sábado, 31 de maio de 2014

FUGINDO DA IRA VINDOURA




"Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura" (Mateus 3:7)
Caro leitor,  veja o quanto a mensagem de João foi incisiva aos corações! Multidões chegavam de toda aquela sociedade judaica para ouvir a mensagem daquele grande profeta, o precursor do Messias. Estava se cumprindo o que havia sido prometido no último livro do Velho Testamento - Malaquias - e de fato veio o mensageiro de Deus a fim de preparar o caminho do Senhor. 
A mensagem de João era a mensagem do céu; era ele um homem cuja aparência em nada equivalia àquilo que tantos os homens gostam e querem. Sua mensagem rude era penetrante, porque era urgente e convidava os homens a mostrarem pelas suas vidas que somente atitudes de arrependimento revelavam que de fato estavam fugindo da Ira vindoura. 
Que mensagem diferente daquilo que é tanto pregado em nossos dias! João não tinha interesses mundanos, carnais e egoistas; não estava realizando seu ministério para chamar a atenção para si mesmo; não estava ali para mostrar suas habilidades e capacidades intelectuais. Sua mensagem era simples, estruturada nas promessas do Velho Testamento e penetrantes na alma. Notem bem que João em nada escondeu o que aquele povo precisava ouvir acerca da condição do homem no pecado, pois os chamou de "raça de víboras". Os homens gostam de ouvir que são filhos de Deus; os "evangélicos" da pós-modernidade querem ouvir que são "raça eleita". Mas eis o profeta de Deus chamando os religiosos judeus de "raça de víboras".
Mas veja a pergunta a seguir: "...quem vos induziu a fugir da ira vindoura?". O fogo nem bem tinha sido aceso e eis os homens correndo espavoridos! O que os faziam fugir, amedrontados assim?
Muitos fogem com medo da ira vindoura por causa de uma consciência culpada. Outros fogem por causa dos acontecimentos que marcam os sinais do fim. Mas tais fugas não indicam que a obra é do Espírito de Deus. Por essa razão muitos correm buscando abrigo no homem, numa entidade religiosa, buscando refúgios inúteis, como oração, rezas e obras.
Meu caro amigo, não há abrigo fora do sangue remidor! Veja a cruz do calvário! Veja o Filho de Deus que foi entregue pelos nossos pecados! Veja Aquele que sofreu ali os terrores da Ira de Deus, a fim de que homens e mulheres escapem definitivamente da terrível ira que cairá sobre a cabeça dos impenitentes. 
Corra agora mesmo pela fé, em pranto, com coração compungido, para conhecer esse Salvador bendito, que é o abrigo seguro e perfeito para todo aquele que Nele crê. 





PERIGOS ADIANTE



“Está prestes a vir a perdição de Moabe, e muito se apressa o seu mal” (Jeremias 48:16)
         Ó que os pecadores não arrependidos saibam o quanto a Palavra de Deus é atual. A mensagem do cap. 48 de Jeremias foi dirigida àquele povo amaldiçoado por Deus – o povo moabita, descendentes do filho-neto de Ló (Gênesis 19). Aquele povo foi punido, Deus extirpou aquela nação da face da terra, mas a mensagem continua marcada nas páginas da inspiração divina, para que todos os homens em todos os lugares saibam que é essa a atitude da parte do Todo Poderoso em relação àqueles que ousam continuar vivendo em seus pecados.
Afinal, que diferença há entre um povo que viveu 3 mil anos atrás para os pecadores da pós-modernidade? São todos da mesma família, cujo pai e mãe caíram no Éden e revelam os mesmos atos iníquos que todos os homens praticam perante Deus. Todos nasceram com o mesmo germe do pecado; todos nasceram sob a inspiração de andar conforme os caminhos traçados pelo pai da mentira e conforme orienta seus corações inclinados à maldade. Então, devemos saber que esse relato histórico é de incrível importância para os homens de agora.
Porém, quero que o leitor considere o fato que essa história é contada por um Deus de compaixão, o qual anuncia aos pecadores a chegada do juízo lá adiante. Ele é Deus, portanto é Onisciente. Por que recusar ouvi-Lo? Veja que Aquele que tudo vê, que sabe perfeitamente do destino triste e aterrorizante que virá contra os que persistem no pecado, é Ele um Deus de infinita compaixão! Não é o momento para correr e se abrigar debaixo desse teto de amor eterno? Não é o momento adequado, para que você, amigo, saiba o quão frágil é e assim venha a lançar-se nesses braços de amor?
Veja o que Ele mostra àquele povo ímpio e cruel o que lhe aguardava lá adiante: “Está prestes a vir a perdição de Moabe...”. Veja amigo, como esse Senhor chega para abrir os olhos da alma, a fim de que os pecadores enxerguem aquilo que naturalmente não podem ver. Que amoroso Senhor! Ele não Se silencia em face do cruel destino que aguarda homens e mulheres que vivem no pecado. Pelo contrário, Ele anuncia, declarando que está perto. Ele não fala quanto tempo falta, porque para Deus o tempo do arrependimento é agora, já! Também, Ele afirma que o destino é perdição: “...a perdição de Moabe...”. Não é um futuro belo e paradisíaco, mas sim terrível perdição de sofrimento e angústia sem fim.
Caro amigo, veja mais que o Senhor mostra que os terrores futuros vêm com rapidez: “...muito se apressa o seu mal”. Ó, quanto os homens sentem o falso conforto nesse “colchão” que o mundo lhes fornece! Vivem como os animais, buscando novas “presas” para suas paixões e fogem surdos para não ouvir a voz compassiva de Deus!
Caro amigo, como você pode adiar sua conversão? Como brincar com seu destino eterno, achando que terá mais um dia de vida? Como associar-se com a perigosa morte e com o inferno? Como negociar com aquilo que anseia ter sua alma atirada no sofrimento eterno? Veja que agora é o momento de ouvir a doce mensagem do amor de Deus! Veja que agora é o momento para parar, a ver as placas de aviso na estrada rumo à eternidade! O momento agora é para correr para o Salvador bendito, a provisão de Deus para os pecadores!

O ENGANO DE UM CORAÇÃO VAIDOSO




Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno” (Lucas 10:15)
         Caro leitor, Cristo com Seus discípulos haviam passado em várias cidades antigas e importantes em Israel. Todas elas foram marcadas pela presença da bondosa visitação do Filho de Deus, anunciando por meio de Seus discípulos a chegada do reino de Deus. Que bem-aventurança! Que privilégio obtido por aquele povo! Nenhuma outra cidade de qualquer país do mundo teve o que essas cidades tiveram, nem mesmo Roma e outros grandes centros do mundo de então. Por onde o Senhor passava com Seus discípulos ali marcava Sua vinda com curas, milagres, mortos eram ressuscitados e outras coisas inauditas.
         Mas em meio às vívidas demonstrações da bondade de Deus no mundo de um povo conhecedor das Escrituras, não houve a reação aguardada, porquanto nada disso suscitou uma admiração de temor e de santa alegria pela chegada do Messias prometido. Ninguém foi despertado para correr e ver de perto o Filho de Deus prometido, pois todos queriam ver os milagres e não o porquê dos milagres. Era momento para jubilarem pela visitação do poder de Deus no meio deles; era momento de arrependimento, em face dessa bondosa presença.
         Mas tudo revelou o quanto aquelas cidades, em especial Cafarnaum estava dominada pelo orgulho. Nada mexeu com aqueles homens; nada fez com que houvesse um avivamento ali. O engano do pecado dominava aqueles moradores; eram religiosos, conhecedores do Velho Testamento, mas tudo isso foi transformado numa espécie de casca grossa, impedindo que tivessem verdadeiros sentimentos espirituais. Por essa razão Jesus fez a pergunta: “Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás até ao céu?”. Eles achavam que sim! Estavam cheios de justiça; seus corações eram ricos de vaidade; acreditavam que eram valorosos e que de nada mais precisavam.
         Milhares vivem assim, pois mesmo vendo bênçãos e mais bênçãos materiais passarem perante suas faces; continuam arrogantes e jamais caem perante o fato que é Deus que está alargando-lhes o caminho do arrependimento. Pensam que estão subindo; acham que são merecedores dos favores de Deus.
         Mas a verdade aparece imediatamente: “...Descerás até ao inferno!”. Cristo mostra aos moradores de Cafarnaum a lei do pecado. A vaidade nos corações enganosos lhes faz pensar que estão subindo ao céu. Foi assim com Lúcifer, pois em seu orgulho achou que poderia subir às alturas e ser igual a Deus. Os homens precisam saber que não podem subir. Não tem asas espirituais para subir. O peso do pecado, como chumbo lhes puxa para o inferno.
         Que horror espera as almas enganadas no pecado! Logo os risos findarão; as festas cessarão; suas esperanças serão depositadas no pó. É bom que as almas sejam acordadas agora; que vejam que estão nas alturas, mas que logo hão de cair de lá pelo poder da morte. O momento agora é para o arrependimento e sincera conversão a Cristo!

MEDO, SUPERSTIÇÃO E INCREDULIDADE




“...Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito” (Mateus 27:29)
         Veja caro leitor, como o sonho da esposa de Pilatos mostra o que significa medo, superstição e incredulidade. Veja como ela foi mobilizada pelo sonho e não pela Palavra de Deus, pela verdade revelada. O sonho a respeito de Jesus provocou-lhe medo; o sonho fez com que ela acordasse sobressaltada, apavorada e pronta para mudar a situação. Mas o seu medo era resultado de um coração incrédulo. O sonho a respeito Daquele justo simplesmente mostrou que sua posição e todo aparato de segurança física não passavam de galhos secos. O Justo Jesus era o suficiente para revelar o quanto seu coração era injusto e que o reino e liderança de seu marido nada tinham a ver com a real e gloriosa justiça.
         Tudo foi abalado naquele sonho. Por quê? Aquela pobre mulher confiava em sonhos e não na realidade das coisas. Por essa razão eis que ela corre para passar a mensagem que recebera durante a noite. Tudo foi promovido pela vaidade da carne e assim preparado para trazer maior ruína e não bênçãos. Não é assim que vivem milhares? O deus dos sonhos não passa de mera fantasia, porque não tem base, teologia verdadeira e pautada em documentos santos. Quando não vem das Sagradas Letras, tudo é feito para que o caminho seja a perigosa vereda da superstição, a qual termina num vazio, tristeza e depressão.
         Outro detalhe é que aquela pobre mulher, dominada por um coração cheio de incredulidade, simplesmente corre para livrar seu marido do perigo de lidar com aquele Justo. Veja caro leitor, para onde leva o caminho do medo, da superstição e da vil incredulidade. A fé corre para o Justo, a incredulidade corre para longe do Justo. Ali estava perante Pilatos o Justo de Deus, o Salvador bendito. Mas para aquela mulher aquele Justo era ameaça para o reino de seu marido e para a suposta segurança que tiveram até aquele momento. A mensagem resultante do sonho não foi que aquele Justo era o Salvador bendito; não foi de arrependimento e conversão a Ele. A mensagem foi para que fugisse Dele: “...Não te envolvas com esse Justo...”.
         Ó meu caro leitor, quão perigosa é a direção tomada pela incredulidade! Quando a teologia é pautada em sonho, então o viver passa a ser de medo e de superstição, a fim de afugentar o homem de Deus, correndo para longe do amoroso Senhor. Tenho visto que ultimamente é esse o caminho tomado por milhares, resultando em medo e um viver carregado de superstições. No sonho ela sofreu por ele; no sonho a mulher de Pilatos teve dó daquele Justo; no sonho era ela sofria por Ele. Eis ali uma mulher religiosa, pronta a agir como milhares agem. Não há arrependimento, contrição e desejos de salvação. É exatamente isso o que a vil incredulidade faz.
         Qual foi o resultado de todo esse drama? Eis que Pilatos toma uma bacia com água e lava suas mãos. O medo e a superstição levam a novos atos supersticiosos. Não houve conversão a Cristo, mas sim maior afastamento Dele: “...Não te envolvas com esse Justo...”. Não é isso o que vemos em nossos dias? O que parece ser evangélico, louvores, não passa de superstições e fantasias. Por quê? Porque está simplesmente separado da verdade revelada. Milhares fogem do firme alicerce da fé cristã – a Palavra de Deus – a fim de se alimentar da confusão e das vaidades de corações que fogem de Deus.        

TRABALHO E DESCANSO




Quem dentre vós é, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém de Judá e edifique a Casa do Senhor, Deus de Israel. Ele é o Deus que habita em Jerusalém” (Esdras 1:3).
         Caro leitor, veja a ordem de Ciro para o povo cativo em Babilônia. Setenta anos já haviam passado e agora eis que o Senhor desperta aquele rei pagão, a fim de encorajar os exilados, numa viagem épica de volta para Jerusalém. Que emoção! Milhares de Israelitas aguardavam! Milhares deles deixaram Jerusalém bem novos e agora estão em idade avançada, mas o amor por Jerusalém os encorajava a voltar juntamente com todos os que haviam nascido e crescido em terra estranha.
         Mas o texto nos fornece duas lições preciosas. A primeira é que eles sairiam definitivamente de Babilônia para edificarem Jerusalém. A cidade santa estava destruída, e fazia setenta anos que revelava completo estado de desolação. Neemias presenciou isso. Eles regressariam para trabalhar. Muito esforço seria requerido deles. A cidade não iria fornecer um viver fácil. Além de destruída, Jerusalém estava cercada de inimigos, os quais queriam mantê-la assim. Também a pobreza revelava a situação caótica e ingovernável da cidade. Subir da Babilônia para Jerusalém era uma decisão de fé; era somente para aqueles que amavam Deus e amavam a cidade santa. Caso contrário, ficar em Babilônia era melhor para os que desejavam viver na prosperidade.
         Caro leitor, os santos neste mundo são chamados para trabalhar. Não fomos chamados para descansar; não fomos chamados para um piquenique. A casa de Deus está sendo construída; os inimigos têm suas armas empunhadas, desafiando a Deus e o povo de Deus. Não fomos chamados a viver aqui, mas sim a lutar em guerra contra o mal. Fomos chamados a deixar o mundo e subir na batalha; fomos chamados para encarar a morte, tudo por causa do reino de Deus. O mundo não é nosso lugar, pois aqui peregrinamos nessa jornada até a chegada ao lar celestial.
         A segunda lição é que estamos subindo para a Nova Jerusalém. Enquanto a Jerusalém terrena mostra seu estado de desolação, desespero e tristeza. A Nova Jerusalém não precisa de nós para ser construída. Lembre-se de que o Senhor disse que iria para preparar lugar para Seu povo? (João 14). Não chegaremos ao céu para trabalhar, mas sim para descansar! Aqui há guerra, lá há perpétua paz! Aqui nós temos que nos consagrar e dedicar inteiramente ao serviço, devemos entrar no campo de guerra. Lá todos os inimigos estarão fora e nunca haverá necessidade dessas batalhar travadas aqui (Efésios 6 a partir do verso 12).
         Ó caro leitor, levante-se para a batalha! Deixe indolência espiritual! Deixe as desculpas! Enquanto você dorme no sono deste mundo, santos fiéis estão em oração e com grande fervor executando a obra de Deus! Enquanto você está parado, eis que milhares de pecadores precisam de salvação! Enquanto você busca as festas daqui eis que satanás e seu sistema perverso avançam para implantar suas perversidades e lançar fora a verdade! Não é o momento para as desculpas! Não há lugar para medrosos! O reino de Deus convida homens e mulheres de oração; convida homens e mulheres para o testemunho vivo no meio dos homens, a fim de exaltar a glória de Deus neste mundo maligno!