sábado, 28 de setembro de 2013

ENRIQUECENDO-SE COM A BÍBLIA ( 18a) Pink




2. Tiramos proveito da Palavra, quando nos esforçamos por tornar nossas as promessas de Deus.
Para tanto devemos, antes de tudo, estar dispostos ao trabalho de nos familiarizarmos verdadeiramente com essas promessas. É surpreendente o grande número de promessas existentes nas Escrituras, acerca das quais, os santos nada sabem, sobretudo quando levamos em conta que essas promessas são o tesouro peculiar dos remidos, já que a substância da herança da fé depende delas.
         É verdade que os crentes já são os beneficiários de bênçãos admiráveis; no entanto o capital de suas riquezas, a parte principal de suas propriedades, encontra-se ainda em estado latente. Já receberam o "penhor" das promessas; mas, a porção melhor daquilo que Cristo adquiriu para eles, jaz ainda nas promessas Divinas. Quão diligentes, portanto, deveriam mostrar-se os crentes, no estudo de seu testamento, familiarizando-se com aquelas coisas boas que o Espírito nos "... revelou..." (I Coríntios 2:10), pois, assim procurariam fazer o inventário de seus tesouros espirituais!
Não somente convém que eu pesquise as páginas da Bíblia, para descobrir o que já me foi entregue, devido ao Pacto eterno; mas também preciso meditar sobre as promessas, revolvendo-as sempre na minha mente, e clamando ao Senhor para que me seja conferido entendimento espiritual delas. Uma abelha não extrai mel da flor, enquanto fica somente a contemplá-la. Por igual modo, o crente não deriva qualquer consolo real, e nem qualquer força espiritual das promessas Divinas, enquanto a sua fé não se apossa delas, e enquanto elas não penetram em seu coração. Deus não deixou qualquer promessa de que os desinteressados serão espiritualmente alimentados, mas declarou: "... A alma dos diligentes se farta". (Provérbios 13:4). Por essa mesma razão, é que Cristo ensinou: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna". (João 6:27). Somente quando as promessas divinas são entesouradas em nossas mentes, é que o Espírito as traz à nossa memória, naquelas ocasiões de desânimo, quando delas mais necessitarmos.

3. Tiramos real proveito da Palavra, quando reconhecemos o bendito Escopo das promessas de Deus.
Há certa forma de afetação que impede alguns crentes de inquirirem pelas realidades religiosas, como se a sua esfera estivesse entre as trivialidades da vida diária. Para eles, essas promessas parecem transcendentais, sonhadoras; mais uma criação da ficção pia, do que uma realidade palpável. Creem em Deus de certo modo, como também assim acreditam nas coisas espirituais e na vida vindoura; mas, andam totalmente esquecidos, de que a verdadeira piedade, tem a promessa da vida que agora é, e daquela que haverá no futuro. Para esses, a oração acerca das pequenas questões diárias, de que se compõe a vida, seria quase uma profanação. Talvez ficassem boquiabertos se eu me aventurasse a sugerir que isso deveria levá-los a pôr em dúvida a realidade de sua fé. Se esta não pode ajudá-los nas pequenas dificuldades da vida, porventura, poderá sustentá-los nas tribulações maiores da morte? "A piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é, e da que há de ser". (I Timóteo 4:8).
Prezado leitor, você realmente crê que as promessas de Deus envolvem cada aspecto e particularidade de sua vida diária? Ou os "dispensacionalistas" conseguiram iludi-lo, levando-o a supor que o Antigo Testamento pertence exclusivamente aos judeus carnais, e que as "nossas promessas", dizem respeito a bênçãos espirituais, mas não materiais? Quantos e quantos crentes têm derivado consolo das palavras que dizem: "De maneira alguma te deixarei, nunca, jamais te abandonarei" (Heb. 13:5). Pois, bem, essa é uma citação extraída do trecho de Josué 1:5! Por semelhante modo, a passagem de II Coríntios 7:1 fala em termos de, "... Tais promessas...". Mas, uma delas, citada em II Coríntios 6:18, foi tirada do livro de Levítico!
Mas alguém poderia indagar: "Onde devo traçar a linha divisória? Quais das promessas do Antigo Testamento realmente me pertencem?". Respondemos com a declaração do trecho de Salmos 84:11: "O Senhor dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente". Se você realmente está andando em "retidão", então tem o direito de apropriar-se dessa bendita promessa, dependendo do Senhor, o qual lhe conferirá qualquer "coisa boa", de que você realmente precisar. "E o meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades" (Filipenses 4:19). Por conseguinte, se em qualquer segmento da Bíblia há alguma promessa que se encaixa à situação e às circunstâncias presentes do prezado leitor, que se aposse dela pela fé, segundo a sua "necessidade".  E que o prezado leitor resista firmemente, a qualquer tentativa de Satanás de furtar-lhe qualquer porção da Palavra do Pai.

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