quinta-feira, 25 de outubro de 2012

DESCOBRINDO A FALSA PAZ DO ÍMPIO (11)




         Mas os ímpios são como o mar agitado; pois não pode estar quieto, e as suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus” (Isaías 57:20,21)
        
         Caro leitor tenho mostrado que a falsa paz é descoberta diante das ameaças dos terrores eternos. A morte não mostra sua face de terror, até que cheguem as ordens do céu. Enquanto isso não acontece à alma permanece trancafiada num corpo de humilhação e engordada para o dia da matança. O individuo acha que está habitando seguro e que as janelas e as portas de sua vida estão bem trancadas e fortalecidas, até que de repente a poderosa morte chega, mostrando sua força e os vendavais do inferno arrebentam com tudo aquilo que antes parecia tão forte e seguro.
         Homens e mulheres andam gostosamente em seus pecados, favorecidos pelas brisas de uma paz religiosa e pelo conforto e consolo de uma divindade inventada no coração, até que o navio de suas vidas comece a sentir o poder das ondas e ameaçado a afundar. É nesse momento que os furacões do inferno vêm para sacudir a falsa paz e mostrar a realidade eterna para uma alma que procurou apoio em vão neste mundo. Muitos buscam o socorro de Deus quando ficam cercados pelos perigos, como Jeroboão com seu braço ressequido e incapaz de mover-se (1 Reis 13:6). Conheci um moço que jurou com todos os seus sentimentos que jamais voltaria a beber, e que iria se converter depois dos sofrimentos ao ter perdido um de seus olhos num acidente, mas assim que passou a fúria e os tormentos da dor, eis que a calma paz retornou e abrigou no coração iludido.
         Há uma turbulência no coração do ímpio e eis que ele está sempre ativo, correndo na busca de suas próprias soluções. Satanás está constantemente apontando meios mundanos de paz e felicidade. Para Judas ele apontou o dinheiro; para o ladrão não convertido, mesmo à beira da morte, a solução estava num milagre de descer da cruz e voltar à sua velha vida, (Lucas 23); para Simão a solução estava numa vida cristã supersticiosa (Atos 8); para Caim a solução era distanciar-se mais do paraíso e construir seu próprio sistema mundano (Gênesis 4) e para Esaú o lugar que tanto ansiava seu coração estava na região fortalecida de Edom.
         A falsa paz faz parte de um coração ímpio e profano; faz parte de uma sociedade oculta, porque dali há uma garantia de um viver mundo extremamente agradável. O mundo é amigo dessa falsa paz, porque ela é cordial, receptiva e fraterna. Satanás saúda bem essa paz e associa-se com essas almas aparentemente serenas e tranquilas, porque dali pode criar o fundamento certo para as religiões secretas que pactuam com a paz mundial. A morte é a mais afeiçoada e dinâmica de todos. Por que preocupar com um freguês tão certo? Mesmo que o inferno esteja faminto, mas aguarda com expectativa a chegada da marmita feita no dia e horário certos.
         Mas, o certo é que a falsa paz tem sua bandeira branca acenada para todos, mas não com a mensagem de Elias, de Eliseu, de Paulo e de Jeremias. O esquecido profeta Micaías não pode ser seu amigo. A falsa paz tem sua teologia definida e seu caminho é o caminho largo. A falsa paz é amiga dos falsos mestres e tem consigo riquezas terrenas para eles.
Com sua mão esquerda está continuamente acenando sua amizade e compromisso com o mundo, mas com sua mão direita pode empunhar a espada contra a verdade do evangelho da cruz. A falsa paz habita num coração soberbo para servir de amparo à alma tortuosa (Habacuque 2:4). Sua função é proteger o mal e é habilidosa em trazer consolo, calma e tranquilidade mundanos.
         Caro leitor, fuja dessa paz! Corra agora para buscar abrigo na cruz do Cordeiro! Aproveite o momento tão propício, pois o Senhor Jesus, o Salvador bendito convida homens e mulheres ao arrependimento agora!

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