quinta-feira, 22 de maio de 2014

“REDENÇÃO PELO SANGUE” (5)




Se porém, andarmos na luz como Ele na luz está temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, Seu Filho nos purifica de todo pecado” (1 JOÃO 1:7)
É UMA VERDADE DETERMINA PELO DEUS ETERNO:
         Caro leitor, eu sei o quanto é importante que o ensino prático da Palavra de Deus precisa ter como base o elemento doutrinário. Sem mostrar o sólido alicerce eterno da graça de Deus todo ensino tende a fracassar, porque normalmente entram as manipulações humanas. A doutrina da redenção pelo sangue tem sido ofuscada por perigosos ensinos, os quais contradizem a graça soberana e anulam o trabalho da cruz. Um exemplo popular é o ensino sobre o livre-arbítrio, da necessidade da participação do homem na salvação. Esse tem sido o ensino divulgado por muitos anos e seus resultados têm sido desastrosos para a causa da verdade. Hoje vemos como tem sido tão forte o humanismo e assim tirado a glória de Deus em Sua soberana obra de salvação.
         Mas a verdade é que o evangelho tem uma história eterna, pois foi formulado por Deus e não pelo homem. O evangelho exalta um Deus que não divide Sua glória com ninguém (Isaías 42:8); qualquer elemento estranho torna a mensagem deturpada e amaldiçoada. Então, importa que sejamos meticulosos ao examinar essas coisas, a fim de que não caiamos em erros abomináveis, como vemos ocorrendo em nossos dias. Caro leitor, Deus nos chama a conhecer Seus mistérios ocultos em Cristo; eles são mostrados aos santos e não aos que são cultos ou poderosos. Os mistérios de Deus estão à disposição daqueles que foram chamados e que agora veem da fé. Um simples apóstolo como Pedro foi usado pelo Espírito Santo para nos mostrar o que ocorreu na eternidade: “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo...” (1 Pedro 1:2). Esse é um verso incrivelmente revelador, porque mostra que a salvação foi formulada por Deus na eternidade e que tem seu sistema organizado, pois segue uma cadeia de comando.
         Notemos, pois como foi ordenada a obra de salvação. Primeiramente vemos Deus, o Pai é Aquele determina tudo; que a eleição foi Dele e é a vontade Dele que está em execução. O termo mais importante disso tudo é a palavra “segundo”, pois ela mostra que até mesmo as outras Pessoas da divindade agem subordinadas à essa vontade soberana. Não há decisão aleatória; não há decisão particular de cada pessoa fazendo o que quer. Ora, nosso Senhor sempre mostrou a soberana vontade de Deus o Pai. Vemos isso em diversas passagens no Novo Testamento e vemos essa organização de unidade santa nos livros proféticos do Velho Testamento. No Novo Testamento eis como Jesus exalta a vontade soberana de uma Pessoa da divindade: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus  (Mateus 7:21). Também vemos essa verdade de forma notável no livro de João: “Todo aquele que o Pai me dá...” (João 6:37). Note bem que nosso Senhor jamais atropela o ensino; que jamais Ele mostra que Seu trabalho é feito sem qualquer base. Notemos bem que Ele está subordinado à uma decisão suprema: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou” (João 6:38).
         Caro leitor dei apenas alguns versos, mas creio que eles são suficientes para mostrar como brilha a glória do Deus soberana nessa salvação. Tiremos nossos olhos dos homens! Entremos no santuário para que com temor miremos a glória desse Salvador bendito. A história da cruz não foi um plano B da parte de Deus, visto que Seu plano A não deu certo. A mensagem da cruz tem um fio invisível ligado desde a eternidade. Ó, quão perigoso é afastar desse ensino! Os homens realmente são postos no pó; são levados ao desespero. Mas isso é salutar. Todos os homens precisam saber que são pedacinhos de barro seco e que somente o grande Oleiro pode quebrá-los e fazer deles vasos úteis para Sua glória!

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