“...porque o amor é
forte como a morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo,
verdadeira labareda do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os
rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria
de todo desprezado” (Cantares 8:5)
O PERFIL DO AMOR DO NOIVO:
Prezado amigo, hoje é meu
objetivo considerar a frase: “... o ciúme é cruel como o
Sheol...”. Já pudemos
ver como esse amor, não somente é conquistador, como também é responsável por cada um
daqueles que Ele mesmo chamou para Si. Tem algo mais que precisamos conhecer a
respeito do amor do Noivo pela noiva. Certamente minha linguagem é paupérrima
para descrever a grandeza desse amor, mas creio que um esforço a mais nos
ajudará numa visão melhor, a fim de que os verdadeiros santos e fieis sejam
edificados e confirmados na graça.
Na frase: “...o ciúme é cruel como o Sheol...”, vemos como o amor do Senhor pela Sua noiva é um amor zeloso. Zelo neste
sentido significa um ciúme santo e justo. Nós temos zelo e cuidado por aquilo
que nos custou um alto preço. Deus em toda extensão da Sua Palavra mostra ser
um Deus zeloso e que exige total amor, adoração, temor, respeito e louvor do
Seu povo para Si mesmo. Por quê? Porque Ele é Deus! Porque a glória é somente
Dele e não a divide com ninguém! O fogo da Sua Ira acende para queimar toda
praga da idolatria e tornar cinza toda palha da confiança carnal.
Incrível a analogia feita nesse verso!
A morte é vista na bíblia sempre prestando serviço ao inferno. Cada pessoa que
morre em seus pecados é tomada pela força da morte e jogada ás portas
escancaradas do fogo eterno. Tremendo é o poder da morte e o inferno tem ciúmes
pelos seus fregueses; o inferno sempre está pedindo mais; sua boca grita sempre
“dá, dá!”. Em que triste situação se encontra os homens neste mundo! Todo seu
trabalho e busca pelos prazeres são banalizados e zombados por esses atrozes
poderes que arruínam tudo e jogam ao desespero toda esperança mundana. Que adiantou
toda pompa de Herodes diante do júbilo do povo quando diziam que a sua voz não
era de homem, mas de Deus? Imediatamente foi atingido pela ira divina e morreu
comido de vermes (Atos 12:22,23). Todo aquele peso de vanglória desceu como
pedra rumo ao abismo onde foi recepcionado na festa de horrores: “Estes
todos responderão, e te dirão: Tu também estás fraco como nós, e te tornaste
semelhante a nós” (Isaías
14:10).
Assim como o inferno reclama seus
direitos pelos seus fregueses, Cristo reclama Seus direitos pelos Seus santos.
O amor de Cristo nunca diz: “basta!”.
Enquanto o fogo do inferno arde lá em baixo na anelante espera pelos que morrem
em seus pecados, o forte amor do Noivo arde lá em cima em santo zelo pelos Seus
escolhidos. O inferno afirma que não quer perder ninguém; Cristo afirma que
jamais perderá Suas ovelhas: “... jamais perecerão eternamente...” (João 10:28). O zelo do
Senhor pelos Seus santos é tão glorioso que o Senhor enfrentou o próprio
inferno: “...edificarei
a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18).
Que incrível e invencível amor do Noivo!
Que vitória incrível sobre a poderosa morte, quebrando-lhe os dentes e
destruindo seu aguilhão! Que poder insofismável que aniquilou as expectativas
do inferno! A morte e o inferno não esperavam perder milhões e milhões,
milhares e milhares!
Eis aí o amor zeloso! Eis aí o amor que
reclama, exigindo os Seus! Eis aí o amor que toma a dianteira para impedir a
destruição eterna dos santos. Já foi assegurando que nenhum vai perecer, e que
a morte agora opera em favor dos salvos: “Preciosa é, aos olhos do Senhor a morte
dos seus santos!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário