sexta-feira, 12 de outubro de 2012

AS DUAS PROVAS DA REBELIÃO DO HOMEM (18)




Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas  (Jeremias 2:13).
         Caro leitor, no verso em Jeremias 2:13 vemos na frase: “...a mim me deixaram, o manancial de águas vivas...” que a decisão daquele povo em Jerusalém foi trágica e miserável. A atitude dos judeus nos dias de Jeremias nem sequer podia ser explicada nos costumes das nações pagãs, porque elas não se desviavam de seus ídolos, mas Israel se afastou de Deus: “...o manancial de águas vivas...”. Tomemos isso para trazer a lume o fato que a decisão dos homens em Adão foi a mesma, porque quando escolheram ouvir a voz de satanás e obedecer-lhe, simplesmente abandonaram o manancial de águas vivas. Ora, isso é significativo para nossas considerações.
         A primeira lição que o texto expõe é o fato que Deus não tratou de um desprezo ao criador; das beneficências que os homens tinham por serem eles a coroa da criação de Deus; da posição de sacerdotes da criação; da harmonia entre eles e as criaturas no Éden; das delícias existentes devido a ausência do pecado, etc. Não! Deus em nada referiu a essas coisas. Na queda os homens abandonaram o Senhor e Ele é visto como o manancial de águas vivas. Assim como a água é de suma importância para a sobrevivência humana neste mundo, Deus é o manancial de águas vivas. Noutras palavras, a decisão de obedecer a voz da serpente fez com que os homens corressem da verdadeira fonte de vida; corressem da verdadeira felicidade para a alma; corressem para longe da paz, da alegria, da riqueza, do amor, da verdade, de uma atmosfera de harmonia, comunicação, segurança, gozo e prazer.
         Na decisão em Adão, homens e mulheres escolheram correr para a direção contrária de onde estavam; fugiram para o deserto, para os lugares ermos; fugiram para os espinhos e abrolhos; fugiram para a solidão e desespero; fugiram para a miséria, a dor, para a penúria e tristeza. O engano do pecado fez com que pensassem que a presença de Deus era fator de miséria. A queda imediata provou que caíram num fosso de solidão e que foram abraçados imediatamente pelo engano de que onde estavam outrora era um lugar perigoso e que agora estavam nos braços enganadores de um príncipe escravizador, tirano, cruel e homicida.
         Caro amigo, você consegue entender essas coisas? Pode compreender que sendo atirado para longe do Senhor o pecador se acha num lugar obscuro, sendo ludibriado pelo engano de que esse lugar é infinitamente melhor do que a presença do verdadeiro e glorioso Deus? Convém que eu procure me esforçar ao máximo para levar luz da verdade bíblica onde as trevas dominam. Qualquer outra luz que não for da verdade revelada é perigosa e não passa de ser uma vela acesa por satanás.
         Ao deixar o manancial de águas vivas, os homens correram para a ilusão do pecado, como uma criança que abandonando o refúgio dos pais e do lar cai nos braços de um estranho que a leva para longe e é nesse lugar que estão agora. Vivem iludidos, continuamente enganados de que estão no lugar certo. O pai da mentira (João 8:44) segreda sempre em seus corações que Deus é um imprestável ser. Estão sempre envolvidos pelo engano de que estão indo pelo caminho certo e que brevemente vão achar o tesouro tão almejado; que o paraíso finalmente será descortinado perante seus olhos. Cada vez que bebem do venenoso caldo do pecado saltam de prazer, e quando chegam as dores da morte, novamente recebem um caloroso abraço e uma reconfortante consolação.
         A mensagem do evangelho é uma pavorosa luz para os pecadores. Eles querem logo ficar ocultos e imediatamente procuram um esconderijo no meio da selva mundana. Estão plenamente satisfeitos onde caíram; gostam das refeições que diariamente são postas em suas mesas e estão satisfeitos com as ricas iguarias do deus deste mundo. Abandonaram o Senhor definitivamente e estão aptos para continuarem lá em baixo, no vale da sombra da morte.
         É nessa zona ilusória que o Senhor chega cheio de compaixão, cheio de amor perene amor! Ele que corre em busca do perdido! Ele é quem chama os pecadores pelo nome e oferece Seu perdão e salvação! É o que Ele está fazendo agora com Sua mensagem misericordiosa!

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