terça-feira, 28 de abril de 2015

“OS DIREITOS ABSOLUTOS DE DEUS” (9)




“Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21)
CONHECIDOS PELA FÉ QUE CONFESSA A SOBERANIA DE DEUS: “...O Senhor o deu e o Senhor o tomou...”
        Caro leitor, nós estamos vivendo numa época quando satanás assanhou o mundo com suas vãs promessas de prosperidades. Com isso ele atraiu as multidões à busca dessas coisas e atingiu até mesmo aqueles que são chamados de evangélicos. Estamos aprendendo na confissão de Jó o que a verdadeira fé entende e como devemos agir em relação àquilo que Deus nos dá de bens neste mundo. Na confissão Jó realmente pode adorar a Deus ainda mais intensamente do que ele O adorava quando estava cercado de suas riquezas.
        Quando Jó disse: “...O Senhor deu...”, aprendemos que Ele dá e para muitos Ele realmente dá em abundância. Mas para a fé a quantia que Ele dá não faz diferença, porque o que vale é a atitude de um coração grato, tranquilo, confiante e cheio de adoração. Por isso deve haver respeito em relação àquilo que recebemos de Deus. Falo isso porque a natureza rebelde e totalmente inclinada ao mundanismo tende a se encher de ódio, desespero e murmuração contra Deus, assim como Israel murmurava porque não recebia em abundância e sempre estava comparando o que Deus dava com aquilo que eles acreditavam ter de sobra no Egito.
        Os santos de Deus devem estar mobilizados para dar glórias e graças a Deus em toda e qualquer circunstância. Muitas e muitas vezes Deus retira a abundância dos bens, a fim de que aprendamos a viver com pouco, porque aprenderemos no pouco a viver em gratidão, ganhar maturidade e amar as coisas eternas. Tenho visto que os crentes que mais crescem na fé são aqueles que são atingidos pelas dificuldades materiais, quando Deus os cerca de todos os lados pelas aflições desta vida. O respeito pelo pouco que Deus me Deus me leva à sabedoria de saber como usar, como gastar melhor, como ficar sem aquilo que tanto a carne quer ter. O Senhor está continuamente nos colocando na Sua “sala de aulas” na faculdade da graça.
        Também, Ele nos dá e a medida dessa doação é totalmente dele. Ele sabe o quanto preciso para viver neste mundo. Quando somos tentados a ter mais; quando deixamos ser arrastados pela amargura e insatisfação, eis que imediatamente começamos a escorregar na vida, apelando para o que o mundo entende como sorte. Quão triste é para o crente se envolver com loterias e alternativas que para o mundo é normal! Caro leitor, somos os milionários dos céus, nossas riquezas estão entesouradas lá e o mundo precisa ver que nossos trajes espirituais de alegria, prazer, contentamento e ações de graças, tais “trajes” revelam que somos príncipes e representamos neste mundo o reino celestial. É claro que devemos lutar para ganhar melhor por meio do trabalho honesto. É claro que devemos aqui reivindicar nossos direitos por um salário que compensa. Não estou ignorando isso. Estou mostrando o que deve o salvo fazer quando estiver cercado como Jó pelas aflições aparentemente insuperáveis e intransponíveis.
        Sendo assim, quão importante é que avancemos pela fé, que superemos o mundo, que estejamos acima de toda essa agitação vista e ouvida aqui! Que subamos as alturas da oração, da dependência e confiança em Deus! Que sejamos sábios, a fim de fazer do pouco, o muito; para fazer com que aquilo que parece que vai faltar, venha a sobrar. O que nosso Senhor deixou para os Seus discípulos quando estava prestes a ir para a cruz? “Deixo-vos a paz...”. Que entendamos isso, que sejamos tomados no íntimo dessa companhia maravilhosa Daquele que é nosso amigo, nossa provisão bendito e que prometeu jamais nos deixar!
       

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