“Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o
Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
Prezado
leitor, somente a Palavra da verdade pode mostrar a dura realidade do pecado
como um implacável perseguidor. O orgulho no coração impede que a alma conheça
a profundidade do poço da perdição onde a iniqüidade leva o homem. Viemos da
queda em Adão, e não somente gostamos da sujeira, como também odiamos que esse
“amigo íntimo” seja tratado como Deus o trata em Sua revelação. A cegueira
espiritual impede que homem veja a venenosíssima víbora a qual acaricia em seu
colo. Todo meu esforço em lidar com esse assunto tem em mira levar meus
leitores à compreensão no íntimo da necessidade que o homem tem de humilhar-se
perante o Deus da Bíblia (Isaías 57), ao ver os terrores que dominam sua vida
aqui e na eternidade, caso não se arrependa e não se converta a Cristo de todo
coração.
A
Bíblia está cheia de ilustrações, mas tomarei hoje a vida do filho mais velho
de Jacó – Rúben. O primogênito era tido em grande privilégio nos costumes
judaicos, porquanto era ele o responsável pelos seus irmãos e pelos negócios do
seu pai. No caso de uma família real, normalmente o primogênito ocupava o trono
na morte do pai. Realmente era um privilégio cheio de responsabilidades que o
primogênito tinha. Conhecemos um pouco a respeito da personalidade de Rúben nas
palavras ditas por Jacó a respeito dele quando beirava a morte em seu leito
(Gênesis 49:3, 4): “Rúben, tu és meu primogênito, minha força e as primícias do meu vigor,
o mais excelente em altivez e o mais excelente em poder. Impetuoso como a águia...”.
Parece que era um moço que em tudo mostrava ser capaz para liderança. A palavra
“altivez” mostra que Rúben era de personalidade forte, não era medroso e que
era alguém em quem seu pai e seus irmãos podiam confiar. Aos olhos naturais
aquele moço possuía tudo para ser excelência em liderança e respeito para estar
à frente de uma família como a de Israel.
Porém,
o pecado entrou para desmanchar tudo isso. Note o que Ruben fez: “Quando Israel
habitava naquela terra, foi Rúben e deitou-se com Bila, concubina de seu pai; e
Israel o soube” (Gênesis 35:22). Eis aí o princípio da destruição
de um homem. Não é meu objetivo considerar a vida polígama de Jacó, mas
lembremos bem que o princípio original do criador é que o homem tenha uma única
esposa. Quando Cristo veio ao mundo trouxe à luz essa verdade que somente os
crentes em Cristo compreendem e praticam. De qualquer maneira os polígamos
consideravam suas mulheres como esposa, por esse fato Rúben cometeu um ato
incestuoso ao deitar com uma mulher do seu próprio pai. Ele manchou o leito
paterno, aviltou a família que ele deveria honrar.
Meu
amigo, especialmente na área sexual fora do casamento, o pecado aparece para
declarar ao coração do homem seus direitos, sua masculinidade; que sua grandeza
de homem só pode ser mostrada ao ter relação sexual. O pecado chega para
envaidecer e elevar seu orgulho próprio. Milhares estão brincando com essa
maldade em nossos dias; milhares pensam que estão caminhando nas alturas do
prazer e que agora sim, desfrutam da verdadeira vida, achando que têm liberdade
sexual. Não sabem que o sexo fora do casamento denigre e avilta o homem, além
de humilhar a mulher à condição de prostituta e adúltera. São iludidos quando
pensam que os prazeres de alguns momentos não resultarão em tragédia no viver;
acham que seus pecados podem ser acobertados, que não estão sendo vistos e
odiados.
Não
foi assim com Rúben? Daquele momento em diante a “ferrugem” começou a destruir
tudo o que parecia ser ferro; ao seu derredor ele mesmo armou ciladas sobre si,
cavou arapuca para sua alma e passou a ser visto não como um homem, mas como um
perverso; não mais seria útil na família e o choro e tristeza acompanhariam o
resto do seu viver.
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