada! Do mundo tudo foi contaminado pelo pecado, portanto é imundo. As obras dos ímpios, mesmo que sejam belas e adornadas de cores religiosas; mesmo que estiverem salpicadas de louvores e bons sentimentos, elas têm por baixo o fogo que parte de corações corrompidos e maliciosos. Aquele que sonda os corações sabe bem as reais intenções dos corações não santificados pela graça na salvação.
         Ó caro leitor, eu sei que são tantas as pessoas que fazem as coisas com boas intenções, mas nossas intenções sinceras não servem como adornos e incrementos para o serviço do Rei da glória. O rei Davi tinha boas e sinceras intenções quando resolveu levar a arca da aliança num carro puxado por bois (2 Samuel 6), mas a tragédia veio, simplesmente porque não houve obediência ao Senhor que ordenou que a arca da Sua presença fosse conduzida nos ombros dos sacerdotes designados para tal função. Deus jamais há de alterar o que foi escrito, simplesmente porque observou boas atitudes nos corações. Os caminhos do Senhor estão infinitamente acima de nossos caminhos, assim como os pensamentos Dele estão infinitamente acima dos nossos (Isaías 55:9). Ultrapassar o que está escrito é provocar o Senhor e desafiar Sua santidade. A retidão dos homens é extrema tortuosidade, quando comparada com a retidão de Deus.
         Tudo isso tem como objetivo afastar meus leitores dessa tentativa vã e inútil de querer publicar um sistema de vida cristã diferente daquilo que está nas Escrituras. Homens e mulheres jamais serão aceitos, a não ser pela redenção da cruz. Não há como abrir outro caminho; não há atalhos para o céu. A vida com Deus começa com humilhação, contrição e arrependimento. O acesso a Deus é uma via dolorosa para a natureza carnal, tão arrogante e  egoísta. Mas é quando o pecador chega em sincera confissão de fé que ele encontra o bendito Salvador e Senhor. O homem é elevado à dignidade de verdadeiro homem quando se humilha, reconhecendo que não passa de um réu, vil, indigno e verme. É nessa condição que o homem é achado por Cristo Jesus e é feito nova criatura, nascida de Deus.

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