quarta-feira, 22 de abril de 2015

“OS DIREITOS ABSOLUTOS DE DEUS” (6)




“Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se  em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21)
CONHECIDOS PELA FÉ QUE CONFESSA A VACUIDADE DA EXISTÊNCIA HUMANA. “...nu saí do ventre da minha mãe e nu voltarei”.
        Caro leitor, sei que as palavras de Jó para o mundo não passam de loucuras, porque o mundo não pode nem deseja conhecer e apreciar o que somente e tão somente a verdadeira fé conhece a aprecia. Naquele momento toda a situação externa deu lugar ao culto do coração de um homem que amava e temia ao Senhor; naquele momento acontecia o que satanás e seu sistema maligno de mentiras e perversidade desconheciam. Um homem só, só ele podia adorar em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Precisamos conhecer essas palavras e que elas venham nos erguer em viva fé nestes dias tomados de ambições materialistas e carnais.
        As palavras de Jó são cheias de verdadeira sabedoria, porque elas nos chamam à realidade; elas tiram nossos sonhos, arrancam a vaidade que pululam em nossa natureza carnal. Jó naquele momento viu a vida como ela é, pois a graça cercou o servo de Deus e ao invés de contemplar as trevas da perda, ele pode ver a rápida entra e saída nossa aqui. Da mesma maneira que ele viu sua pobreza ao entrar, também viu sua miséria para sair: “...nu voltarei...”. Isso significa que aquele homem rico jamais foi levado pela euforia da riqueza; jamais subiu e assentou-se nessas asas de engano; jamais se erigiu como um majestoso carvalho de soberba ou como uma montanha de presunção. Ali a fé se revelou como disposta a ter tudo e a ter nada; a adquirir e a perder. Uma vida nas mãos de Deus vive assim, pois sabe que nada pode segurar aqui. Então, nas palavras de Jó ele pode se desvencilhar dessa pegajosa maldade de querer ter o mundo aos seus pés; ele logo compreendeu quão nu estava e que iria sair desta vida assim.
        Caro leitor, quão enganoso e louco é o pecado! Homens e mulheres sempre estão correndo em busca desses bens terrenos. Para eles a vida consiste de ajuntar tesouros aqui, de possuir riquezas e viver dos prazeres. No Salmo 49 vemos essa loucura dos homens, porque eles consideram tão donos das coisas aqui, que no íntimo acreditam que vão tê-las para sempre. Deus permite que pessoas assim vivam muito tempo; Deus permite que tais pessoas vivam, sem que percebam na cegueira do pecado que a morte chegará parecendo uma doce consoladora e que elas serão arrancadas de tudo o que têm para ser atiradas às profundezas do abismo. Para Jó tudo pertencia a Deus, que o Senhor era seu dom supremo. Jó era, na linguagem mundana um mito; ninguém podia explicar um viver pela fé, usando todos os seus bens e filhos para a glória de Deus. Para o mundano tudo lhe pertence, pois ele não se preocupa com a alma. Jó valorizava a alma; Jó exaltava os bens eternos e usava os bens terrenos como propriedades de Deus, a fim de servi-Lo em justiça e santidade. Para o mundano suas riquezas servem para seus prazeres aqui, pois nada terá quando deixar esta vida.
        Meu amigo, quão louco é o viver do mundo, pois mesmo não tendo as riquezas que Jó tinha, ainda assim tem seu coração aprisionado e fascinado com tudo aquilo que o príncipe deste mundo lhe mostra. Satanás sempre está prometendo, mas sendo ele mentiroso, nunca dá. Os bens vêm de Deus; riquezas e prosperidades vêm de Deus. Quando Deus ordena que satanás dê muita prosperidade, pode ter certeza que aquilo chegará às mãos como peso que afundará a alma. Meu amigo, corra para Cristo Jesus o Salvador! Veja o bem supremo, a gloriosa riqueza para sua alma que Deus enviou ao mundo! Fuja do perigo eterno que lhe ronda a alma agora! Busque a verdadeira riqueza, a sua salvação eterna, fugindo assim da eterna ira de Deus


Nenhum comentário: