“Quem é esta que sobe do deserto, e
vem encostada ao seu amado? Debaixo da macieira te despertei; ali esteve tua
mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz. Põe-me como selo
sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço; porque o amor é forte como a
morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo, verdadeira
labareda do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios
afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de
todo desprezado” (Cantares
8:5-7).
A TRISTE
CONDIÇÃO EM QUE FOMOS ACHADOS: “Quem é esta que sobe do deserto, e
vem encostada ao seu amado? Debaixo da macieira te despertei...”.
Prezado amigo leitor, quando entramos
no conhecimento desse tão maravilhoso livro logo percebemos que o interesse do
Espírito Santo é revelar Cristo e Seu amor em favor do Seu povo – a igreja. A
linguagem passa de um relacionamento natural para exibir algo espiritual e
eterno. O que nós precisamos é tomar a luz do Novo Testamento e focar nossa
atenção nessa luz a fim de que descubramos as jóias preciosas da graça.
Imediatamente somos conduzidos a
conhecer o estado em que nós estávamos no pecado quando fomos achados pelo
nosso Senhor. Precisamos entender no íntimo que foi o Noivo amado que nos
procurou; que estávamos perdidos no deserto deste mundo; que a iniciativa do
amor partiu do amor eterno: “...Com amor eterno eu te amei...” (Jeremias 31:3). O engano do
pecado tende a tornar nosso coração endurecido e ingrato. Quanto precisamos de
humilhação em nossos dias! Quanto o povo de Deus precisa parar de exibir seus
troféus religiosos, a fim de cair perante o trono de misericórdia! Por isso, sem hesitação trago aquilo que os
ouvidos não gostam de ouvir – a doutrina da depravação total. Quando os homens
ficam conhecendo essa verdade no íntimo, então toda boca fica calada! Param os
“améns, aleluias e os louvores vãos e inúteis”.
Quem é esse povo que Cristo amou? Quem
é esse povo chamado agora de noiva de Cristo, que Ele tanto amou? Com nossos
corações trementes e tementes ao Senhor, encaremos bem o que é falado em
Cantares no texto em pauta: “Quem é esta que sobe do deserto, e vem
encostada ao seu amado? Debaixo da macieira te despertei; ali esteve tua mãe
com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz”. Se você amigo leitor ama a
Palavra inspirada, certamente agirá como um discípulo deve agir, com coração
apto para aprender os ensinos do Senhor. Eu, David Sena, sou apenas um
porta-voz da Palavra. Minha expectativa é que o Senhor me use para edificar as
vidas daqueles que lêem esses comentários com prazer e alegria em seus
corações. Os verdadeiros crentes amam ao Senhor e não prestam cultos aos
homens. A glória pertence ao Rei da glória! Somente a Ele o louvor e a honra,
porque a noiva Dele recebe dele o suprimento para andar por este vale de dor e
gemidos, até aquele grande dia quando ela será apresentada perante Ele,
perfeita e gloriosa.
Então, é
nesse espírito de humildade que achegaremos juntos ao texto de Cantares. Na
primeira lição vemos que a pergunta é feita pelo coro: “Quem é
esta que sobe do deserto, e vem encostada ao seu amado?”. Assim como aquele coro de
mulheres fizeram essa pergunta, o mundo olha a igreja com grande interrogação.
Não há nada nem ninguém aqui neste mundo que possa explicar a igreja. O mundo
tem seus conceitos de religião, mas é completamente ignorante acerca dos
santos, amados na eternidade e comprados com o sangue puro e sem mácula do
Cordeiro de Deus (1Pedro 1:19). Não há escola, nem faculdade que explique
acerca da igreja gloriosa. O mundo fica mudo e pasmado ante a verdade acerca
desse povo.
Amigo leitor, se você desconhece
a verdade da salvação em sua vida, certamente você está fora da igreja. Você
pode até participar de alguma religião evangélica, mas se não foi achado por
Cristo e salvo da condenação eterna, você não pertence ao povo amado, as
ovelhas daquele que veio ao mundo em busca do Seu povo.
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