“E os que são de Cristo Jesus crucificaram
a carne com as suas paixões e concupiscências”. (Gálatas 5:24).
O MODO DE VIDA (cont.): “...crucificaram a carne...”
Caro leitor, na
meditação anterior pude mostrar que a cruz condena a filosofia carnal e concede sentido verdadeiro de
humanidade. Noutras palavras, a cruz mostra com clareza a ruína do pecado em
Adão e como somente a nova criação em Cristo pode agradar a Deus e servir ao
próximo em verdadeiro e genuíno amor. Todas as exortações dadas aos que “estão
em Cristo”, têm em vista a dissipação do velho homem e a exibição desse novo
homem: “...que segundo
Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:24).
Devido o fato que ainda estão habitando nesta tenda carnal e temporária, os santos de Deus esperam quando sairão deste estado de imperfeição para a habitação perfeita e permanente.
Devido o fato que ainda estão habitando nesta tenda carnal e temporária, os santos de Deus esperam quando sairão deste estado de imperfeição para a habitação perfeita e permanente.
Caro
leitor, a cruz também rompe os
grilhões mentirosos da religiosidade carnal e estabelece na vida o verdadeiro
culto a Deus. Neste mundo cresce e estabelece a
religiosidade da aparência. Aliás, sempre foi assim, mesmo no meio do povo de
Deus: “...Pois
que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me
honra, mas tem afastado para longe de mim o seu coração, e o seu temor para
comigo consiste em mandamentos de homens, aprendidos de cor” (Isaías 29:13). O falso evangelho tem propagado o culto da aparência,
da piedade externa e do falso louvor. Homens e mulheres desconhecem a verdade
no íntimo; não querem ser descobertos em Adão; não querem sentir sua culpa e
condenação merecida; querem lisonjear a Deus nos lábios, mas seus corações são
mundanos, corrompidos, avarentos e apegados às paixões.
Mas
a mensagem da cruz vem para descobrir o coração corrompido; a mensagem da cruz
chega para humilhar o homem, levá-lo ao pó; fazê-lo conhecer o verdadeiro
significado de arrependimento. A mensagem da cruz faz a soberba calar e
reconhecer que Senhor é soberano e que age no meio dos homens pela sua
misericórdia: “...Terei
misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia...” (Romanos 9:15). A mensagem da cruz faz o homem temer e tremer perante
a majestade celestial; faz o homem compreender o tão grande amor que Cristo
demonstrou pelos perdidos e assim anelar o perdão pelo sangue e a justificação
vinda de Deus.
Assim,
“os que são de
Cristo... conhecem o real significado do
verdadeiro louvor a Deus. São crentes no coração, amam e obedecem ao Senhor e
realmente caminham rumo ao lar celestial. Os verdadeiros santos de Deus não
inventam novas fórmulas de adoração; não põem fermento na massa; não vivem das
ocas emoções que passam como fumaça,
pois vivem da simplicidade do conhecimento de Cristo (Colossenses 2:6).
Os que “...crucificaram
a carne...” adoram a Cristo em Espírito e em
verdade (João 4:24), porquanto conheceram o poder transformador em seus
corações e constroem suas vidas sobre firmeza inabalável das Escrituras.
Caro
leitor, prossigo em afirmar que os que “...crucificaram a carne...”, anularam os
obstáculos postos pela carne e estão habilitados a andar pelo caminho rumo ao
lugar certo – ao lar celestial. No pecado os
homens escorregam para o abismo; desconhecem o terror que os espera com a
morte. No pecado os homens não podem e nem querem caminhar para o céu. Aliás,
no pecado os homens abominam o paraíso destinado aos santos. Os homens no
pecado não podem conviver com as coisas santas e puras. Lá no céu não há
maldade, corrupção, imoralidades, vícios, etc. No pecado o homem convive com os
abraços paternais do pai da mentira (João 8:44) e estão enlaçados pelo domínio
da morte. O caminho para o inferno é quente de paixões! O caminho para o juízo
é cercado pelos burburinhos mundanos e de estímulos malignos!
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