“... aquele que em vós começou a boa
obra...” Filipenses 1:6
O primeiro capítulo da
carta de Paulo aos Filipenses é carregado de elogios dirigidos pelo apóstolo
àqueles irmãos tão queridos e tão apegados ao ministério do evangelho. Eram
verdadeiros imitadores de Paulo no tocante à causa da pregação do glorioso
evangelho que mudou suas vidas. Mas no verso citado o Apóstolo aos gentios
procura fazer o que Ele sempre fez em suas cartas às igrejas, isto é, fazer com
que os santos de Deus ficassem cientes e conscientes que o crescimento deles; o
trabalho deles; o progresso deles na fé, enfim, qualquer manifestação de vida
espiritual, era Deus que estava operando neles e através deles. Em outras
palavras, Paulo salientava o tão glorioso trabalho soberano de Deus nas vidas
de homens e mulheres alcançados pela Sua Graça Salvadora.
“Aquele que em vós
começou” é uma declaração que derruba por terra a heresia do livre arbítrio.
Esse ensino tão abraçado no cenário evangélico em nossos dias, e que
evidentemente tem causado tantos males à igreja do Senhor, mostra seu fracasso
em face desta declaração da Soberana atuação de Deus pela Graça começando e
continuando sua obra de salvar e edificar Seu povo. Que ensino fascinante! Que
grandeza da Graça! Os salvos se deleitam diante de tanta riqueza daquilo que
Deus está fazendo em tornar homens e mulheres partícipes do Seu Reino.
QUEM
COMEÇOU?
Pelo ensino pelagiano
do livre-arbítrio a salvação do homem depende da decisão do homem. Deus é mero
um espectador na obra da salvação. Ele lançou Seu produto no mercado da fé
natural e espera que haja manifestação de fé por parte de qualquer um que venha
a querer. Segundo esse ensino tudo já foi feito por Cristo na cruz por todos os
homens e resta agora que eles façam sua decisão. O SIM de qualquer pessoa para
aceitar Jesus como salvador é fora de quaisquer dúvidas a salvação do pecador.
Quando o pecador diz SIM, Cristo está pronto para declarar o SIM Dele
confirmando e autenticando a salvação. Nesse caso, quem começou a Obra no
coração do homem? Não foi Deus, mas sim o próprio homem.
Fica evidente que as conseqüências são
drásticas porquanto nunca devemos esperar fruto da verdadeira justiça onde Deus
não operou Sua justiça. Se começou com o homem; se foi selo humano no
entendimento confirmando essa salvação, resta afirmar também que aquele começou
a Boa Obra (salvadora) há de completa-la até o dia de Cristo. O que acontece é
que a pessoa sempre vai confiar naquele evangelista que lhe confirmou ser ele doravante
um salvo. Sua confiança estará firmada numa fé que nasceu nele mesmo e que
recebeu o selo de alguém lhe confirmando algo que Deus nunca confirmou com a
suprema obra feita pelo Seu Espírito.
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